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melhoria
20/08/2004
Interior puxa emprego formal

A recuperação econômica do país chegou com força ao mercado de trabalho formal. Mês passado, as empresas de todos os segmentos da economia abriram 202.033 vagas com carteira assinada. Este é o melhor resultado para o mês desde 1992 e supera em mais de cinco vezes o de julho de 2003, de 37.233. O interior puxou as contratações, com 154.600 vagas. Entre janeiro e julho deste ano, foi criado 1,23 milhão de postos formais, contra os 598.100 do ano passado. O dado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho já havia sido antecipado — e comemorado — pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no início deste mês.

Diante do ritmo da expansão do emprego formal, o ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, já aposta chegar ao fim do ano com o desemprego na casa de um dígito — em junho, o percentual estava em 11,7%, segundo o IBGE. Berzoini também disse acreditar que será possível ter um saldo positivo de dois milhões de empregos em 2004.

"O desemprego ficará abaixo dos 10% até o fim do ano", disse Berzoini, acrescentando ter sido informado de que as pesquisas do IBGE e do Dieese a serem divulgadas nos próximos dias trarão bons resultados.

Segundo o ministro, os números confirmam a retomada da atividade em vários setores da economia. A indústria da transformação foi o segmento que mais abriu vagas em julho: 56.027 postos. Os principais destaques foram as indústrias de produtos alimentícios e bebidas; têxteis e vestuários; e químicas e produtos farmacêuticos e veterinários. O interessante é que são todos setores fortemente ligados à recuperação da renda do trabalhador.

Em segundo lugar, vem a agricultura, que, puxada pelas exportações, abriu 55.155 vagas. O setor de serviços foi responsável por 42.729 postos e o comércio, por 33.552. Até a construção civil anulou a queda de 1,5% no número de trabalhadores nos primeiros sete meses de 2003: no mesmo período deste ano abriu 71.305 postos. Berzoini ressaltou que o setor tem baixo grau de automação e emprega muita gente.

De acordo com o Caged, o estado de São Paulo teve o melhor desempenho, com 70.817 vagas. Em seguida vêm Minas Gerais, com 31.720; Rio de Janeiro, com 12.396; e Paraná, com 11.771 postos.

Metrópoles tiveram desempenho pior
Para os especialistas, os dados do Caged mostram uma tendência de recuperação do emprego. Segundo o economista José Márcio Camargo, professor da PUC-RJ, embora o Caged não seja um mapeamento fiel do mercado de trabalho brasileiro — por não considerar o setor informal — tem havido uma convergência entre os dados do Caged e a Pesquisa Mensal do Emprego do IBGE, que apontam aumento do emprego e queda da taxa de desemprego.

Ao ressaltar o dinamismo do mercado de trabalho no interior, Berzoini falou da necessidade de aumentar os investimentos em habitação e saneamento para resolver o problema do desemprego nas regiões metropolitanas. Nesses locais, foram abertas 47.393 vagas em julho, uma alta de apenas 0,47%.

O ministro também defendeu a redução da informalidade. Mas admitiu ainda haver divergências entre os ministérios da Fazenda e da Previdência sobre o Super Simples, que quer trazer para setor formal pequenos empreendedores que estão na informalidade.



As informações são do jornal O Globo.

   
 
 
 

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