Publicidade
Publicidade
05/10/2005
-
14h53
PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
O governo poderá retirar a limitação de renda do usuário para a compra do telefone social para evitar contestações sobre a sua legalidade, segundo disse hoje o ministro das Comunicações, Hélio Costa.
Ele explicou que técnicos do ministério, da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e das empresas de telefonia fixa ainda discutem se o telefone social pode ser destinado a um grupo específico da população, delimitado pela renda de até três salários mínimos.
Isso porque há entendimentos dentro da Anatel de que não poderia haver restrições (no caso, de renda) para a oferta do serviço, pois a Lei Geral de Telecomunicações prevê isonomia, ou seja, o direito igual para todos de terem acesso a um mesmo serviço.
A limitação do público do telefone social é uma das dúvidas jurídicas do governo na elaboração do programa que reduzirá em 50% o valor da assinatura básica mensal a fim de levar o serviço à população de baixa renda a um custo de R$ 19,90.
O ministro disse hoje que chegou a conversar sobre o fim da restrição de renda para o usuário do telefone popular com os representantes das empresas que estiveram ontem no Ministério das Comunicações e que os empresários teriam concordado. Segundo Costa, como quase 70% dos usuários da telefonia fixa hoje ganham menos de três salários mínimos, "é preferível retirar essa restrição".
As empresas teriam concordado com a proposta porque o telefone social foi formatado para atender especificamente quem usa pouco o serviço, o que seria o perfil das classes mais baixas da população. Isso porque, a partir de determinada quantidade de ligações (ou tempo), o serviço passa a ser mais caro que o telefone convencional.
No telefone social, o usuário terá direito a uma franquia de 100 minutos, ou aproximadamente 60 pulsos, segundo a proposta do governo. Para falar além da franquia, o usuário precisará comprar um cartão pré-pago, e o custo da chamada será mais caro (R$ 0,312 por minuto), correspondente a 25% do valor do minuto de ligação a partir de um telefone celular pré-pago.
Então, se o usuário gastar mais de 64 minutos além da franquia, o telefone social já não será vantajoso em relação ao telefone convencional pois o custo das chamadas adicionais irá superar o valor da assinatura básica do telefone fixo, de R$ 40, que deverá dar direito a uma franquia de cerca de 170 minutos a partir de 1º de janeiro.
Leia mais
Teles estimam prejuízo de R$ 300 mi com telefone popular
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o telefone popular
Governo pode retirar limite de renda para compra de telefone popular
Publicidade
da Folha Online, em Brasília
O governo poderá retirar a limitação de renda do usuário para a compra do telefone social para evitar contestações sobre a sua legalidade, segundo disse hoje o ministro das Comunicações, Hélio Costa.
Ele explicou que técnicos do ministério, da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e das empresas de telefonia fixa ainda discutem se o telefone social pode ser destinado a um grupo específico da população, delimitado pela renda de até três salários mínimos.
Isso porque há entendimentos dentro da Anatel de que não poderia haver restrições (no caso, de renda) para a oferta do serviço, pois a Lei Geral de Telecomunicações prevê isonomia, ou seja, o direito igual para todos de terem acesso a um mesmo serviço.
A limitação do público do telefone social é uma das dúvidas jurídicas do governo na elaboração do programa que reduzirá em 50% o valor da assinatura básica mensal a fim de levar o serviço à população de baixa renda a um custo de R$ 19,90.
O ministro disse hoje que chegou a conversar sobre o fim da restrição de renda para o usuário do telefone popular com os representantes das empresas que estiveram ontem no Ministério das Comunicações e que os empresários teriam concordado. Segundo Costa, como quase 70% dos usuários da telefonia fixa hoje ganham menos de três salários mínimos, "é preferível retirar essa restrição".
As empresas teriam concordado com a proposta porque o telefone social foi formatado para atender especificamente quem usa pouco o serviço, o que seria o perfil das classes mais baixas da população. Isso porque, a partir de determinada quantidade de ligações (ou tempo), o serviço passa a ser mais caro que o telefone convencional.
No telefone social, o usuário terá direito a uma franquia de 100 minutos, ou aproximadamente 60 pulsos, segundo a proposta do governo. Para falar além da franquia, o usuário precisará comprar um cartão pré-pago, e o custo da chamada será mais caro (R$ 0,312 por minuto), correspondente a 25% do valor do minuto de ligação a partir de um telefone celular pré-pago.
Então, se o usuário gastar mais de 64 minutos além da franquia, o telefone social já não será vantajoso em relação ao telefone convencional pois o custo das chamadas adicionais irá superar o valor da assinatura básica do telefone fixo, de R$ 40, que deverá dar direito a uma franquia de cerca de 170 minutos a partir de 1º de janeiro.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice