Publicidade
Publicidade
25/05/2006
-
20h32
ANA PAULA RIBEIRO
PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
O presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), Antônio Ernesto de Salvo, considerou positivas as medidas anunciadas nesta quinta-feira pelo governo, mas disse que elas ainda não estão à "altura do que o Brasil precisa e do que o produtor tinha esperança" que ocorresse.
Segundo ele, as medidas relativas ao endividamento do produtor atingem apenas alguns produtos e algumas regiões do país. Segundo ele, o governo poderia ter sido "mais ousado e colocado mais gasolina na economia".
Salvo explicou que o que os agricultores pediam não era um valor específico, mas prazos maiores para efetuarem o pagamento do que devem.
Entre os setores em crise que ficaram fora do pacote de medidas ele apontou a pecuária de corte, a suinocultura, avicultura e o setor de trigo. Sobre a renegociação de dívidas, ele afirmou que as medidas poderiam ter alcançado todos os produtores em dificuldade.
Quanto ao plano de safra, no valor de R$ 60 bilhões para 2006/2007 e de outras medidas que ainda não saíram do papel, como fundo de catástrofes e "draw back" para insumos agrícolas, ele afirmou confiar no empenho do ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, em transformá-los em realidade, mas disse que prefere ver essas promessas concretizadas para comentá-las.
"Esperamos que esse seja o começo da solução", disse que o presidente da CNA sobre o pacote.
O presidente da Comissão de Agricultura da Câmara, Abelardo Lupion (PFL-PR) considerou as medidas anunciadas pelo governo protelatórias, com o objetivo de desmobilizar os produtores.
Segundo ele, as principais medidas sobre prorrogação e refinanciamento de dívidas, na verdade, só adiam o problema. Ele disse ainda que o crédito disponível para o plano de safra 2006/2007 não resolve os problemas do setor porque os produtores não devem usar todo esse dinheiro.
Ele destacou que no ano passado, por exemplo, enquanto o plano de safra previa crédito para investimentos da ordem de R$ 11 bilhões, a demanda foi de apenas R$ 3,9 bilhões porque boa parte dos produtores está endividada
Leia mais
Governo cria medidas emergenciais para prevenir crise na agricultura
Governo libera pacote de R$ 60 bi em crédito para agropecuária
Pacote da agricultura reforça permanência de Rodrigues
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a crise na agricultura
CNA diz que governo poderia ser mais ousado
Publicidade
PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
O presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), Antônio Ernesto de Salvo, considerou positivas as medidas anunciadas nesta quinta-feira pelo governo, mas disse que elas ainda não estão à "altura do que o Brasil precisa e do que o produtor tinha esperança" que ocorresse.
Segundo ele, as medidas relativas ao endividamento do produtor atingem apenas alguns produtos e algumas regiões do país. Segundo ele, o governo poderia ter sido "mais ousado e colocado mais gasolina na economia".
Salvo explicou que o que os agricultores pediam não era um valor específico, mas prazos maiores para efetuarem o pagamento do que devem.
Entre os setores em crise que ficaram fora do pacote de medidas ele apontou a pecuária de corte, a suinocultura, avicultura e o setor de trigo. Sobre a renegociação de dívidas, ele afirmou que as medidas poderiam ter alcançado todos os produtores em dificuldade.
Quanto ao plano de safra, no valor de R$ 60 bilhões para 2006/2007 e de outras medidas que ainda não saíram do papel, como fundo de catástrofes e "draw back" para insumos agrícolas, ele afirmou confiar no empenho do ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, em transformá-los em realidade, mas disse que prefere ver essas promessas concretizadas para comentá-las.
"Esperamos que esse seja o começo da solução", disse que o presidente da CNA sobre o pacote.
O presidente da Comissão de Agricultura da Câmara, Abelardo Lupion (PFL-PR) considerou as medidas anunciadas pelo governo protelatórias, com o objetivo de desmobilizar os produtores.
Segundo ele, as principais medidas sobre prorrogação e refinanciamento de dívidas, na verdade, só adiam o problema. Ele disse ainda que o crédito disponível para o plano de safra 2006/2007 não resolve os problemas do setor porque os produtores não devem usar todo esse dinheiro.
Ele destacou que no ano passado, por exemplo, enquanto o plano de safra previa crédito para investimentos da ordem de R$ 11 bilhões, a demanda foi de apenas R$ 3,9 bilhões porque boa parte dos produtores está endividada
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice