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28/01/2006
-
15h09
da Efe, em Davos
Os ministros de Comércio de 19 países-membros da OMC (Organização Mundial do Comércio) definiram neste sábado um cronograma para concluir as negociações da Rodada Doha neste ano, e também concordaram em que a partir de agora é preciso vontade política para cumprir tais objetivos.
Apesar de ter definido o programa de trabalho para a conclusão bem sucedida da rodada em 2006, o grupo de países admitiu que o trabalho pela frente ainda é muito difícil.
"Queremos concluir com sucesso a Rodada Doha em 2006. Podemos e queremos obter isto", disse o ministro suíço da Economia, Joseph Deiss, ao final de uma reunião de quatro horas, a primeira de membros da OMC desde a conferência ministerial de Hong Kong, em dezembro.
Por sua vez, o diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, afirmou que "até agora, 60% dos objetivos da rodada foram alcançados, nos resta 40% e apenas um ano para consegui-lo".
"Para conseguir esses 40% que temos pela frente, precisamos de vontade política", disse o representante comercial dos EUA, Robert Portman, que também admitiu que para cumprir o objetivo talvez seja necessário uma reunião de chefes de Estado, como o Brasil já propôs em várias ocasiões.
"Os EUA estão abertos a essa opção", disse Portman, que destacou que se trata de definir o local e a data.
Da reunião informal cujos resultados devem ser comunicados aos demais integrantes da OMC para que sejam aprovados, participaram Brasil, Austrália, Benin, Costa Rica, Egito, União Européia (UE), Gana, Hong Kong, Índia, Indonésia, Japão, Coréia do Sul, Malásia, México, Nova Zelândia, Noruega, Senegal, Suíça e EUA.
"O desafio é grande", admitiu Lamy, que reiterou o compromisso geral para concluir as negociações em 2006, além de sugerir --assim como Portman-- algumas mudanças na atitude da UE, até agora apontada como responsável pela falta de avanços.
No entanto, o comissário europeu de Comércio, Peter Mandelson, assegurou que a Europa "necessita de incentivo para mostrar flexibilidade", e reconheceu que "há um ambiente mais favorável e uma determinação mais firme em prol da cooperação".
Apesar de ponderar que nem tudo está pronto para ser concluído no fim de ano, Lamy também disse que "o espírito é o de renovar o compromisso para alcançar o objetivo".
Portman, por sua vez, mostrou certo otimismo. "Estamos no quinto ano de negociações e já é o momento de concluí-las para impulsionar a economia global e tirar muita gente da pobreza", disse.
"Não podemos permitir o fracasso da rodada", afirmou Portman, que acrescentou que a agricultura, o acesso aos mercados para bens industriais e serviços são 'o centro das negociações".
Os 150 países da OMC pretendiam fixar os moldes do Nama (sigla em inglês para acesso a mercados de bens não-agrícolas, basicamente industriais), entre outros tópicos, na reunião de Hong Kong em dezembro, mas suas divergências fizeram com que este objetivo fosse adiado para o primeiro trimestre de 2006. A próxima reunião de países da OMC para definição das modalidades da flexibilização comercial está marcada para 30 de abril.
Em Hong Kong, foi firmado o compromisso de acabar com os subsídios à exportação agrícola em 2013, o que deu um novo fôlego à rodada.
Agora, o cronograma inclui não apenas o compromisso de concluir as negociações em 2006, mas também que na questão agrícola --o obstáculo mais difícil e complexo de ser superado--, a fórmulas e modalidades estejam estabelecidas em 30 de abril.
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Ministros definem cronograma para negociações da Rodada Doha
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Os ministros de Comércio de 19 países-membros da OMC (Organização Mundial do Comércio) definiram neste sábado um cronograma para concluir as negociações da Rodada Doha neste ano, e também concordaram em que a partir de agora é preciso vontade política para cumprir tais objetivos.
Apesar de ter definido o programa de trabalho para a conclusão bem sucedida da rodada em 2006, o grupo de países admitiu que o trabalho pela frente ainda é muito difícil.
"Queremos concluir com sucesso a Rodada Doha em 2006. Podemos e queremos obter isto", disse o ministro suíço da Economia, Joseph Deiss, ao final de uma reunião de quatro horas, a primeira de membros da OMC desde a conferência ministerial de Hong Kong, em dezembro.
Por sua vez, o diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, afirmou que "até agora, 60% dos objetivos da rodada foram alcançados, nos resta 40% e apenas um ano para consegui-lo".
"Para conseguir esses 40% que temos pela frente, precisamos de vontade política", disse o representante comercial dos EUA, Robert Portman, que também admitiu que para cumprir o objetivo talvez seja necessário uma reunião de chefes de Estado, como o Brasil já propôs em várias ocasiões.
"Os EUA estão abertos a essa opção", disse Portman, que destacou que se trata de definir o local e a data.
Da reunião informal cujos resultados devem ser comunicados aos demais integrantes da OMC para que sejam aprovados, participaram Brasil, Austrália, Benin, Costa Rica, Egito, União Européia (UE), Gana, Hong Kong, Índia, Indonésia, Japão, Coréia do Sul, Malásia, México, Nova Zelândia, Noruega, Senegal, Suíça e EUA.
"O desafio é grande", admitiu Lamy, que reiterou o compromisso geral para concluir as negociações em 2006, além de sugerir --assim como Portman-- algumas mudanças na atitude da UE, até agora apontada como responsável pela falta de avanços.
No entanto, o comissário europeu de Comércio, Peter Mandelson, assegurou que a Europa "necessita de incentivo para mostrar flexibilidade", e reconheceu que "há um ambiente mais favorável e uma determinação mais firme em prol da cooperação".
Apesar de ponderar que nem tudo está pronto para ser concluído no fim de ano, Lamy também disse que "o espírito é o de renovar o compromisso para alcançar o objetivo".
Portman, por sua vez, mostrou certo otimismo. "Estamos no quinto ano de negociações e já é o momento de concluí-las para impulsionar a economia global e tirar muita gente da pobreza", disse.
"Não podemos permitir o fracasso da rodada", afirmou Portman, que acrescentou que a agricultura, o acesso aos mercados para bens industriais e serviços são 'o centro das negociações".
Os 150 países da OMC pretendiam fixar os moldes do Nama (sigla em inglês para acesso a mercados de bens não-agrícolas, basicamente industriais), entre outros tópicos, na reunião de Hong Kong em dezembro, mas suas divergências fizeram com que este objetivo fosse adiado para o primeiro trimestre de 2006. A próxima reunião de países da OMC para definição das modalidades da flexibilização comercial está marcada para 30 de abril.
Em Hong Kong, foi firmado o compromisso de acabar com os subsídios à exportação agrícola em 2013, o que deu um novo fôlego à rodada.
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