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29/09/2005
-
09h43
JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio
A taxa de investimento na economia brasileira chegou a 19,9% do PIB (Produto Interno Bruto, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) no segundo trimestre deste ano, segundo dados divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Trata-se da maior taxa de investimento para um segundo trimestre desde 1997, quando o percentual havia sido de 20,4%. No semestre, a taxa ficou em 19,9%, a maior para um primeiro semestre desde 2001, quando havia ficado em 20,2%.
Os investimentos agregaram R$ 95,59 bilhões ao PIB no segundo trimestre deste ano. A taxa de investimentos reflete a compra de máquinas e equipamentos destinados à ampliação do parque industrial e também para a construção civil.
A taxa de poupança permaneceu num patamar elevado, em 24% do PIB. O resultado representa o segundo melhor desempenho desde 1995, mas significa uma ligeira queda em relação ao segundo trimestre do ano passado, quando ela atingiu 25% do PIB.
No semestre, a taxa de poupança ficou em 23,2%, um resultado inferior ao de igual período do ano passado, quando havia sido de 24,1%.
A taxa de poupança serve como parâmetro da capacidade de investimentos porque representa os recursos disponíveis para aplicação nos mercados interno e externo.
Segundo o IBGE, o fôlego menor da taxa de poupança pode ser explicado pelo crescimento maior do consumo das famílias e do governo em relação ao PIB. Em termos nominais, o PIB cresceu 10% na comparação com o segundo trimestre do ano passado. Em igual comparação, o consumo do governo e das famílias cresceu 12%. Com isso, a poupança registrou expansão de apenas 6%.
No segundo trimestre deste ano, o PIB cresceu 1,4%, a maior taxa de expansão desde o primeiro trimestre de 2004.
Capacidade de financiamento
Os resultados divulgados hoje mostram que a capacidade de financiamento (disponibilidade de recursos que o país tem para emprestar ao restante do mundo) apresentou ligeira queda em relação ao ano passado. Ela passou de R$ 9,6 bilhões no segundo trimestre de 2004 para R$ 5,9 bilhões no segundo trimestre deste ano.
Segundo o IBGE, o fator preponderante para a redução foi o resultado R$ 2,6 bilhões inferior ao do segundo trimestre do ano passado do saldo externo de bens e serviços por conta do aumento das importações e da taxa de câmbio. Como fator secundário, influiu também o aumento do consumo, que afetou o desempenho da poupança. Houve também aumento das remessas de lucros e dividendos para o exterior.
No segundo trimestre do ano, a economia nacional totalizou uma captação líquida positiva de R$ 5,7 bilhões. Em igual período de 2004, essa captação havia sido negativa em R$ 16,5 bilhões. A melhora no desempenho pode ser atribuída ao menor pagamento de dívidas por meio de amortização de títulos e ao aumento do investimento estrangeiro direto. No segundo trimestre, ele atingiu R$ 12,6 bilhões, influenciado parcialmente por uma operação de compra de ações de minoritários de US$ 1,4 bilhão referente ainda à fusão da AmBev com a Interbrew.
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Trata-se da maior taxa de investimento para um segundo trimestre desde 1997, quando o percentual havia sido de 20,4%. No semestre, a taxa ficou em 19,9%, a maior para um primeiro semestre desde 2001, quando havia ficado em 20,2%.
Os investimentos agregaram R$ 95,59 bilhões ao PIB no segundo trimestre deste ano. A taxa de investimentos reflete a compra de máquinas e equipamentos destinados à ampliação do parque industrial e também para a construção civil.
A taxa de poupança permaneceu num patamar elevado, em 24% do PIB. O resultado representa o segundo melhor desempenho desde 1995, mas significa uma ligeira queda em relação ao segundo trimestre do ano passado, quando ela atingiu 25% do PIB.
No semestre, a taxa de poupança ficou em 23,2%, um resultado inferior ao de igual período do ano passado, quando havia sido de 24,1%.
A taxa de poupança serve como parâmetro da capacidade de investimentos porque representa os recursos disponíveis para aplicação nos mercados interno e externo.
Segundo o IBGE, o fôlego menor da taxa de poupança pode ser explicado pelo crescimento maior do consumo das famílias e do governo em relação ao PIB. Em termos nominais, o PIB cresceu 10% na comparação com o segundo trimestre do ano passado. Em igual comparação, o consumo do governo e das famílias cresceu 12%. Com isso, a poupança registrou expansão de apenas 6%.
No segundo trimestre deste ano, o PIB cresceu 1,4%, a maior taxa de expansão desde o primeiro trimestre de 2004.
Capacidade de financiamento
Os resultados divulgados hoje mostram que a capacidade de financiamento (disponibilidade de recursos que o país tem para emprestar ao restante do mundo) apresentou ligeira queda em relação ao ano passado. Ela passou de R$ 9,6 bilhões no segundo trimestre de 2004 para R$ 5,9 bilhões no segundo trimestre deste ano.
Segundo o IBGE, o fator preponderante para a redução foi o resultado R$ 2,6 bilhões inferior ao do segundo trimestre do ano passado do saldo externo de bens e serviços por conta do aumento das importações e da taxa de câmbio. Como fator secundário, influiu também o aumento do consumo, que afetou o desempenho da poupança. Houve também aumento das remessas de lucros e dividendos para o exterior.
No segundo trimestre do ano, a economia nacional totalizou uma captação líquida positiva de R$ 5,7 bilhões. Em igual período de 2004, essa captação havia sido negativa em R$ 16,5 bilhões. A melhora no desempenho pode ser atribuída ao menor pagamento de dívidas por meio de amortização de títulos e ao aumento do investimento estrangeiro direto. No segundo trimestre, ele atingiu R$ 12,6 bilhões, influenciado parcialmente por uma operação de compra de ações de minoritários de US$ 1,4 bilhão referente ainda à fusão da AmBev com a Interbrew.
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