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14/10/2005
-
12h12
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
Secretários estaduais de Agricultura criticaram hoje o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por ele ter atribuído aos pecuaristas a culpa pelo foco de febre aftosa encontrado no município sul-matogrossense de Eldorado.
"Lula está mal informado", disse o secretário Minas Gerais, Silas Brasileiro, para quem, na prática, não houve liberação de recursos para a defesa sanitária neste ano.
De acordo com o secretário mineiro, seu Estado só irá liberar a entrada de carne do Mato Grosso do Sul quando o governo tomar decisões concretas para isolar a doença.
Já o secretário de Goiás, Roberto Balestra, considerou infeliz a fala do presidente sobre a situação dos pecuaristas. "Foi uma declaração infeliz. Ele [Lula] deveria ter ficado calado", disse.
Balestra também afirmou que não houve liberação de dinheiro. "Quando Lula diz que o problema é com o produtor, ele quer mudar o foco", afirmou.
Ontem, em Portugal, Lula afirmou que o foco de aftosa não surgiu por falta de liberação de recursos para vacinação ou fiscalização. "O primeiro responsável pela vacinação do rebanho é o proprietário, porque aquilo é seu patrimônio, é seu ganha-pão", disse.
A afirmação gerou irritação de produtores de carne, que acusam o governo de não liberar o dinheiro.
De acordo com técnicos do Mato Grosso do Sul, o foco de aftosa pode ter vindo de gado contrabandeado do Paraguai, já que os índices de vacinação em todo o país são próximos de 100%. As investigações, no entanto, ainda não foram concluídas e não há provas de que o transmissor seria o gado do país vizinho.
Os secretários de 15 Estados e também o do Distrito Federal estão reunidos hoje no Ministério da Agricultura, em Brasília, para avaliar o embargo à carne sul-matogrossense. Todos esses Estados já anunciaram alguma forma de restrição ao produto produzido no Mato Grosso do Sul.
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"Lula está mal informado", disse o secretário Minas Gerais, Silas Brasileiro, para quem, na prática, não houve liberação de recursos para a defesa sanitária neste ano.
De acordo com o secretário mineiro, seu Estado só irá liberar a entrada de carne do Mato Grosso do Sul quando o governo tomar decisões concretas para isolar a doença.
Já o secretário de Goiás, Roberto Balestra, considerou infeliz a fala do presidente sobre a situação dos pecuaristas. "Foi uma declaração infeliz. Ele [Lula] deveria ter ficado calado", disse.
Balestra também afirmou que não houve liberação de dinheiro. "Quando Lula diz que o problema é com o produtor, ele quer mudar o foco", afirmou.
Ontem, em Portugal, Lula afirmou que o foco de aftosa não surgiu por falta de liberação de recursos para vacinação ou fiscalização. "O primeiro responsável pela vacinação do rebanho é o proprietário, porque aquilo é seu patrimônio, é seu ganha-pão", disse.
A afirmação gerou irritação de produtores de carne, que acusam o governo de não liberar o dinheiro.
De acordo com técnicos do Mato Grosso do Sul, o foco de aftosa pode ter vindo de gado contrabandeado do Paraguai, já que os índices de vacinação em todo o país são próximos de 100%. As investigações, no entanto, ainda não foram concluídas e não há provas de que o transmissor seria o gado do país vizinho.
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