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mudanças
19/11/2003
Governo contrata executivo para preparar terceirização da Febem

O executivo Claus Vieira, de 36 anos, foi convidado há uma semana pelo Governo estadual para elaborar um plano diretor e reestruturar totalmente a Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor (Febem). Homem de negócios e especialista em gestão, Vieira aceitou o convite e deixou a direção geral do portal e provedor de internet Universo Online (UOL).

Na Febem, ele terá a função de, dentro de seis meses, mudar a imagem que a sociedade tem hoje da instituição — a de um órgão falido e sem solução, cujos problemas se arrastam há mais de dez anos. E, principalmente, preparar a passagem da administração das 69 unidades para o Terceiro Setor, como organizações não-governamentais (ONGs), igrejas e instituições sem fins lucrativos.

Mas Vieira nega que essa será uma de suas prioridades. “Ainda não está nada certo sobre essa questão da terceirização, não tenho nada formatado e nenhum projeto piloto definitivo”, despista. “É apenas um cenário a ser considerado”.

Vieira começou a trabalhar nesta segunda-feira, numa sala ao lado do gabinete do presidente da fundação, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, na sede da Febem, que continuará cuidando das questões jurídicas e do dia-a-dia da instituição. Vieira é quem vai colocar a mão na massa, mas prefere dizer que os dois vão trabalhar “a quatro mãos”.

“Minha função é formatar e implantar o novo plano gestor da Febem”, afirma o executivo. Uma das primeiras questões será a estratégia pedagógica para ressocializar os jovens e prepará-los, por intermédio de cursos profissionalizantes, para inseri-los no mercado de trabalho quando ganharem a liberdade. Outra tarefa do executivo será fazer a ponte entre empresas interessadas em gerenciar unidades, patrocinando cursos de capacitação, educação e empregos. Essa estratégia já vinha sendo realizada, mas de forma bastante tímida.

Outro ponto — também um problema crônico — será equacionar o número de jovens que entram e saem da Febem todos os dias e redistribuí-los de acordo com a capacidade da instituição. “O custo de cada jovem difere de acordo com as unidades”, diz. Vieira dá pistas de que o orçamento será enxugado. “Haverá uma readequação orçamentária. A linha do governador nessa área é espartana”, afirma.

O executivo também tem a atribuição de, por intermédio de técnicas de motivação e criação de programas de produtividade, fazer com que os funcionários voltem a sentir orgulho de trabalhar na Febem.



LUÍSA ALCADE
Do Diário de S. Paulo

   
 
 
 

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