Home
 Tempo Real
 Coluna GD
 Só Nosso
 Asneiras e Equívocos 
 Imprescindível
 Urbanidade
 Palavr@ do Leitor
 Aprendiz
 
 Quem Somos
 Expediente


Dia 14.12.00

 

 

Latino trabalha tanto quanto japonês, mas tem menos benefícios

Relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostra que os latino-americanos e os japoneses trabalham a mesma quantidade de horas por ano, que é superior à dos europeus. Mas o mercado latino-americano passa por um processo de informalização e precarização: cerca de 60% dos trabalhadores não são registrados e 55% deles não têm qualquer tipo de proteção social.

Com relação à América Latina, o estudo detectou uma discriminação às mulheres e aos negros no mercado. Segundo o diretor- adjunto da OIT, Jaime Mezzera, o racismo é "peculiarmente" expressivo no Brasil, que tem um grande número de negros. Nos outros países, o preconceito é maior contra a população indígena.

No levantamento relativo ao progresso laboral, que avalia o nível de salário, taxa de desemprego e estabilidade funcional, na última década o Brasil caiu do nível "alto" para "médio-alto".

(Valor)

 

 

 

 
                                                Subir    

 

 

 


Latino trabalha tanto quanto o japonês

Relatório divulgado ontem pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostra que o trabalhador da América Latina trabalha tanto quanto o japonês e mais que o europeu. De acordo com a entidade, o mercado da região está, de uma maneira geral, passando por um processo de privatização, informalização, terceirização e precarização.

O estudo se baseou em dados oficiais - como os do IBGE e do Dieese, no caso brasileiro - e detectou uma discriminação disseminada às mulheres e aos negros no mercado. Segundo o diretor- adjunto da OIT, Jaime Mezzera, o racismo é "peculiarmente" expressivo no Brasil, por causa do grande número de negros do país. "Esse problema é mais aparente no acesso ao mercado de trabalho. Depois de empregado, o negro sofre menos preconceitos", afirmou. Nos outros países, compara o diretor, o preconceito mais marcante é contra a população de origem indígena.

Para justificar o processo de privatização e terceirização do mercado, Mezzera cita que 95% dos novos postos são criados no setor privado e que 83% dessas novas vagas são criadas no setor de serviços. Cerca de 60% dos trabalhadores latino-americanos estão no mercado informal, sendo que 55% deles não têm quaisquer proteções sociais, como Previdência, por exemplo.

Segundo o estudo, chamado Panorama Laboral 2000, a jornada de trabalho semanal média na América Latina é de 40,8 horas, o que representa 1.862 horas/ano. Nos EUA, esse índice é de cerca de 2.000 horas e no Japão, de 1.898 horas. Na média dos países europeus, diz Mezzera, esse período não ultrapassa as 1.600 horas.

De modo geral, os salários mínimos pagos pelos países da América Latina cresceram, em média, 0,5% nos últimos dois anos. Os "salários industriais" tiveram reajuste superior, de 1,2%.

A OIT utiliza o preço do pão para comparar os salários mínimos dos países. Segundo esse critério, o maior poder aquisitivo é o do Panamá, onde um salário mínimo permite a compra de 372 quilos de pães por mês. No Brasil, essa comparação fica em torno dos 85 quilos, resultado inferior ao de oito países. "Houve uma melhora na renda das pessoas mais pobres, pelo menos no que diz respeito ao pão", disse o diretor-adjunto da OIT.

Para comparar os salários industriais, a OIT usou o preço do "carro popular", e a situação brasileira melhora um pouco no ranking regional. O país fica em quinto lugar (atrás da Argentina, Chile, Panamá e Uruguai) entre os de maior poder aquisitivo. Um funcionário da indústria no Brasil precisa de 19 salários para comprar um automóvel. Na Argentina, precisa-se de 12 meses. Em Honduras, onde foi registrado o pior salário médio, o trabalhador consegue comprar um carro popular depois de poupar ao longo de 84 meses (sete anos).

No levantamento relativo à evolução do progresso laboral, que avalia o nível de salário, taxa de desemprego e estabilidade funcional, o Brasil caiu uma posição na última década, passando do nível "alto" para "médio-alto". Agora, o país está no mesmo patamar da Argentina e do Panamá e abaixo do Chile, do México e da Costa Rica. "Os anos de 1999 e de 1998 foram muito ruins para o Brasil, mas já há sinais de melhora em 2000", avaliou Mezzera.

(Valor)

 

 
                                                Subir    
   DIA 13.12.00
  Negras ganham até 55% menos do que brancos
   
   DIA 11.12.00
  Tráfico internacional de mão-de-obra gera até US$ 10 bi
   
   DIA 08.12.00
  Jovens que trabalham e estudam tendem a sentir dor muscular
   
   DIA 07.12.00
  País exporta mão-de-obra qualificada
   
   DIA 06.12.00
  Para Bird, protecionismo dos ricos limita o avanço dos países emergentes
   
   DIA 05.12.00
  Escolas técnicas brasileiras participarão de Olimpíada
   
   DIA 03.12.00
  Escolas técnicas brasileiras participarão de Olimpíada
   
   DIA 02.12.00
  Garis de Osasco ensinam informática