Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
02/05/2006 - 10h05

Imprensa mundial faz duras críticas à decisão da Bolívia sobre gás

Publicidade

da Folha Online

The New York Times (EUA)

Bolívia nacionaliza setor de gás e petróleo

Cercado de soldados em um campo operado pela gigante brasileira do setor de energia Petrobras, o presidente da Bolívia, Evo Morales, ordenou que as empresas estrangeiras entreguem o controle de todos os campos e efetuem todas as vendas de hidrocarbonetos através da empresa estatal de energia.

O decreto foi o último passo de governos latino-americanos da Venezuela ao Equador para afirmar maior controle sobre o setor de energia, movimento que tem causado sustos nos produtores estrangeiros.

Financial Times (Reino Unido)

Bolivia irá tomar controle de estrangeiros sobre campos de gás natural

A Bolívia ordenou nesta segunda-feira que as forças armadas do país tomem controle dos campos de gás natural controlados por investidores estrangeiros, enquanto o governo do presidente boliviano, Evo Morales, que completou 100 dias, sinalizou que vai levar a efeito uma campanha para nacionalizar o setor.

Os investidores estrangeiros devem ser atingidos pela medida. A indústria do gás da Bolívia é dominada pelos grupos internacionais de energia, incluindo a brasileira Petrobras, a Repsol, da Espanha, a Total, da França e a BP e a BG, do Reino Unido. O decreto é a ação mais recente a sinalizar uma abordagem mais hostil a investidores estrangeiros. No mês passado, Morales expulsou a siderúrgica brasileira EBX do país sob a alegação de quebrar leis ambientais.

The Wall Street Journal (EUA)

Bolívia toma controle de campos de gás natural e dá mostra de nacionalismo

Encorajado pela ação do presidente venezuelano, Hugo Chávez, contra as empresas privadas de petróleo, a Bolívia nacionalizou sua indústria de gás natural, ordenando que empresas estrangeiras entreguem o controle dos campos e aceitem condições muito mais duras para operar nos próximos seis meses ou deixem o país.

Em um sinal de como a alta dos preços da energia despertou um renascimento do nacionalismo de Caracas a Moscou, o presidente boliviano, Evo Morales, anunciou nesta segunda-feira a nacionalização do maior campo de gás natural do país, o de San Antonio, e então ordenou que tropas tomassem o controle desse campo e de outros, operados principalmente pela estatal brasileira Petrobras, e pela espanhola Repsol YPF. Até hoje, o investimento estrangeiro no setor de energia da Bolívia chega a cerca de US$ 3,5 bilhões.

Clarín (Argentina)

Governo boliviano afirma que não haverá desabastecimento com nacionalização

Depois de anunciar a nacionalização do gás e do petróleo e dar às empresas que exploram as jazidas um prazo de 180 dias para renegociar os contratos vigentes até ontem, o governo da Bolívia assegurou que está garantido o fornecimento de hidrocarbonetos e que, diante de qualquer contingência, o Estado tem um estoque acumulado equivalente a pelo menos um mês de consumo.

O porta-voz da presidência boliviana, Alex Contreras, não só descartou completamente a possibilidade de que alguma contingência surgida da decisão adotada ontem possa provocar desabastecimento, como afirmou que reduzirá os preços dos combustíveis no país.

Pravda (Rússia)

Bolívia nacionaliza petróleo e gás

A Bolívia decidiu nacionalizar a exploração dos negócios de petróleo e gás no país. O presidente Evo Morales ordenou a ocupação pelo Exército dos campos de produção das empresas estrangeiras no país, entre elas a estatal brasileira Petrobras.

É a terceira vez que o governo boliviano nacionaliza seus hidrocarbonetos. As anteriores foram em 1937 e 1969, durante regimes militares.

Der Spiegel (Alemanha)

"O saque feito por empresas estrangeiras terminou"

Honrando uma promessa eleitoral feita ao empobrecido país, o presidente boliviano, Evo Morales, nacionalizou a indústria de petróleo e gás natural da Bolívia. Embora popular em casa, a decisão levou a críticas de fora.

A reação foi imediata, com o ministro alemão das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, avisando que a decisão pode afetar os investimentos estrangeiros na Bolívia e no vizinho Brasil, um dos principais consumidores do gás boliviano, e chamando a decisão de um "gesto inamistoso".

Leia mais
  • Lula, ministros e Petrobras estudam reação após decisão da Bolívia
  • Veja os principais pontos do decreto que nacionaliza o gás da Bolívia
  • Nacionalização de hidrocarbonetos na Bolívia pode afetar mercados, diz UE
  • Ministro espanhol critica nacionalização de petróleo da Bolívia

    Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre petróleo e gás na Bolívia
  • Confira a cobertura completa da nacionalização na Bolívia
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página