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23/11/2005
-
20h00
da Folha Online
O novo corte de 0,5 ponto percentual no juro básico da economia (Selic), de 19% para 18,5% ao ano, anunciado hoje pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, não agradou o setor industrial.
Essa é a terceira redução consecutiva da taxa básica. Foi um corte de 0,25 ponto percentual e dois de 0,5 ponto entre setembro e a decisão de hoje.
O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, afirmou em comunicado, que a queda de hoje "é mais uma decepção".
Segundo Skaf, no momento em que as variáveis macroeconômicas alinham-se com as metas de inflação e que a indústria apresenta claros sintomas de desaceleração, a Fiesp aguardava queda mais expressiva da Selic.
Para o presidente da Fiesp, a decepção referente ao anúncio do Copom confirma "a existência de imenso fosso entre o pensamento do Banco Central e a filosofia dos setores produtivos".
"Resta o consolo de que, com menos reuniões do Copom no ano novo, deverá reduzir-se proporcionalmente o número de decepções programadas para 2006."
Ciesp
Para o diretor do departamento de Economia do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), Boris Tabacof, "as decisões do Copom, sempre tomadas em terreno seguro, guardam pouca ou quase nenhuma relação com o lado real da economia".
"As evidências atuais de queda do nível de atividade industrial recomendariam uma redução mais drástica da taxa de juros, algo da ordem de um ponto percentual, para que algum estímulo fosse gerado ao investimento e à produção", afirmou em nota.
Para Tabacof, "é difícil acreditar em um ano melhor em 2006". "Pelo lado da política monetária, sabe-se que o ritmo será esse. Resta aguardar para ver o que a política fiscal mais frouxa poderá fazer pela retomada do crescimento. A necessidade de um maior superávit fiscal pode ser minimizada por uma redução mais rápida da taxa de juros, que tem sido um fator dominante no aumento da dívida pública."
CNI
Já o presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Armando Monteiro Neto, avalia que o BC perdeu mais uma vez a oportunidade de promover uma queda mais acentuada da taxa de juros".
"A atividade econômica está desacelerada, o real está apreciado e a inflação está sob controle. Essa é a janela de oportunidade para promover uma redução mais forte na taxa de juros", disse Monteiro Neto, que considerou a decisão do Copom "conservadora".
Para ele, o cenário econômico permite uma queda de pelo menos um ponto percentual nos juros.
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O novo corte de 0,5 ponto percentual no juro básico da economia (Selic), de 19% para 18,5% ao ano, anunciado hoje pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, não agradou o setor industrial.
Essa é a terceira redução consecutiva da taxa básica. Foi um corte de 0,25 ponto percentual e dois de 0,5 ponto entre setembro e a decisão de hoje.
O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, afirmou em comunicado, que a queda de hoje "é mais uma decepção".
Segundo Skaf, no momento em que as variáveis macroeconômicas alinham-se com as metas de inflação e que a indústria apresenta claros sintomas de desaceleração, a Fiesp aguardava queda mais expressiva da Selic.
Para o presidente da Fiesp, a decepção referente ao anúncio do Copom confirma "a existência de imenso fosso entre o pensamento do Banco Central e a filosofia dos setores produtivos".
"Resta o consolo de que, com menos reuniões do Copom no ano novo, deverá reduzir-se proporcionalmente o número de decepções programadas para 2006."
Ciesp
Para o diretor do departamento de Economia do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), Boris Tabacof, "as decisões do Copom, sempre tomadas em terreno seguro, guardam pouca ou quase nenhuma relação com o lado real da economia".
"As evidências atuais de queda do nível de atividade industrial recomendariam uma redução mais drástica da taxa de juros, algo da ordem de um ponto percentual, para que algum estímulo fosse gerado ao investimento e à produção", afirmou em nota.
Para Tabacof, "é difícil acreditar em um ano melhor em 2006". "Pelo lado da política monetária, sabe-se que o ritmo será esse. Resta aguardar para ver o que a política fiscal mais frouxa poderá fazer pela retomada do crescimento. A necessidade de um maior superávit fiscal pode ser minimizada por uma redução mais rápida da taxa de juros, que tem sido um fator dominante no aumento da dívida pública."
CNI
Já o presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Armando Monteiro Neto, avalia que o BC perdeu mais uma vez a oportunidade de promover uma queda mais acentuada da taxa de juros".
"A atividade econômica está desacelerada, o real está apreciado e a inflação está sob controle. Essa é a janela de oportunidade para promover uma redução mais forte na taxa de juros", disse Monteiro Neto, que considerou a decisão do Copom "conservadora".
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