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12/12/2005 - 19h05

Grupo Docas comunica negociação sobre a Varig para a Infraero

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ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília

O Grupo Docas, do empresário Nelson Tanure, vai adquirir 25% do capital da FRB Par, que controla as empresas aéreas e não-aéreas do grupo Varig, por US$ 112 milhões, conforme foi adiantado hoje por Guilherme Barros, colunista da Folha.

Embora a compra se limite a 25%, o Grupo Docas terá um controle muito maior a controladora das empresas do grupo Varig. Isso será possível porque a negociação concluída na madrugada de hoje inclui dois contratos. Um de compra de ações (limitado aos 25%) e outro que dá ao grupo empresarial mais 42% do direito dos votos. Ou seja, na prática, o Grupo Docas tem agora o controle de 67% da FRB Par.

Segundo Paulo Marinho, diretor de investimentos do Grupo Docas, o pagamento será feito em dez parcelas anuais. A primeira foi paga hoje e, de acordo com o executivo, a empresa usou os recursos que tinha em caixa para essa negociação.

Dos US$ 11,2 milhões pagos hoje, US$ 10 milhões serão usados para quitar dívidas da Varig. Os outros US$ 1,2 milhão ficarão com a FRB-Par a título de usufruto por ter cedido 42% do direito de voto ao Grupo Docas.

O contrato do Grupo Docas tem uma duração de dez anos. Ao final desse período, a FRB-Par poderá ter no máximo 20% do capital votante das empresas do grupo. Para Cesar Curi, presidente do Conselho de Curadores da Fundação Rubem Berta, esse é um sinal de que a entidade quer salvar a empresa.

A negociação foi apresentada hoje ao vice-presidente, José Alencar, e ao presidente da Infraero, Carlos Wilson.

Para Marinho, o presidente da estatal ficou satisfeito com a mudança no controle da Varig. A Infraero, que administra os aeroportos, é um dos principais credores da Varig.

No próximo dia 19, os novos dirigentes da FRB Par irão apresentar um plano de recuperação da Varig na Assembléia de Credores. Para ele, o plano será aprovado.

"A outra alternativa ao plano é a falência", acredita.
Além disso, o Grupo Docas fez uma oferta de US$ 139 milhões para ficar também com a VarigLog e a VEM, empresas de logística e manutenção.
Segundo Marinho, a proposta apresentada pelo Grupo Docas foi superior a feita pela TAP.

A Varig tem uma dívida de R$ 7,7 bilhões, incluindo credores privados e públicos.

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