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29/09/2005
-
09h20
JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio
O IGP-M (Índice Geral de Preços ao Mercado) registrou deflação de 0,53% em setembro. Trata-se da quinta taxa negativa seguida apurada pelo índice. A queda dos preços, no entanto, foi menos intensa do que a do mês anterior, quando o índice havia apurado deflação de 0,65%.
O IGP-M corrige a maioria dos contratos de aluguel. Após cinco meses seguidos de queda de preços, a taxa do índice no acumulado do ano é de 0,21% e nos últimos 12 meses, de 2,17%.
O comportamento da inflação em setembro mostra que a nova queda de preços foi motivada por fatores específicos que influenciaram os produtos agrícolas. Os produtos industriais estão cada vez mais deixando de lado o efeito do câmbio e mostrando tendência de aceleração.
Os preços no atacado mostraram reduziram a intensidade de queda e passaram de -0,88% para -0,76% de agosto para setembro. Bens finais (produtos acabados) e matérias-primas continuaram em trajetória de queda, mas os bens intermediários (insumos industriais) puxaram o indicador para cima.
Os produtos acabados registraram queda de 1,30%, ante uma taxa negativa de 0,68% no mês anterior. A variação foi ditada pelo comportamento dos alimentos "in natura" e dos combustíveis para consumo que mostraram recuo nos preços. Os alimentos "in natura" chegaram a cair 10,09%.
Os combustíveis e lubrificantes para a produção passaram de -0,88% para 2,73% e puxaram a taxa dos bens intermediários (de -1,05% para 0,28%).
Outro fator que contribuiu para a aceleração deste segmento foi o grupo materiais e componentes para a manufatura, que inclui produtos como ferro e aço. Sua taxa passou de -1,46% para -0,50%. O resultado indica que o efeito do câmbio sobre a queda de preços é cada vez mais secundário.
As matérias-primas brutas aprofundaram a queda nos preços com deflação de 2,09% ante uma taxa negativa de 0,83% em agosto. O desempenho reflete o comportamento dos preços do leite "in natura" (-2,17% para -7,21%), bovinos (-1,04% para -3,23%) e soja (-1,77% para -5,32%).
Varejo
A inflação no varejo também mostrou sinais que apontam para uma futura aceleração. Os preços ao consumidor passaram de -0,32% para -0,17%, com pressões dos grupos habitação e transportes. No primeiro, a taxa passou de 0,11% para 0,26% em razão do reajuste da tarifa de água e esgoto residencial.
O grupo transportes foi influenciado pelo aumento da gasolina e do óleo diesel e passou de 0,15% para 0,82%. A gasolina registrou alta de 2,28%, ante variação de 0,13% em agosto e o diesel apurou alta de 1,21%, ante 0,17% no mês anterior.
Os custos da construção civil passaram de 0,05% para 0,06%. A única pressão veio do grupo materiais, que teve sua taxa elevada de 0,05% para 0,08% em razão do aumento nos preços dos metais para instalações hidráulicas.
Os preços foram coletados entre os dias 21 de agosto e 20 de setembro.
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da Folha Online, no Rio
O IGP-M (Índice Geral de Preços ao Mercado) registrou deflação de 0,53% em setembro. Trata-se da quinta taxa negativa seguida apurada pelo índice. A queda dos preços, no entanto, foi menos intensa do que a do mês anterior, quando o índice havia apurado deflação de 0,65%.
O IGP-M corrige a maioria dos contratos de aluguel. Após cinco meses seguidos de queda de preços, a taxa do índice no acumulado do ano é de 0,21% e nos últimos 12 meses, de 2,17%.
O comportamento da inflação em setembro mostra que a nova queda de preços foi motivada por fatores específicos que influenciaram os produtos agrícolas. Os produtos industriais estão cada vez mais deixando de lado o efeito do câmbio e mostrando tendência de aceleração.
Os preços no atacado mostraram reduziram a intensidade de queda e passaram de -0,88% para -0,76% de agosto para setembro. Bens finais (produtos acabados) e matérias-primas continuaram em trajetória de queda, mas os bens intermediários (insumos industriais) puxaram o indicador para cima.
Os produtos acabados registraram queda de 1,30%, ante uma taxa negativa de 0,68% no mês anterior. A variação foi ditada pelo comportamento dos alimentos "in natura" e dos combustíveis para consumo que mostraram recuo nos preços. Os alimentos "in natura" chegaram a cair 10,09%.
Os combustíveis e lubrificantes para a produção passaram de -0,88% para 2,73% e puxaram a taxa dos bens intermediários (de -1,05% para 0,28%).
Outro fator que contribuiu para a aceleração deste segmento foi o grupo materiais e componentes para a manufatura, que inclui produtos como ferro e aço. Sua taxa passou de -1,46% para -0,50%. O resultado indica que o efeito do câmbio sobre a queda de preços é cada vez mais secundário.
As matérias-primas brutas aprofundaram a queda nos preços com deflação de 2,09% ante uma taxa negativa de 0,83% em agosto. O desempenho reflete o comportamento dos preços do leite "in natura" (-2,17% para -7,21%), bovinos (-1,04% para -3,23%) e soja (-1,77% para -5,32%).
Varejo
A inflação no varejo também mostrou sinais que apontam para uma futura aceleração. Os preços ao consumidor passaram de -0,32% para -0,17%, com pressões dos grupos habitação e transportes. No primeiro, a taxa passou de 0,11% para 0,26% em razão do reajuste da tarifa de água e esgoto residencial.
O grupo transportes foi influenciado pelo aumento da gasolina e do óleo diesel e passou de 0,15% para 0,82%. A gasolina registrou alta de 2,28%, ante variação de 0,13% em agosto e o diesel apurou alta de 1,21%, ante 0,17% no mês anterior.
Os custos da construção civil passaram de 0,05% para 0,06%. A única pressão veio do grupo materiais, que teve sua taxa elevada de 0,05% para 0,08% em razão do aumento nos preços dos metais para instalações hidráulicas.
Os preços foram coletados entre os dias 21 de agosto e 20 de setembro.
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