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02/05/2006
-
09h30
da Folha Online
A nacionalização dos hidrocarbonetos anunciada ontem pelo presidente boliviano, Evo Morales, "não é positiva" para o povo da Bolívia e pode interromper os investimentos estrangeiros no país, disse nesta terça-feira o ministro da Indústria da Espanha, José Montilla.
"[A Bolívia] precisa que seus recursos naturais estejam a serviço de seus interesses coimo país", disse o ministro. Ele disse que não colocaria em questão a soberania da Bolívia, mas acrescentou que a "insegurança jurídica" devido a ocorrências como essa não incentiva os investimentos estrangeiros.
Montilla lembrou que o presidente boliviano já havia anunciado sua intenção de renegociar os contratos com as empresas petrolíferas que atuam na Bolívia, mas disse que é preciso ver em que termos essa nacionalização será feita. A medida, no entanto, desagrada o governo espanhol e "não é positiva para a Bolívia", acrescentou.
Sobre a eventualidade de que a Espanha venha a adotar medidas mais contundentes contra o governo boliviano, Montilla disse que é preciso prudência e que há mais investimentos espanhóis no país além dos da petrolífera Repsol YPF.
"Temos de respeitar suas decisões", disse o ministro, e acrescentou que também é preciso "firmeza na defesa dos interesses da Espanha e das empresas espanholas, mas é preciso atuar com prudência".
Encontro
O governo da Espanha informou hoje que irá convocar as empresas espanholas na Bolívia para analisar a decisão de Morales, disse a vice-primeira-ministra espanhola, Maria Teresa Fernandez de la Vega.
Vega disse que o governo espanhol "defende os interesses das empresas" do país, rebatendo críticas feitas pelo oposicionista PP (Partido Popular), de direita.
O encontro do governo com as empresas do setor de energia presentes na Bolívia Iberdrola e Red Eléctrica Española deve acontecer ainda nesta semana.
Margem de lucro
O plano do governo da Bolívia de nacionalização do setor de gás natural e de petróleo ainda deixa margem de lucro para as empresas petrolíferas estrangeiras, disse hoje o vice-presidente boliviano, Álvaro Garcia.
Mesmo assim, a Petrobras deve perder cerca de US$ 1,5 bilhão nos próximos 12 meses, em conseqüência da nacionalização do campo de gás natural de San Antonio, explorado pela empresa brasileira, anunciada ontem por Morales.
Com agências internacionais
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A nacionalização dos hidrocarbonetos anunciada ontem pelo presidente boliviano, Evo Morales, "não é positiva" para o povo da Bolívia e pode interromper os investimentos estrangeiros no país, disse nesta terça-feira o ministro da Indústria da Espanha, José Montilla.
"[A Bolívia] precisa que seus recursos naturais estejam a serviço de seus interesses coimo país", disse o ministro. Ele disse que não colocaria em questão a soberania da Bolívia, mas acrescentou que a "insegurança jurídica" devido a ocorrências como essa não incentiva os investimentos estrangeiros.
Montilla lembrou que o presidente boliviano já havia anunciado sua intenção de renegociar os contratos com as empresas petrolíferas que atuam na Bolívia, mas disse que é preciso ver em que termos essa nacionalização será feita. A medida, no entanto, desagrada o governo espanhol e "não é positiva para a Bolívia", acrescentou.
Sobre a eventualidade de que a Espanha venha a adotar medidas mais contundentes contra o governo boliviano, Montilla disse que é preciso prudência e que há mais investimentos espanhóis no país além dos da petrolífera Repsol YPF.
"Temos de respeitar suas decisões", disse o ministro, e acrescentou que também é preciso "firmeza na defesa dos interesses da Espanha e das empresas espanholas, mas é preciso atuar com prudência".
Encontro
O governo da Espanha informou hoje que irá convocar as empresas espanholas na Bolívia para analisar a decisão de Morales, disse a vice-primeira-ministra espanhola, Maria Teresa Fernandez de la Vega.
Vega disse que o governo espanhol "defende os interesses das empresas" do país, rebatendo críticas feitas pelo oposicionista PP (Partido Popular), de direita.
O encontro do governo com as empresas do setor de energia presentes na Bolívia Iberdrola e Red Eléctrica Española deve acontecer ainda nesta semana.
Margem de lucro
O plano do governo da Bolívia de nacionalização do setor de gás natural e de petróleo ainda deixa margem de lucro para as empresas petrolíferas estrangeiras, disse hoje o vice-presidente boliviano, Álvaro Garcia.
Mesmo assim, a Petrobras deve perder cerca de US$ 1,5 bilhão nos próximos 12 meses, em conseqüência da nacionalização do campo de gás natural de San Antonio, explorado pela empresa brasileira, anunciada ontem por Morales.
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