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13/10/2005 - 13h57

Governo suspeita da existência de aftosa em outra fazenda do MS

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PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília

O rebanho de uma pequena propriedade do município sul-matogrossense de Japorã também pode estar infectado com febre aftosa.

O Laboratório Nacional Agropecuário do Pará (Lanagro), vinculado ao Ministério da Agricultura, deverá concluir nos próximos dias a análise do material colhido na propriedade sob suspeita.

O diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Mato Grosso do Sul (Iagro), João Cavallero, confirmou hoje a existência de suspeita de doenças vesiculares na propriedade, mas disse que ainda não é possível saber se trata-se de aftosa ou não. Entre as doenças com sintomas semelhantes aos da aftosa, segundo o técnico, estariam a estomatite e diarréia viral.

Cavallero disse, no entanto, que a possível confirmação do foco não afetará as ações desenvolvidas até agora para conter a doença, pois o local faz parte da área isolada por barreiras, no raio de 25 km da fazenda Vezozzo, localizada no município de Eldorado, onde a aftosa já foi identificada.

A proximidade da propriedade, localizada em uma região de assentamentos, com a divisa do Paraguai reforçaram as suspeitas de que o vírus da doença pode ter sido trazido do país vizinho.

Por isso, o governo paraguaio já foi acionado para desenvolver ações conjuntas com o Brasil no combate à doença.

A região isolada conforme normas internacionais (raio de 25 km) responde por menos de 3% do rebanho do Mato Grosso do Sul. Os cinco municípios interditados possuem juntos 685.874 cabeças de gado, sendo 56 mil em Japorã, 103.304 em Eldorado, 281.778 em Iguatemi, 202.245 em Itaquiraí e 42.504 em Mundo Novo, segundo levantamento da Iagro.

O Mato Grosso do Sul tem um rebanho de 25 milhões de cabeças de gado e é um dos principais exportadores de carne bovina.

Segundo estimativa feita pelo secretário de Produção e Turismo do Mato Grosso do Sul, Dagoberto Nogueira, somente os 582 animais sacrificados na fazenda Vezozzo nos últimos dias demandarão indenizações da ordem de R$ 291 mil, considerando um preço médio de R$ 500 por cabeça. Os cálculos são feitos de acordo com o porte de cada animal, com base em um inventário feito quando os animais foram sacrificados.

Entretanto, qualquer indenização só será paga após a identificação das causas da doença e das responsabilidades no caso.

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