Publicidade
Publicidade
21/02/2006
-
20h46
PATRICIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, descartou hoje taxar exportação de álcool para aumentar a oferta do produto no mercado interno, como chegou a circular hoje na imprensa.
Segundo o ministro, as medidas que serão adotadas pelo governo por enquanto são a redução da mistura de álcool na gasolina de 25% para 20% e a inclusão do combustível na lista de exceções da TEC (Tarifa Externa Comum).
Hoje a alíquota do imposto de importação de álcool de países fora do Mercosul é de 20%, valor que será reduzido a zero. Entretanto, o país hoje é exportador e não importador de álcool.
Por isso, a possibilidade de taxação das exportações seria uma intervenção mais dura no mercado, e até mesmo contraditória, diante da campanha que o governo vem fazendo para tentar vender o álcool brasileiro no exterior. Na última safra, 2,1 bilhões de litros de álcool foram exportados, o que correspondeu a 12% da produção nacional.
Cide
Rondeau admitiu que a área econômica do governo ainda estuda a possibilidade de redução da Cide (Contribuição de Intervenção sobre o Domínio Econômico) de R$ 0,28 para R$ 0,26 por litro de gasolina. A medida foi cogitada janeiro, mas ainda encontra resistências no governo.
Mesmo sem informar de quanto é o estoque atual do produto, o ministro descartou qualquer risco de desabastecimento de álcool até abril, quando termina a entressafra da cana-de-açúcar. "Estamos atuando profilaticamente para que o álcool não tenha escassez que eleve o preço", disse.
Na avaliação de Rondeau, no entanto, os níveis baixos dos estoques e a elevação dos preços é temporária, sazonal.
Segundo ele, o governo não pretende controlar preços ou interferir no mercado. Entretanto, ele disse esperar que o acordo feito com os usineiros em janeiro, que fixou o teto de preço para o álcool anidro (misturado à gasolina) em R$ 1,05 seja cumprido.
"Eu tenho a absoluta convicção de que nós estamos passando por um período de entressafra, e que a regularização do fornecimento do combustível vai se dar a partir de abril. Com a moagem, os preços voltam ao normal, como tem sido todos os anos", avaliou.
Apesar de admitir que o preço do álcool está acima do esperado pelo governo, e do acordado pelos usineiros, o ministro disse que não irá intervir nos preços do mercado que é livre.
A expectativa do ministro é a de que a redução para 20% na mistura com a gasolina sinalize ao mercado que a oferta futura também será maior, já que a medida não deverá ser temporária, o que forçará a queda dos preços na safra. "O mercado vai se ajustar", afirmou.
Leia mais
Ministro admite que gasolina ficará mais cara com menos álcool
Governo reduz mistura do álcool na gasolina até quinta para baixar preços
Petrobras deve aumentar venda de gasolina no Brasil
Especial
Leia o que já foi publicado sobre monóxido de carbono
Ministro descarta taxar exportação de álcool para aumentar oferta interna
Publicidade
da Folha Online, em Brasília
O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, descartou hoje taxar exportação de álcool para aumentar a oferta do produto no mercado interno, como chegou a circular hoje na imprensa.
Segundo o ministro, as medidas que serão adotadas pelo governo por enquanto são a redução da mistura de álcool na gasolina de 25% para 20% e a inclusão do combustível na lista de exceções da TEC (Tarifa Externa Comum).
Hoje a alíquota do imposto de importação de álcool de países fora do Mercosul é de 20%, valor que será reduzido a zero. Entretanto, o país hoje é exportador e não importador de álcool.
Por isso, a possibilidade de taxação das exportações seria uma intervenção mais dura no mercado, e até mesmo contraditória, diante da campanha que o governo vem fazendo para tentar vender o álcool brasileiro no exterior. Na última safra, 2,1 bilhões de litros de álcool foram exportados, o que correspondeu a 12% da produção nacional.
Cide
Rondeau admitiu que a área econômica do governo ainda estuda a possibilidade de redução da Cide (Contribuição de Intervenção sobre o Domínio Econômico) de R$ 0,28 para R$ 0,26 por litro de gasolina. A medida foi cogitada janeiro, mas ainda encontra resistências no governo.
Mesmo sem informar de quanto é o estoque atual do produto, o ministro descartou qualquer risco de desabastecimento de álcool até abril, quando termina a entressafra da cana-de-açúcar. "Estamos atuando profilaticamente para que o álcool não tenha escassez que eleve o preço", disse.
Na avaliação de Rondeau, no entanto, os níveis baixos dos estoques e a elevação dos preços é temporária, sazonal.
Segundo ele, o governo não pretende controlar preços ou interferir no mercado. Entretanto, ele disse esperar que o acordo feito com os usineiros em janeiro, que fixou o teto de preço para o álcool anidro (misturado à gasolina) em R$ 1,05 seja cumprido.
"Eu tenho a absoluta convicção de que nós estamos passando por um período de entressafra, e que a regularização do fornecimento do combustível vai se dar a partir de abril. Com a moagem, os preços voltam ao normal, como tem sido todos os anos", avaliou.
Apesar de admitir que o preço do álcool está acima do esperado pelo governo, e do acordado pelos usineiros, o ministro disse que não irá intervir nos preços do mercado que é livre.
A expectativa do ministro é a de que a redução para 20% na mistura com a gasolina sinalize ao mercado que a oferta futura também será maior, já que a medida não deverá ser temporária, o que forçará a queda dos preços na safra. "O mercado vai se ajustar", afirmou.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice