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03/04/2006
-
15h28
da Folha Online
Apesar de declarações diplomáticas do governo brasileiro, o presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou hoje em Belo Horizonte (MG) que não quer mais ter o gás de seu país "saqueado."
"Queremos sócios e não patrões dos nossos recursos naturais", afirmou Morales durante a abertura da 47ª Reunião do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). "O saque a nossos recursos naturais deve acabar."
Mais diplomático, o secretário especial de Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, disse hoje que o Brasil vai respeitar a decisão do governo boliviano de nacionalizar as reservas de gás e petróleo.
Segundo ele, o que não está claro para o Brasil são as garantias que a Bolívia dará à Petrobras e a outras empresas que têm investimentos na exploração de gás e petróleo no país vizinho.
A Petrobras já injetou, desde 1996, US$ 1,5 bilhão na Bolívia, além de US$ 2 bilhões para transportar o gás boliviano no território brasileiro.
As mudanças nos contratos de gás entre Bolívia e Petrobras foram discutidas hoje, em café da manhã que reuniu Morales, Garcia e diplomatas do Itamaraty.
Garcia disse que ficou acertada uma nova reunião que acontecerá dentro de cerca de dez dias no Rio de Janeiro entre uma delegação do governo boliviano, o ministro Silas Rondeau (Minas Gerais) e Gabrielli.
"Não vamos discutir essa questão pela imprensa e também não podemos substituir uma negociação técnica por uma conversa de critérios políticos. Nesta manhã fizemos uma discussão de natureza política, mas o seguimento dessa reunião será entre a Petrobras e os governos brasileiro e boliviano", disse Garcia.
Para o assessor, não há clima de inimizade entre os dois países
O clima entre os dois países começou a azedar no final do mês passado, quando o ministro de Hidrocarbonetos boliviano, Andrés Solíz, criticou duramente a Petrobras e o governo brasileiro.
"Todos são maravilhosamente amigos até que se toquem seus bolsos e se diga que é preciso aumentar o preço. Aí vêm as piores coisas que se pode imaginar", disse Solíz.
Em seguida, o presidente da Petrobras contra-atacou e disse que os investimentos da empresa no país vizinho estavam suspensos "por falta de diálogo".
Com Agência Brasil
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Apesar de declarações diplomáticas do governo brasileiro, o presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou hoje em Belo Horizonte (MG) que não quer mais ter o gás de seu país "saqueado."
"Queremos sócios e não patrões dos nossos recursos naturais", afirmou Morales durante a abertura da 47ª Reunião do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). "O saque a nossos recursos naturais deve acabar."
Mais diplomático, o secretário especial de Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, disse hoje que o Brasil vai respeitar a decisão do governo boliviano de nacionalizar as reservas de gás e petróleo.
Segundo ele, o que não está claro para o Brasil são as garantias que a Bolívia dará à Petrobras e a outras empresas que têm investimentos na exploração de gás e petróleo no país vizinho.
A Petrobras já injetou, desde 1996, US$ 1,5 bilhão na Bolívia, além de US$ 2 bilhões para transportar o gás boliviano no território brasileiro.
As mudanças nos contratos de gás entre Bolívia e Petrobras foram discutidas hoje, em café da manhã que reuniu Morales, Garcia e diplomatas do Itamaraty.
Garcia disse que ficou acertada uma nova reunião que acontecerá dentro de cerca de dez dias no Rio de Janeiro entre uma delegação do governo boliviano, o ministro Silas Rondeau (Minas Gerais) e Gabrielli.
"Não vamos discutir essa questão pela imprensa e também não podemos substituir uma negociação técnica por uma conversa de critérios políticos. Nesta manhã fizemos uma discussão de natureza política, mas o seguimento dessa reunião será entre a Petrobras e os governos brasileiro e boliviano", disse Garcia.
Para o assessor, não há clima de inimizade entre os dois países
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"Todos são maravilhosamente amigos até que se toquem seus bolsos e se diga que é preciso aumentar o preço. Aí vêm as piores coisas que se pode imaginar", disse Solíz.
Em seguida, o presidente da Petrobras contra-atacou e disse que os investimentos da empresa no país vizinho estavam suspensos "por falta de diálogo".
Com Agência Brasil
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