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05/04/2006
-
15h47
CLARICE SPITZ
da Folha Online, no Rio
Pressionado por sindicatos e credores, o presidente da Varig, Marcelo Bottini, já admite deixar o cargo de gestor interino do plano de recuperação da companhia aérea.
A saída dele foi defendida hoje por um conjunto de credores encabeçado pelo fundo de pensão Aerus (dos trabalhadores de empresas aéreas), além do TGV (Trabalhadores do Grupo Varig) e os sindicatos de aeroviários e aeronautas. Eles encaminharam o pedido de destituição à 8ª Vara Empresarial da Justiça do Rio de Janeiro.
Esses credores afirmam que Bottini falhou na implementação do plano de recuperação judicial da empresa e que deve ser substituído imediatamente. 'Isso é bom, esse trabalho me tomava muito tempo', afirmou Bottini.
Segundo ele, a saída já era prevista com a definição do novo gestor e ele defende uma agilização do processo. Hoje em assembléia os credores escolheram o banco Brascan como gestor dos FIPs (fundos de investimento e participação).
O pedido de destituição foi apresentado à Justiça após Bottini defender a proposta de capitalização da Varig feita pela VarigLog, sua ex-subsidiária para o transporte de cargas.
A VarigLog afirma estar disposta a injetar até US$ 350 milhões na companhia aérea. Defende, entretanto, a demissão de cerca de 5.000 funcionários da empresa e a devolução de mais de 20 aeronaves.
Junto com o plano de enxugamento de custos, a proposta da VarigLog também inclui a reestruturação societária da companhia. A "nova Varig" ficaria com os ativos e a marca da empresa. Já a "velha Varig" permaneceria com as dívidas. Os credores, a quem a empresa deve cerca de R$ 7 bilhões, teriam apenas 5% da "nova Varig".
Parar de voar
O presidente da Varig também negou ter enviado um e-mail dizendo que a companhia poderia parar 'nas próximas horas', como aponta reportagem da Folha de S.Paulo hoje.
Ele disse que enviou apenas um e-mail com o objetivo de pedir uma audiência com Lula há cinco dias.
Bottini admitiu, no entanto, que a empresa tem um caixa "limitado" e que negocia uma linha de crédito com fornecedores, Infraero (empresa que administra aeroportos) e BR Distribuidora.
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da Folha Online, no Rio
Pressionado por sindicatos e credores, o presidente da Varig, Marcelo Bottini, já admite deixar o cargo de gestor interino do plano de recuperação da companhia aérea.
A saída dele foi defendida hoje por um conjunto de credores encabeçado pelo fundo de pensão Aerus (dos trabalhadores de empresas aéreas), além do TGV (Trabalhadores do Grupo Varig) e os sindicatos de aeroviários e aeronautas. Eles encaminharam o pedido de destituição à 8ª Vara Empresarial da Justiça do Rio de Janeiro.
Esses credores afirmam que Bottini falhou na implementação do plano de recuperação judicial da empresa e que deve ser substituído imediatamente. 'Isso é bom, esse trabalho me tomava muito tempo', afirmou Bottini.
Segundo ele, a saída já era prevista com a definição do novo gestor e ele defende uma agilização do processo. Hoje em assembléia os credores escolheram o banco Brascan como gestor dos FIPs (fundos de investimento e participação).
O pedido de destituição foi apresentado à Justiça após Bottini defender a proposta de capitalização da Varig feita pela VarigLog, sua ex-subsidiária para o transporte de cargas.
A VarigLog afirma estar disposta a injetar até US$ 350 milhões na companhia aérea. Defende, entretanto, a demissão de cerca de 5.000 funcionários da empresa e a devolução de mais de 20 aeronaves.
Junto com o plano de enxugamento de custos, a proposta da VarigLog também inclui a reestruturação societária da companhia. A "nova Varig" ficaria com os ativos e a marca da empresa. Já a "velha Varig" permaneceria com as dívidas. Os credores, a quem a empresa deve cerca de R$ 7 bilhões, teriam apenas 5% da "nova Varig".
Parar de voar
O presidente da Varig também negou ter enviado um e-mail dizendo que a companhia poderia parar 'nas próximas horas', como aponta reportagem da Folha de S.Paulo hoje.
Ele disse que enviou apenas um e-mail com o objetivo de pedir uma audiência com Lula há cinco dias.
Bottini admitiu, no entanto, que a empresa tem um caixa "limitado" e que negocia uma linha de crédito com fornecedores, Infraero (empresa que administra aeroportos) e BR Distribuidora.
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