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10/05/2006
-
16h27
da Folha Online
O Chancelaria venezuelana divulgou hoje nota em que afirma ter visto com "muita surpresa" as declarações do ministro brasileiro Celso Amorim (Relações Exteriores), que ontem afirmou que a atuação do presidente do país vizinho, Hugo Chávez, na nacionalização do petróleo e do gás boliviano causou "desconforto" no governo brasileiro.
A Venezuela também negou ter influenciado o governo boliviano na decisão de decretar a nacionalização, anunciada no último dia 1º.
Ontem, em audiência pública no Senado, Amorim disse textualmente: "Foi transmitido a Chávez nosso desconforto e o desconforto pessoal do presidente Lula, de maneira inequívoca, com as ações praticadas."
E completou: "Esse desconforto foi expressado de maneira inequívoca pelo presidente Lula ao ponto de me dizer que isso colocaria em risco não somente o gasoduto mas a própria integração sul-americana."
Na nota, a Venezuela disse que "com muita surpresa" tomou conhecimento das afirmações de Amorim e que é "mundialmente conhecida a realização de um referendo na Bolívia sobre a nacionalização de seus recursos naturais".
"Afirmar que a decisão soberana ditada pelo presidente Evo Morales de nacionalizar os recursos dos hidrocarbonetos bolivianos obedeceu à influênica do presidente Hugo Chávez pode ser atribuída a qualquer outra causa, menos ao desconhecimento por parte de nossos apreciados amigos brasileiros", diz a nota venezuelana.
Ao mencionar o descontentamento do governo brasileiro, Amorim fez referência ao fato de que haveria funcionários da PDVSA (Petroleos de Venezuela), a companhia petrolífera estatal venezuelana, assessorando a Bolívia no episódio da nacionalização do petróleo e gás.
Publicamente Chávez já negou que tenha influenciado a decisão do presidente boliviano. Já Morales disse que a decisão foi tomada no dia 27 de abril --portanto, antes de ele se encontrar com Chávez e o ditador cubano Fidel Castro no final do mês passado em Cuba e de decretar a nacionalização no dia 1º de maio.
Com agências internacionais
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O Chancelaria venezuelana divulgou hoje nota em que afirma ter visto com "muita surpresa" as declarações do ministro brasileiro Celso Amorim (Relações Exteriores), que ontem afirmou que a atuação do presidente do país vizinho, Hugo Chávez, na nacionalização do petróleo e do gás boliviano causou "desconforto" no governo brasileiro.
A Venezuela também negou ter influenciado o governo boliviano na decisão de decretar a nacionalização, anunciada no último dia 1º.
Ontem, em audiência pública no Senado, Amorim disse textualmente: "Foi transmitido a Chávez nosso desconforto e o desconforto pessoal do presidente Lula, de maneira inequívoca, com as ações praticadas."
E completou: "Esse desconforto foi expressado de maneira inequívoca pelo presidente Lula ao ponto de me dizer que isso colocaria em risco não somente o gasoduto mas a própria integração sul-americana."
Na nota, a Venezuela disse que "com muita surpresa" tomou conhecimento das afirmações de Amorim e que é "mundialmente conhecida a realização de um referendo na Bolívia sobre a nacionalização de seus recursos naturais".
"Afirmar que a decisão soberana ditada pelo presidente Evo Morales de nacionalizar os recursos dos hidrocarbonetos bolivianos obedeceu à influênica do presidente Hugo Chávez pode ser atribuída a qualquer outra causa, menos ao desconhecimento por parte de nossos apreciados amigos brasileiros", diz a nota venezuelana.
Ao mencionar o descontentamento do governo brasileiro, Amorim fez referência ao fato de que haveria funcionários da PDVSA (Petroleos de Venezuela), a companhia petrolífera estatal venezuelana, assessorando a Bolívia no episódio da nacionalização do petróleo e gás.
Publicamente Chávez já negou que tenha influenciado a decisão do presidente boliviano. Já Morales disse que a decisão foi tomada no dia 27 de abril --portanto, antes de ele se encontrar com Chávez e o ditador cubano Fidel Castro no final do mês passado em Cuba e de decretar a nacionalização no dia 1º de maio.
Com agências internacionais
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