Educação
pode tirar 13 milhões de pessoas da miséria absoluta
Se todos os
brasileiros tivessem no mínimo oito anos de escola, 13 milhões
de pessoas sairiam da miséria absoluta. É o que defende
uma simulação matemática feita pelo economista
Sergei Soares, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(Ipea), do Ministério do Planejamento. O trabalho de Soares,
com base em dados do IBGE, revela como o baixo índice de
escolaridade da população gera e alimenta as desigualdades
sociais e a concentração de renda no Brasil.
No país
ideal projetado pelas equações do pesquisador, a educação
básica mostrou ser a única variável indispensável
para uma mudança na qualidade de vida do País. "Estudos
anteriores já confirmavam a importância da educação.
A surpresa foi o impacto obtido com a hipótese de que toda
a população já tivesse os oito anos do ensino
básico", comenta Soares.
Para Soares,
não se trata apenas de repetir a conhecida tese de que o
estudo dá acesso a melhores salários. "Quem não
tem um mínimo de escolaridade fica condenado a permanecer
confinado na faixa de pobreza", argumenta.
Para o ministro
da Educação, Paulo Renato, os resultados da simulação
de Soares mostram o peso de uma triste herança. "Estamos
pagando o preço da falta de investimentos em educação
ao longo de décadas", afirma. Em 1994, segundo o ministro,
11% das crianças estavam fora da escola. Hoje o percentual
nacional é de 3%.
Mas isso não
basta. Para chegar ao mundo de Soares, é preciso impedir
que as crianças abandonem a escola. De acordo com Sergei
Soares, hoje, somente 68% das crianças matriculadas no ensino
básico conseguirão concluir o curso.
As informações
são da revista IstoÉ.
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