Publicidade
Publicidade
11/05/2006
-
09h47
da Agência Folha
Ruralistas mantiveram ontem em vários pontos do país os protestos contra a política agrícola e econômica do governo federal, batizados de "Grito do Ipiranga".
O movimento se iniciou no Mato Grosso e já se estendeu a Paraná, Goiás, Mato Grosso do Sul e Estados do Nordeste. Em vários locais, rodovias permanecem bloqueadas. Em Alagoas, o desbloqueio de um trecho da BR-101 ocorreu por ordem judicial e resultou na morte de uma pessoa.
No interior de São Paulo, os agricultores fizeram o enterro simbólico do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A "cerimônia" ocorreu no final da manhã no km 544 da rodovia Raposo Tavares.
Promovido por sindicatos rurais do oeste paulista, o ato contou com apoio da União Democrática Ruralista (UDR) e da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo.
A ALL (América Latina Logística) pediu ontem a intervenção da Polícia Federal para desobstruir os trechos do ramal ferroviário tomados por tratores no norte e no noroeste do Paraná. A empresa diz que perde por dia R$ 1 milhão com o protesto dos agricultores e que vai acionar na Justiça os responsáveis pelos prejuízos.
Ontem, 245 tratores eram mantidos na cidade de Maringá (428 km de Curitiba). Dezenas deles foram estacionados sobre a linha do trem para impedir o transporte de grãos para o porto de Paranaguá. A Justiça determinou a reintegração de posse, mas os agricultores desobedeceram.
Além de provocar a morte de uma pessoa, a desobstrução do bloqueio na BR-101, na divisa entre Alagoas e Sergipe, deixou outra ferida. Os cerca de 1.200 manifestantes, que ocupavam a rodovia na altura do km 248, desde às 20h de segunda, liberaram a pista às 4h30 de ontem, quando receberam uma ordem judicial.
No momento da desocupação da estrada, um caminhão deu uma freada busca e outras três carretas colidiram. O caminhoneiro Gonçalo Sampaio, 55, que estava na segunda carreta, morreu na hora do choque. Outro caminhoneiro apresentou lesões graves. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, os manifestantes saíram de maneira pacífica.
Cerca de 400 produtores rurais de Rio Verde (243 km de Goiânia) aderiram ao movimento em Goiás nas BRs 452 e 060 e rodovia estadual GO-174. Em Mato Grosso do Sul, 22 agências fazendárias e 16 escritórios do Iagro (Agência de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) foram liberados em razão de uma decisão judicial.
Agora, os manifestantes aguardam a apreciação da Medida Provisória 285 pelo Congresso.
A MP 285 limita as renegociações aos produtores com dívida original de até R$ 50 mil e que não participaram de outros refinanciamentos. Ela foi editada para compensar o veto do presidente Lula ao projeto de lei que dava aos agricultores nordestinos um prazo de 25 anos para quitar as dívidas de crédito rural.
Leia mais
MT já tem falta de combustível e de alimentos
Especial
Leia o que já foi publicado sobre protestos de agricultores
Protesto de agricultores se espalha pelo país
Publicidade
Ruralistas mantiveram ontem em vários pontos do país os protestos contra a política agrícola e econômica do governo federal, batizados de "Grito do Ipiranga".
O movimento se iniciou no Mato Grosso e já se estendeu a Paraná, Goiás, Mato Grosso do Sul e Estados do Nordeste. Em vários locais, rodovias permanecem bloqueadas. Em Alagoas, o desbloqueio de um trecho da BR-101 ocorreu por ordem judicial e resultou na morte de uma pessoa.
No interior de São Paulo, os agricultores fizeram o enterro simbólico do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A "cerimônia" ocorreu no final da manhã no km 544 da rodovia Raposo Tavares.
Promovido por sindicatos rurais do oeste paulista, o ato contou com apoio da União Democrática Ruralista (UDR) e da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo.
A ALL (América Latina Logística) pediu ontem a intervenção da Polícia Federal para desobstruir os trechos do ramal ferroviário tomados por tratores no norte e no noroeste do Paraná. A empresa diz que perde por dia R$ 1 milhão com o protesto dos agricultores e que vai acionar na Justiça os responsáveis pelos prejuízos.
Ontem, 245 tratores eram mantidos na cidade de Maringá (428 km de Curitiba). Dezenas deles foram estacionados sobre a linha do trem para impedir o transporte de grãos para o porto de Paranaguá. A Justiça determinou a reintegração de posse, mas os agricultores desobedeceram.
Além de provocar a morte de uma pessoa, a desobstrução do bloqueio na BR-101, na divisa entre Alagoas e Sergipe, deixou outra ferida. Os cerca de 1.200 manifestantes, que ocupavam a rodovia na altura do km 248, desde às 20h de segunda, liberaram a pista às 4h30 de ontem, quando receberam uma ordem judicial.
No momento da desocupação da estrada, um caminhão deu uma freada busca e outras três carretas colidiram. O caminhoneiro Gonçalo Sampaio, 55, que estava na segunda carreta, morreu na hora do choque. Outro caminhoneiro apresentou lesões graves. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, os manifestantes saíram de maneira pacífica.
Cerca de 400 produtores rurais de Rio Verde (243 km de Goiânia) aderiram ao movimento em Goiás nas BRs 452 e 060 e rodovia estadual GO-174. Em Mato Grosso do Sul, 22 agências fazendárias e 16 escritórios do Iagro (Agência de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) foram liberados em razão de uma decisão judicial.
Agora, os manifestantes aguardam a apreciação da Medida Provisória 285 pelo Congresso.
A MP 285 limita as renegociações aos produtores com dívida original de até R$ 50 mil e que não participaram de outros refinanciamentos. Ela foi editada para compensar o veto do presidente Lula ao projeto de lei que dava aos agricultores nordestinos um prazo de 25 anos para quitar as dívidas de crédito rural.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice