Home
 Tempo Real
 Coluna GD
 Só Nosso
 Asneiras e Equívocos 
 Imprescindível
 Urbanidade
 Palavr@ do Leitor
 Aprendiz
 
 Quem Somos
 Expediente


Dia 05.04.02

 

 

Queda na renda do trabalhador inibe crescimento econômico

A constante queda na renda do trabalhador brasileiro é o principal obstáculo para um crescimento econômico significativo. Essa é a avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI). No Informe Conjuntural referente ao primeiro trimestre do ano, a entidade lembra que os gastos das famílias respondem por 60% do consumo total do país e que, portanto, a estagnação dos rendimentos poderá limitar um "retorno mais expressivo da atividade econômica".

Vale lembrar que o salário mínimo perdeu em torno de 35% de seu poder aquisitivo durante a década de 90, segundo dados recentes do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em 1989, os trabalhadores paulistas recebiam em média R$ 1.020. Dez anos depois, o salário médio caiu para R$ 828, segundo valores deflacionados pelo ICV (Índice de Custo de Vida), medido pela entidade

Além da corrosão da renda individual, o consumo do país é afetado pela tímida reação do mercado de trabalho. O emprego industrial não tem acompanhado, até onde os dados podem informar, a trajetória de retomada de crescimento do setor. A CNI conclui que, nos primeiros momentos de recuperação, a necessidade de conseguir mão-de-obra para atender ao crescimento da produção é suprida, principalmente, com o aumento das horas trabalhadas.


Leia mais:
- Renda limita crescimento econômico

 

 
                                                Subir    

 

 

 



Renda limita crescimento econômico

O encolhimento da renda dos brasileiros é o principal entrave para um crescimento econômico significativo na avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI). No Informe Conjuntural referente ao primeiro trimestre do ano, a entidade lembra que os gastos das famílias respondem por 60% do consumo total do País e que, portanto, a estagnação dos rendimentos poderá limitar um "retorno mais expressivo da atividade econômica".

A CNI recorda que os trabalhadores da indústria ganharam cerca de 0,3% menos em janeiro deste ano em relação ao salário obtido em igual mês do ano passado. A queda do rendimento mensal foi a segunda consecutiva, segundo o último dado da entidade.

A solução para o País crescer sem restrições, seria, como destaca a análise, a injeção de investimentos privados. "A superação gradual dessas adversidades e a consolidação de expectativas positivas, com a efetiva recuperação da atividade produtiva no primeiro trimestre, deve ensejar as empresas a retomarem seus projetos de investimentos, em especial os de ampliação de capacidade e instalação de novas plantas", aposta o informe da CNI.

Além da corrosão da renda individual, o consumo do País é afetado pela tímida reação do mercado de trabalho. O emprego industrial não tem acompanhado, até onde os dados podem informar, a trajetória de retomada de crescimento do setor. A CNI conclui que, nos primeiros momentos de recuperação, a necessidade de conseguir mão-de-obra para atender ao crescimento da produção é suprida, principalmente, com o aumento das horas trabalhadas.

Com base em números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estudo mostra que, em janeiro (dado mais recente), o emprego na indústria recuou 0,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Nos outros setores, entretanto, o mercado de trabalho dá sinais de melhora. No comércio, o crescimento da população ocupada alcançou 4,4% em fevereiro na mesma base de comparação. Nos serviços, a taxa foi de 3,1%. Mas a fraca absorção de trabalhadores pela indústria fez a média da taxa de ocupação crescer 1,4%.

Apesar do emprego e renda estarem em baixa, a economia, para a CNI, está em rota de retomada de crescimento. Tanto que o fluxo de investimentos foi mantido, mesmo diante da crise Argentina. O risco do País diminuiu, assim como a pressão sobre câmbio.

A expansão trará inconveniências para a balança comercial, segundo o informativo da CNI. Haverá déficit a partir do segundo semestre em decorrência do aumento das importações brasileiras.

Apesar dessa estimativa, a CNI manteve previsão de superávit em torno de US$ 4,3 bilhões na balança comercial, em 2002. Os dados da entidade apontam que os próximos meses do primeiro semestre apresentarão superávits comerciais ainda maiores do que os verificados nos primeiros três meses do ano. A razão dessa estimativa decorre do início dos embarques da soja. Além disso, a recuperação gradual registrada na economia, durante o primeiro trimestre, poderá alavancar um pouco o volume de importações no segundo trimestre deste ano.

O Informe da CNI apontou, ainda, que nos primeiros meses deste ano foram registradas quedas nas importações em todas as classes de produtos. Os combustíveis, os lubrificantes e os bens de consumo duráveis foram os que mais apresentaram redução nas compras externas. Alguns fatores apontados pelo estudo foram o desaquecimento da economia doméstica e o encarecimento dos preços em reais devido à elevação de taxa de câmbio.

(Gazeta Mercantil)

 

 
                                                Subir    
 

 DIA 04.04.02

  Tráfico de mulheres e crianças se expande e já movimenta US$7 bi
   
 

 DIA 03.04.02

  Exclusão digital afeta mais as mulheres
   
 

 DIA 02.04.02

  Exclusão digital afeta mais as mulheres
   
 

 DIA 01.04.02

  Desgaste no trabalho traz distúrbios psíquicos a médicos
   
 

 DIA 28.03.02

  Desemprego mantém quedas recordes em São Paulo
   
 

 DIA 27.03.02

  Indústria desacelera e emprego caí pelo terceiro mês consecutivo
   
 

 DIA 26.03.02

  Ativista negra processa empresas que exploraram mão-de-obra escrava