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22/11/2005 - 17h03

Agroenergia compensará futuro esgotamento de petróleo e hidrelétricas

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PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília

O Brasil deve encarar o esgotamento de fontes hidrelétricas e também de petróleo como oportunidade para desenvolver seu potencial na área de agroenergia. A avaliação foi feita pelo secretário de Planejamento e Desenvolvimento Estratégico do Ministério de Minas e Energia, Márcio Pereira Zimmermann.

Segundo ele, a participação de fontes renováveis na matriz energética brasileira chega a 44%, enquanto no mundo essa participação é de apenas 14%, segundo dados do Ministério de Minas e Energia.

Somente a biomassa responde por 29,1% de toda a energia consumida, e a hidroeletricidade por 14,5%.

Manter essa liderança no uso e oferta de energia renovável é um dos desafios apontados no estudo interministerial (Minas e Energia, Agricultura, Desenvolvimento e Ciência e Tecnologia) sobre as Diretrizes de Política de Agroenergia para 2006-2011.

"No curto e médio prazo, a função da agroenergia será a de propiciar uma transição mais tranqüila rumo a uma matriz energética com maior participação da energia renovável, inclusive ampliando o horizonte de uso das atuais fontes de carbono fóssil", diz o estudo.

Biodiesel

Para levar à frente o projeto de desenvolvimento da agroenergia, no entanto, o governo precisa se apressar. No caso do biodiesel, um dos principais projetos do setor, pelo ritmo atual, a capacidade instalada de produção não deverá ser suficiente para atender à demanda compulsória estabelecida por lei, que obriga a mistura de 2% de biodiesel ao diesel a partir de 2008 e de 5% a partir de 2013.

De acordo com o próprio estudo do governo, até o fim deste ano a capacidade instalada de produção do biodiesel deverá atingir apenas 143,2 milhões de litros por ano, bem abaixo do consumo previsto para o primeiro ano de obrigatoriedade da mistura (2008), que é da ordem de 840 milhões de litros por ano. Com base nos projetos previstos até agora, o governo estima que essa capacidade instalada chegará a 473 milhões de litros por ano ao final de 2006.

Diante disso, o documento recomenda o incentivo ao desenvolvimento de unidades produtivas de médio e grande porte, acima de 100 milhões de litros anuais, automatizadas e adequadas para a produção em regime contínuo. Também faz parte das diretrizes a recomendação de que se invista na capacidade e na produtividade agrícola, a fim de que a produção de oleaginosas destinadas à produção do combustível seja compatível com a demanda e garanta a segurança do abastecimento interno e o atendimento de potenciais contratos de exportação.

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