Profissionais
liberais estão na mira da Receita Federal
A Receita Federal
iniciou uma operação de fiscalização
de profissionais liberais. Começam a ser intimados mais de
6 mil contribuintes - de um montante de 15 mil - que mostraram discrepância
entre a renda declarada e a movimentação bancária.
Segundo o coordenador de Fiscalização da Receita,
Paulo Ricardo de Souza Cardoso, Vão pedir até as informações
bancárias dessas pessoas e, se elas se recusarem a cooperar,
poderemos buscá-las diretamente nas instituições
financeiras.
Um critério
utilizado no rastreamento foi o baixo recolhimento de IR. Enquanto
um assalariado não isento paga 15% ou 27,5% de IR, esses
profissionais liberais recolherem uma média de 1,5% sobre
a renda. Houve um caso considerado "campeão", em
que o contribuinte teve uma movimentação bancária
de R$ 10 milhões e não pagou um centavo de IR. Os
profissionais liberais pagaram pouco IR graças a um nível
elevado de deduções.
No caso, foram
as deduções de despesas de livro-caixa, que são
os gastos que o profissional é obrigado a fazer para exercer
a profissão. A dedução média foi de
85%. "É elevado porque um dentista, que é a categoria
que mais deduz em livro-caixa, abate entre 15% e 20% de sua renda",
explicou o coordenador. Na mira da Receita estão as seguintes
categorias profissionais: dentistas, médicos, advogados,
engenheiros, arquitetos, agrônomos, químicos, nutricionistas,
farmacêuticos, economistas, contadores, administradores, analistas
de sistema e psicólogos. A categoria mais numerosa é
a dos engenheiros.
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