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04/11/2005
-
13h20
CLARICE SPITZ
da Folha Online
Após registrar seu pior crescimento da década em 2003, o Estado de São Paulo deve reagir e apresentar um avanço de nada menos que 7% em 2004.
A Fundação Seade, órgão ligado ao Governo do Estado de São Paulo, calcula os dados do PIB regional com base em informações do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que têm defasagem de quase dois anos.
Para os pesquisadores, São Paulo, mais que qualquer outro Estado do país, sofre os reflexos diretos do crescimento da economia brasileira, seja para cima ou para baixo.
Em 2003, por exemplo, enquanto o país apresentou um crescimento de apenas 0,5%, o Estado teve estabilidade. Em valores, o PIB foi de R$ 495 bilhões. Já a participação do Estado no PIB nacional caiu de 32,6% em 2002 para 31,8%.
Já em 2004, quando o país cresceu 4,9%, São Paulo deve apresentar um incremento quase 50% maior, de cerca de 7%, pelos cálculos de pesquisadores do Seade.
"Quando a economia [do país] passa por uma crise, a economia de São Paulo se abate de forma acentuada. Por outro lado, quando a economia cresce, São Paulo cresce mais", disse Miguel Matteo, chefe da Divisão de Estudos Econômicos do Seade.
Embora tenha ficado praticamente estagnada desde 2000, a indústria de transformação paulista tem uma participação de cerca de 40% do produto industrial do país.
Para este ano, as primeiras estimativas mostram que o PIB (Produto Interno Bruto, soma dos bens e serviços produzidos no país) da maior cidade brasileira deve ser mais modesto, mas ainda avançar mais que a média nacional. "Se o PIB brasileiro for de 3,5%, o de São Paulo será até de 4,5%."
Apesar das expectativas de melhora, em 2003 os reflexos da economia do país no PIB regional foram ruins. De acordo com os coordenadores da pesquisa, o ano sintetizou os piores resultados de uma conjuntura que já se mostrava desde o fim da década de 90 e que em 2002 registrou pressões inflacionárias e cambiais.
No campo econômico, ao mesmo tempo em que havia elevação do superávit primário e da taxa de juros, os indicadores de mercado de trabalho se deterioravam, com aumento do desemprego e queda nos rendimentos.
O PIB per capita paulista em 2003 teve queda de 1,5% em relação a 2002, para R$ 12.619,36 em valores reais --descontada a inflação.
Mesmo assim, os pesquisadores chamam a atenção para o fato de que o PIB paulista ficou 45% superior à média nacional, que foi de R$ 8.694, e perde somente para o Distrito Federal e para o Rio de Janeiro.
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PIB de São Paulo deve ter crescido 7% no ano passado
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da Folha Online
Após registrar seu pior crescimento da década em 2003, o Estado de São Paulo deve reagir e apresentar um avanço de nada menos que 7% em 2004.
A Fundação Seade, órgão ligado ao Governo do Estado de São Paulo, calcula os dados do PIB regional com base em informações do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que têm defasagem de quase dois anos.
Para os pesquisadores, São Paulo, mais que qualquer outro Estado do país, sofre os reflexos diretos do crescimento da economia brasileira, seja para cima ou para baixo.
Em 2003, por exemplo, enquanto o país apresentou um crescimento de apenas 0,5%, o Estado teve estabilidade. Em valores, o PIB foi de R$ 495 bilhões. Já a participação do Estado no PIB nacional caiu de 32,6% em 2002 para 31,8%.
Já em 2004, quando o país cresceu 4,9%, São Paulo deve apresentar um incremento quase 50% maior, de cerca de 7%, pelos cálculos de pesquisadores do Seade.
"Quando a economia [do país] passa por uma crise, a economia de São Paulo se abate de forma acentuada. Por outro lado, quando a economia cresce, São Paulo cresce mais", disse Miguel Matteo, chefe da Divisão de Estudos Econômicos do Seade.
Embora tenha ficado praticamente estagnada desde 2000, a indústria de transformação paulista tem uma participação de cerca de 40% do produto industrial do país.
Para este ano, as primeiras estimativas mostram que o PIB (Produto Interno Bruto, soma dos bens e serviços produzidos no país) da maior cidade brasileira deve ser mais modesto, mas ainda avançar mais que a média nacional. "Se o PIB brasileiro for de 3,5%, o de São Paulo será até de 4,5%."
Apesar das expectativas de melhora, em 2003 os reflexos da economia do país no PIB regional foram ruins. De acordo com os coordenadores da pesquisa, o ano sintetizou os piores resultados de uma conjuntura que já se mostrava desde o fim da década de 90 e que em 2002 registrou pressões inflacionárias e cambiais.
No campo econômico, ao mesmo tempo em que havia elevação do superávit primário e da taxa de juros, os indicadores de mercado de trabalho se deterioravam, com aumento do desemprego e queda nos rendimentos.
O PIB per capita paulista em 2003 teve queda de 1,5% em relação a 2002, para R$ 12.619,36 em valores reais --descontada a inflação.
Mesmo assim, os pesquisadores chamam a atenção para o fato de que o PIB paulista ficou 45% superior à média nacional, que foi de R$ 8.694, e perde somente para o Distrito Federal e para o Rio de Janeiro.
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