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16/05/2006 - 19h22

GM de São José pára por duas horas e planeja protesto com CUT e Força

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KAREN CAMACHO
da Folha Online

Dois setores da General Motors de São José dos Campos (interior de São Paulo) paralisaram as atividades nesta terça-feira por duas horas e meia, segundo o sindicato da categoria. No total, quatro mil metalúrgicos cruzaram os braços e participaram de assembléias para discutir a demissão de 960 anunciada pela empresa.

Para amanhã, outro setor também fará paralisação parcial, envolvendo 1.500 metalúrgicos. O sindicato pretende repetir os protestos até sexta-feira. Na semana que vem, as paralisações da GM de São José vão acontecer nos mesmos dias em que pararem as fábricas da Volkswagen, cujas categorias são comandadas por CUT ou Força Sindical.

O presidente do sindicato, Luiz Carlos Prates, o Mancha, disse que, nas duas assembléias ocorridas hoje na unidade de São José, os funcionários concordaram em resistir às demissões. "Se a empresa não recuar da proposta, podemos fazer greve", disse.

A empresa anunciou ontem que vai demitir 960 funcionários de São José, contratar outros 970 em Gravataí (RS) e mais 300 na unidade de São Caetano do Sul (ABC).

"Mas as contratações de Gravataí incluem terceirizados e os trabalhadores de lá ganham um terço dos de São José", disse Mancha.

A empresa justificou que precisa reduzir a produção para exportações, transferir turnos e que vai produzir o novo veículo em Gravataí.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano disse que os trabalhadores da GM na cidade acompanharão o protesto em solidariedade aos metalúrgicos de São José e da Volks. "Até agora anunciaram demissão em São José, mas não sabemos se o nosso emprego está garantido", disse o presidente do sindicato, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão. O Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo disse que as fábricas da Volks param, uma a uma, a partir da semana que vem, mas não informaram os dias e que unidades começam os protestos.

A Volks anunciou que, até 2008, vai reduzir a produção e os custos e isso custará "milhares" de empregos. O sindicato disse que 5.773 postos correm risco. A montadora alemã tem cinco fábricas no país, e três delas produzem automóveis e devem reduzir o quadro de funcionários.

O principal argumento para as medidas anunciadas por Volks e GM são a pressão do câmbio. Com a valorização do real frente ao dólar, as empresas dizem que as vendas para fora caíram e forçam uma redução na produção.

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