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19/04/2006
-
19h24
da Folha Online
Mais uma vez a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central desagradou o setor industrial. O comitê decidiu novamente por um corte de 0,75 ponto percentual na taxa, de 16,5% para 15,75% ao ano.
"Doses homeopáticas do Copom não curam letargia econômica do país", diz em nota o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf.
Na avaliação do presidente da Fiesp, o corte do juro anunciado hoje pelo Copom, "foi insuficiente para estimular o mercado e os setores produtivos", pois a taxa básica continuará elevada.
"Seus reflexos práticos no mercado são imperceptíveis e demoram muito para chegar ao orçamento dos consumidores e às planilhas de custos das empresas."
Segundo ele, não se justifica a postura extremamente cautelosa do Copom com relação à Selic, principalmente levando em conta que a inflação está sob controle. "Afinal, os índices de preços de março confirmaram o caráter temporário das pressões do início do ano, reforçando as perspectivas de queda da inflação nos próximos meses".
Ciesp
Para Boris Tabacof, diretor do departamento de economia do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), "não causa nenhuma emoção a redução que os membros do Copom promoveram, tendo em vista que a surpresa seria uma redução mais agressiva, entre 1% a 1,5%".
"Reforçamos a posição do Ciesp de tranqüilidade com relação ao cumprimento da meta de inflação em 2006, apesar da fragilidade fiscal e do risco posto para o alcance da meta fiscal", afirma em comunicado.
Segundo Tabacof, "como o câmbio vem cumprindo o objetivo de frear a correção dos preços, apesar da substituição da produção nacional por importações, não existem motivos para desacreditar no atendimento da meta, o que vem sendo confirmado até mesmo pelo mercado financeiro".
"Por isso, o Ciesp continuará defendendo juros menores para que os investimentos necessários ao país de fato ocorram."
CNI
A CNI (Confederação Nacional da Indústria) lamentou o fato de mais uma vez o Copom não acelerar a redução dos juros.
"A queda no risco-país, a inflação convergindo para a meta e a atividade econômica em trajetória de expansão justificariam uma queda mais expressiva dos juros", afirma em nota o presidente da CNI, Armando Monteiro Neto.
Para Monteiro Neto, o BC precisa substituir o gradualismo na condução da política monetária por condições que dêem sustentabilidade ao processo de queda dos juros, como a redução da carga tributária, dos gastos e da dívida pública.
CNI ressalta que, mesmo com a redução de hoje, os juros reais ainda estão muito altos, acima de 11% ao ano.
"Torna-se, portanto, cada vez mais importante avançar também na agenda de redução do spread bancário, que há muito está paralisada, para promover as condições de custo de capital adequadas ao crescimento sustentado da economia", dizem os técnicos da CNI.
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BC reduz juro para 15,75%, menor patamar em cinco anos
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Confira o que já foi publicado sobre a decisão do Copom
Para industriais, corte do juro é "insuficiente" para estimular produção
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Mais uma vez a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central desagradou o setor industrial. O comitê decidiu novamente por um corte de 0,75 ponto percentual na taxa, de 16,5% para 15,75% ao ano.
"Doses homeopáticas do Copom não curam letargia econômica do país", diz em nota o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf.
Na avaliação do presidente da Fiesp, o corte do juro anunciado hoje pelo Copom, "foi insuficiente para estimular o mercado e os setores produtivos", pois a taxa básica continuará elevada.
"Seus reflexos práticos no mercado são imperceptíveis e demoram muito para chegar ao orçamento dos consumidores e às planilhas de custos das empresas."
Segundo ele, não se justifica a postura extremamente cautelosa do Copom com relação à Selic, principalmente levando em conta que a inflação está sob controle. "Afinal, os índices de preços de março confirmaram o caráter temporário das pressões do início do ano, reforçando as perspectivas de queda da inflação nos próximos meses".
Ciesp
Para Boris Tabacof, diretor do departamento de economia do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), "não causa nenhuma emoção a redução que os membros do Copom promoveram, tendo em vista que a surpresa seria uma redução mais agressiva, entre 1% a 1,5%".
"Reforçamos a posição do Ciesp de tranqüilidade com relação ao cumprimento da meta de inflação em 2006, apesar da fragilidade fiscal e do risco posto para o alcance da meta fiscal", afirma em comunicado.
Segundo Tabacof, "como o câmbio vem cumprindo o objetivo de frear a correção dos preços, apesar da substituição da produção nacional por importações, não existem motivos para desacreditar no atendimento da meta, o que vem sendo confirmado até mesmo pelo mercado financeiro".
"Por isso, o Ciesp continuará defendendo juros menores para que os investimentos necessários ao país de fato ocorram."
CNI
A CNI (Confederação Nacional da Indústria) lamentou o fato de mais uma vez o Copom não acelerar a redução dos juros.
"A queda no risco-país, a inflação convergindo para a meta e a atividade econômica em trajetória de expansão justificariam uma queda mais expressiva dos juros", afirma em nota o presidente da CNI, Armando Monteiro Neto.
Para Monteiro Neto, o BC precisa substituir o gradualismo na condução da política monetária por condições que dêem sustentabilidade ao processo de queda dos juros, como a redução da carga tributária, dos gastos e da dívida pública.
CNI ressalta que, mesmo com a redução de hoje, os juros reais ainda estão muito altos, acima de 11% ao ano.
"Torna-se, portanto, cada vez mais importante avançar também na agenda de redução do spread bancário, que há muito está paralisada, para promover as condições de custo de capital adequadas ao crescimento sustentado da economia", dizem os técnicos da CNI.
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