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12/12/2005
-
18h20
JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio
O Tribunal de Justiça do Rio já foi informado da proposta de compra de 25% das ações ordinárias e do controle do capital votante da Fundação Ruben Berta, a controladora da Varig, pela Docas Investimentos, do empresário Nelson Tanure. O empresário ofereceu US$ 112 milhões, segundo reportagem de Guilherme Barros, colunista da Folha.
O juiz Luiz Roberto Ayoub afirmou à Folha Online que foi informado hoje sobre a proposta de Docas. "Estou sabendo apenas da proposta de Docas, vou estudar o material antes de me pronunciar. É necessário salvar a empresa, mas antes de comentar preciso analisar o material com cuidado", afirmou Ayoub. O juiz afirmou ainda que Tanure está comprando a marca Varig para usufruto por dez anos.
A notícia pegou representantes dos trabalhadores e instituições de surpresa. Segundo a assessoria do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o banco não foi informado sobre o assunto. Estava prevista para hoje uma reunião com técnicos do banco e representantes da empresa para a apresentação do plano de recuperação.
O presidente da Fentac (Federação Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil), Celso Klafke, afirmou que tomou conhecimento da decisão pela imprensa e que tinha uma reunião com advogados para discutir as propostas de compra das subsidiárias Varig Log (transporte de cargas) e VEM (engenharia e manutenção).
A proposta de Tanure precisa ainda ser apreciada em assembléia. "Os credores vão deliberar sobre isso, decidir ou suspender a assembléia", afirmou Ayoub. O prazo para apresentação e deliberação do plano de recuperação da empresa se encerra no dia 19, mas a Varig está protegida de ações em curso até o dia 8 de janeiro.
Subsidiárias
A proposta de Tanure não inviabiliza a venda das subsidiárias Varig Log e VEM, que depende agora da decisão da TAP se vai cobrir o valor das ofertas feitas em leilão.
O Grupo Docas fez uma oferta de US$ 139 milhões para ficar também com a VarigLog e a VEM, segundo o diretor comercial do Grupo Docas, Paulo Marinho. O valor é superior ao oferecido pela TAP, de US$ 62 milhões.
"Eles fizeram uma proposta que representa mais do que o dobro do preço oferecido inicialmente pela TAP, de US$ 62 milhões, um valor necessário para fazer frente às dívidas com empresas de leasing. Esse é o ponto mais relevante", afirmou o juiz.
Hoje, a TGV informou que entrou com ação na 8ª Vara Empresarial pedindo a anulação da venda das subsidiárias. O argumento é de que o valor apresentado pela TAP é muito abaixo do valor de mercado. A TGV diz que a Deloitte avaliou as duas companhias em US$ 300 milhões.
Na semana passada, o Sindicato Nacional dos Aeronautas já afirmava que ia se preparar para questionar na Justiça a venda das duas empesas para a Aero-LB, a sociedade de propósito específico liderada pela TAP. Os trabalhadores reivindicavam ter acesso ao contrato fechado com a Aero-LB para avaliar as condições.
O juiz Ayoub diz que o valor de US$ 300 milhões é um "equívoco" e que a proposta de Tanure se aproxima do valor definido pela consultoria. A avaliação da Deloitte deve se tornar pública a partir de amanhã. Segundo o juiz, somente ele e a juíza Márcia Cunha tiveram acesso aos valores da avaliação. "Isso é uma mentira, os únicos que têm conhecimento da avaliação são eu e a Márcia Cunha. A avaliação da Deloitte tem uma série de condições, como valor mínimo, máximo e condições que resultam em elevação ou diminuição do preço. Isso é uma mentira, não foi dito o valor pela Justiça. Isso é especulação de quem quer conturbar o processo", afirmou.
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da Folha Online, no Rio
O Tribunal de Justiça do Rio já foi informado da proposta de compra de 25% das ações ordinárias e do controle do capital votante da Fundação Ruben Berta, a controladora da Varig, pela Docas Investimentos, do empresário Nelson Tanure. O empresário ofereceu US$ 112 milhões, segundo reportagem de Guilherme Barros, colunista da Folha.
O juiz Luiz Roberto Ayoub afirmou à Folha Online que foi informado hoje sobre a proposta de Docas. "Estou sabendo apenas da proposta de Docas, vou estudar o material antes de me pronunciar. É necessário salvar a empresa, mas antes de comentar preciso analisar o material com cuidado", afirmou Ayoub. O juiz afirmou ainda que Tanure está comprando a marca Varig para usufruto por dez anos.
A notícia pegou representantes dos trabalhadores e instituições de surpresa. Segundo a assessoria do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o banco não foi informado sobre o assunto. Estava prevista para hoje uma reunião com técnicos do banco e representantes da empresa para a apresentação do plano de recuperação.
O presidente da Fentac (Federação Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil), Celso Klafke, afirmou que tomou conhecimento da decisão pela imprensa e que tinha uma reunião com advogados para discutir as propostas de compra das subsidiárias Varig Log (transporte de cargas) e VEM (engenharia e manutenção).
A proposta de Tanure precisa ainda ser apreciada em assembléia. "Os credores vão deliberar sobre isso, decidir ou suspender a assembléia", afirmou Ayoub. O prazo para apresentação e deliberação do plano de recuperação da empresa se encerra no dia 19, mas a Varig está protegida de ações em curso até o dia 8 de janeiro.
Subsidiárias
A proposta de Tanure não inviabiliza a venda das subsidiárias Varig Log e VEM, que depende agora da decisão da TAP se vai cobrir o valor das ofertas feitas em leilão.
O Grupo Docas fez uma oferta de US$ 139 milhões para ficar também com a VarigLog e a VEM, segundo o diretor comercial do Grupo Docas, Paulo Marinho. O valor é superior ao oferecido pela TAP, de US$ 62 milhões.
"Eles fizeram uma proposta que representa mais do que o dobro do preço oferecido inicialmente pela TAP, de US$ 62 milhões, um valor necessário para fazer frente às dívidas com empresas de leasing. Esse é o ponto mais relevante", afirmou o juiz.
Hoje, a TGV informou que entrou com ação na 8ª Vara Empresarial pedindo a anulação da venda das subsidiárias. O argumento é de que o valor apresentado pela TAP é muito abaixo do valor de mercado. A TGV diz que a Deloitte avaliou as duas companhias em US$ 300 milhões.
Na semana passada, o Sindicato Nacional dos Aeronautas já afirmava que ia se preparar para questionar na Justiça a venda das duas empesas para a Aero-LB, a sociedade de propósito específico liderada pela TAP. Os trabalhadores reivindicavam ter acesso ao contrato fechado com a Aero-LB para avaliar as condições.
O juiz Ayoub diz que o valor de US$ 300 milhões é um "equívoco" e que a proposta de Tanure se aproxima do valor definido pela consultoria. A avaliação da Deloitte deve se tornar pública a partir de amanhã. Segundo o juiz, somente ele e a juíza Márcia Cunha tiveram acesso aos valores da avaliação. "Isso é uma mentira, os únicos que têm conhecimento da avaliação são eu e a Márcia Cunha. A avaliação da Deloitte tem uma série de condições, como valor mínimo, máximo e condições que resultam em elevação ou diminuição do preço. Isso é uma mentira, não foi dito o valor pela Justiça. Isso é especulação de quem quer conturbar o processo", afirmou.
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