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Londrina
15/12/2004
Prédio a ser desapropriado abriga escola

LONDRINA (PR) - Enquanto a instalação do ILS (Instrument Landing System) equipamento de apoio a aterrissagens em condições climáticas adversas no Aeroporto de Londrina continua indefinida, um dos imóveis que deverá ser desapropriado para a ampliação da pista continua a ser utilizado comercialmente. O prédio do Complexo Industrial Carambeí, na Avenida Salgado Filho, vai abrigar, a partir do ano que vem, o Colégio Fênix, que entrará em funcionamento na cidade.

Um dos diretores da escola, que não quis se identificar, afirmou que a desapropriação do prédio ''está fora de jogada'' e o contrato de locação tem a duração de cinco anos. O advogado Carlos Henrique Schiefer, que representa a Carambeí, não confirmou o período de ocupação previsto no contrato, mas explicou que o mesmo foi ''estentido'', já que os antigos locatários fazem parte do mesmo grupo. ''Parte do imóvel foi considerado de utilidade pública, para fins de desepropriação, há pelo menos 10 anos. Depois disso, tudo o que aconteceu foram especulações. O processo não foi para a frente'', disse Schiefer.

De acordo com o advogado, o imóvel todo tem 1,2 mil metros quadrados de área construída, e o preço de mercado está na faixa dos R$ 6 milhões. ''Enquanto nada acontece, a Carambeí continua usufruindo do imóvel.'' Ele informou que há alvará de licença expedido pela prefeitura para funcionamento de escola no local. A portaria nº 1.141/GM5, do Ministério da Aeronáutica, prevê que não são permitidos a implantação, o uso e o desenvolvimento, nas chamadas áreas de ruído próximas aos aeroportos, de atividades como escolas, creches e hospitais, a não ser com autorização dos órgãos municipais competentes.

O secretário municipal de Obras, Aloísio Crescentini, admitiu que existem hoje várias dificuldades a serem vencidas para colocar em ação o projeto de ampliação da pista do aeroporto, e que a principal delas é a desapropriação da área pertencente à Carambeí, pois trata-se de terreno doado pela próprio município e que não pode ser readquirido pelo poder público local. Outras dificuldades, segundo o secretário, são as diversas residências e a Estrada do Limoeiro, que terá que ser reconstruída.

Em janeiro deste ano, a superintendente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), Rosemayre Malhorquim Ferreira Corrêa, afirmou que os recursos para a ampliação da pista estavam garantidos. A verba entre R$ 6 e R$ 8 milhões deverá ser utilizada para a desapropriação de área de 112.847 metros quadrados, que ficou sob responsabilidade da Infraero, e para a compra do ILS.

Rosemayre chegou a afirmar que se tudo corresse dentro do esperado, o aparelho estaria funcionando em Londrina em 2005. Ontem a superintendente não quis se manifestar sobre o assunto, argumentando que tem viagem marcada para Brasília amanhã, onde a questão será discutida.

Segundo dados da Infraero, de janeiro até ontem o aeroporto ficou fechado 206 horas e 59 minutos, por problemas relacionados ao mau tempo. Em 2003 o período foi ainda maior: 251 horas e 31 minutos e 122 vôos cancelados.


SILVANA LEÃO
da Folha de Londrina

   
 
 
 

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