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19/10/2005
-
10h00
JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio
Os salários pagos por empresas registraram queda de 11% entre 1996 e 2003, segundo dados divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), da pesquisa Cadastro Central de Empresas 2003.
O salário médio mensal pago pelas empresas passou de R$ 590 em 1996 para R$ 859 em 2003 em termos nominais. Em termos reais, no entanto, o salário caiu para R$ 525,29 --esse valor foi obtido levando-se em conta que, descontada a inflação medida pelo IPCA de 63,53% no período, o trabalhador teve uma perda de 11%.
Em número de salários mínimos, o salário médio mensal passou de 5,5 salários mínimos em 1996 para 3,7 salários. O cálculo leva em conta o valor do salário mínimo de R$ 108 em 1996 e de R$ 230 em 2003.
Segundo o IBGE, a redução de 11% no salário médio mensal é resultado da redução dos salários pagos pelas empresas com 100 ou mais pessoas ocupadas, principalmente nas áreas de melhor remuneração, como produção e distribuição de eletricidade, gás e água (-14,7%) e intermediação financeira (-12,4%).
Apesar da redução, estas atividades ainda permanecem no topo da lista de melhores salários. O setor de intermediação financeira, seguros, previdência complementar e serviços relacionados ofereciam como salário médio em 2003, em termos reais, R$ 1.438, seguidos de produção e distribuição de eletricidade, com salário médio de R$ 1.377.
Os salários mais baixos em 2003 eram pagos pela pesca (R$ 235) e alojamento e alimentação (R$ 254).
A diferença entre os maiores e os menores salários permaneceu alta, mas registrou queda na comparação com 1996. Os salários mais altos passaram a ser 6,1 vezes maiores do que os mais baixos. Em 1996, eles eram 6,4 vezes maiores.
A pesquisa revela ainda um aumento na participação do emprego nas empresas com até 29 pessoas ocupadas. A participação das empresas com 100 ou mais pessoas ocupadas registrou queda de 7 pontos percentuais entre 1996 e 2003. Ela passou de 56,9% para 49,9% do total de pessoas assalariadas. As empresas de menor porte, com até 29 pessoas ocupadas, aumentaram sua participação em 6,4 pontos percentuais, de 27,7% para 34,1%.
A concentração da massa salarial nas empresas com mais de 100 empregados continuou alta: passou de 76% em 1996 para 68,4% do total de salários pagos em 2003.
O Cadastro Central de Empresas do IBGE reúne um universo de 4,7 milhões de empresas. Deste total, 31,7% das empresas, o equivalente a 1,5 milhão, possuíam empregados. Em 1996, a participação das empresas com empregados era maior e chegava a 34,1% do total de empresas ativas.
Em 2003, estas empresas eram responsáveis por 66,9% do total de empregados em atividades formais e 63,2% da massa salarial. Metade das empresas se concentravam em atividades comerciais, 15% nas indústrias de transformação e quase um terço em atividades ligadas a serviços.
A pesquisa é feita a partir de dados dos levantamentos econômicos anuais do IBGE nas áreas de indústria, comércio, serviços e construção e da Rais (Relação Anual de Informações Sociais).
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da Folha Online, no Rio
Os salários pagos por empresas registraram queda de 11% entre 1996 e 2003, segundo dados divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), da pesquisa Cadastro Central de Empresas 2003.
O salário médio mensal pago pelas empresas passou de R$ 590 em 1996 para R$ 859 em 2003 em termos nominais. Em termos reais, no entanto, o salário caiu para R$ 525,29 --esse valor foi obtido levando-se em conta que, descontada a inflação medida pelo IPCA de 63,53% no período, o trabalhador teve uma perda de 11%.
Em número de salários mínimos, o salário médio mensal passou de 5,5 salários mínimos em 1996 para 3,7 salários. O cálculo leva em conta o valor do salário mínimo de R$ 108 em 1996 e de R$ 230 em 2003.
Segundo o IBGE, a redução de 11% no salário médio mensal é resultado da redução dos salários pagos pelas empresas com 100 ou mais pessoas ocupadas, principalmente nas áreas de melhor remuneração, como produção e distribuição de eletricidade, gás e água (-14,7%) e intermediação financeira (-12,4%).
Apesar da redução, estas atividades ainda permanecem no topo da lista de melhores salários. O setor de intermediação financeira, seguros, previdência complementar e serviços relacionados ofereciam como salário médio em 2003, em termos reais, R$ 1.438, seguidos de produção e distribuição de eletricidade, com salário médio de R$ 1.377.
Os salários mais baixos em 2003 eram pagos pela pesca (R$ 235) e alojamento e alimentação (R$ 254).
A diferença entre os maiores e os menores salários permaneceu alta, mas registrou queda na comparação com 1996. Os salários mais altos passaram a ser 6,1 vezes maiores do que os mais baixos. Em 1996, eles eram 6,4 vezes maiores.
A pesquisa revela ainda um aumento na participação do emprego nas empresas com até 29 pessoas ocupadas. A participação das empresas com 100 ou mais pessoas ocupadas registrou queda de 7 pontos percentuais entre 1996 e 2003. Ela passou de 56,9% para 49,9% do total de pessoas assalariadas. As empresas de menor porte, com até 29 pessoas ocupadas, aumentaram sua participação em 6,4 pontos percentuais, de 27,7% para 34,1%.
A concentração da massa salarial nas empresas com mais de 100 empregados continuou alta: passou de 76% em 1996 para 68,4% do total de salários pagos em 2003.
O Cadastro Central de Empresas do IBGE reúne um universo de 4,7 milhões de empresas. Deste total, 31,7% das empresas, o equivalente a 1,5 milhão, possuíam empregados. Em 1996, a participação das empresas com empregados era maior e chegava a 34,1% do total de empresas ativas.
Em 2003, estas empresas eram responsáveis por 66,9% do total de empregados em atividades formais e 63,2% da massa salarial. Metade das empresas se concentravam em atividades comerciais, 15% nas indústrias de transformação e quase um terço em atividades ligadas a serviços.
A pesquisa é feita a partir de dados dos levantamentos econômicos anuais do IBGE nas áreas de indústria, comércio, serviços e construção e da Rais (Relação Anual de Informações Sociais).
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