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15/03/2006
-
15h23
da Folha Online
O presidente da Argentina, Néstor Kirchner, pediu à população do país que boicote a carne, como parte da ofensiva oficial para controlar a inflação no país.
"Comprem menos carne se os preços não baixarem. Vamos demonstrar nosso poder de consumo, não vamos deixar que nos vendam coisas a qualquer preço", disse o presidente durante um ato nesta terça-feira (14).
O setor registrou nesta quarta-feira a entrada de 8.088 cabeças de gado para abate, 25% menos que o habitual na metade da semana e elevou novamente os preços de referência da carne.
Em janeiro de 2005, o consumo de carne na Argentina era de 58 quilos per capita anuais, ao preço a, em média, 6,90 pesos (R$ 4,76, em valores de hoje), enquanto no mesmo mês deste ano a carne custava 28,7% mais caro, e o consumo subiu para 61 quilos.
Além do boicote, Kirchner decidiu também congelar os preços de mais de 300 produtos da cesta básica para conter a inflação.
A carne é um dos itens que mais influenciam o índice de inflação do país, que chegou a 12,3% ano passado.
O vice-presidente da Associação de Proprietários de Frigoríficos de Buenos Aires, Alberto Williams, disse que tal pedido "não 'a solução".
"O presidente disse que há alguns desonestos e os identificou. Repreenda-os, senhor presidente, por favor", disse Williams, referindo-se ao presidente Kirchner, que chamou de "desonestos" os comerciantes de gado e os acusou de serem responsáveis por manipular os preços da carne.
Ele concorda que os preços da carne tenham de baixar --e acrescentou que "um quilo de carne a 15 pesos é um disparate"--, mas fazer com que os frigoríficos fiquem com o ônus não é solução. "A solução está no diálogo permanente."
Os frigoríficos devem oferecer a partir de hoje uma redução de 8% a 10% nos preços, em razão da queda de preços na semana passada no Mercado de Liniers --o maior centro de compra e venda de gado gordo da Argentina.
Já o presidente da Câmara Argentina de Comerciantes de Gado, Carlos Pujol, elogiou o presidente Kirchner "Felicito o presidente, que entendeu que estamos em uma crise e não há gado suficiente para abastecer um consumo crescente", disse. "O pedido que fez o presidente, vínhamos fazendo há mais de um ano."
Com agências internacionais
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"Comprem menos carne se os preços não baixarem. Vamos demonstrar nosso poder de consumo, não vamos deixar que nos vendam coisas a qualquer preço", disse o presidente durante um ato nesta terça-feira (14).
O setor registrou nesta quarta-feira a entrada de 8.088 cabeças de gado para abate, 25% menos que o habitual na metade da semana e elevou novamente os preços de referência da carne.
Em janeiro de 2005, o consumo de carne na Argentina era de 58 quilos per capita anuais, ao preço a, em média, 6,90 pesos (R$ 4,76, em valores de hoje), enquanto no mesmo mês deste ano a carne custava 28,7% mais caro, e o consumo subiu para 61 quilos.
Além do boicote, Kirchner decidiu também congelar os preços de mais de 300 produtos da cesta básica para conter a inflação.
A carne é um dos itens que mais influenciam o índice de inflação do país, que chegou a 12,3% ano passado.
O vice-presidente da Associação de Proprietários de Frigoríficos de Buenos Aires, Alberto Williams, disse que tal pedido "não 'a solução".
"O presidente disse que há alguns desonestos e os identificou. Repreenda-os, senhor presidente, por favor", disse Williams, referindo-se ao presidente Kirchner, que chamou de "desonestos" os comerciantes de gado e os acusou de serem responsáveis por manipular os preços da carne.
Ele concorda que os preços da carne tenham de baixar --e acrescentou que "um quilo de carne a 15 pesos é um disparate"--, mas fazer com que os frigoríficos fiquem com o ônus não é solução. "A solução está no diálogo permanente."
Os frigoríficos devem oferecer a partir de hoje uma redução de 8% a 10% nos preços, em razão da queda de preços na semana passada no Mercado de Liniers --o maior centro de compra e venda de gado gordo da Argentina.
Já o presidente da Câmara Argentina de Comerciantes de Gado, Carlos Pujol, elogiou o presidente Kirchner "Felicito o presidente, que entendeu que estamos em uma crise e não há gado suficiente para abastecer um consumo crescente", disse. "O pedido que fez o presidente, vínhamos fazendo há mais de um ano."
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