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31/05/2006
-
13h59
IVONE PORTES
da Folha Online, no Rio de Janeiro
As importações de bens e serviços cresceram 15,9% no primeiro trimestre sobre igual intervalo do ano passado, superando a expansão de 9,3% das exportações no período, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Segundo o IBGE, é a primeira vez desde o quarto trimestre de 2003 que o volume de importações de bens e serviços ultrapassam as vendas externas nestes setores.
"Desde o ano de 2000 como um todo não tínhamos uma contribuição negativa do setor externo para o PIB [Produto Interno Bruto]. Houve um crescimento muito grande das importações no período e avanço menor das exportações, o que fez com que o setor externo contribuísse negativamente para o crescimento do PIB", disse a gerente de Contas Nacionais Trimestrais do IBGE, Rebeca Palis.
Na comparação com o quarto trimestre, o volume das importações de bens e serviços cresceu 11,6% --maior taxa desde o último trimestre de 1996-- e as exportações aumentaram somente 3,9%.
A economia brasileira cresceu 1,4% no primeiro trimestre deste ano em relação aos três últimos meses de 2005, melhor desempenho desde o terceiro trimestre de 2004, quando a expansão foi de 1,5%. Em relação igual período de 2005, houve expansão de 3,4% na economia. Nos últimos 12 meses, até março, o PIB cresceu 2,4%.
Braulio Borges, economista da consultoria econômica LCA, avalia que a deterioração das contas externas no PIB reflete em 'boa parte' a queda do dólar em relação ao real.
"[Esse movimento] impulsiona não só as importações de bens como a de serviços. Com a queda do dólar os brasileiros viajam mais para o exterior", disse.
Somente no primeiro trimestre deste ano, a divisa norte-americana acumulou queda de 7% em relação ao real. Em 15 meses, até março, a desvalorização chegou 18,4%.
Borges projeta um crescimento de 3,8% para a economia brasileira em todo o ano de 2006, levemente abaixo da estimativa do Banco Central --4%. No cálculo do economista, o setor externo contribuirá com 0,5 ponto percentual negativo para a taxa de variação do PIB no acumulado deste ano. Ou seja, o crescimento neste ano será puxado basicamente pela demanda interna.
"A tendência é a exportação brasileira arrefecer ainda mais ao longo do ano."
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As importações de bens e serviços cresceram 15,9% no primeiro trimestre sobre igual intervalo do ano passado, superando a expansão de 9,3% das exportações no período, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Segundo o IBGE, é a primeira vez desde o quarto trimestre de 2003 que o volume de importações de bens e serviços ultrapassam as vendas externas nestes setores.
"Desde o ano de 2000 como um todo não tínhamos uma contribuição negativa do setor externo para o PIB [Produto Interno Bruto]. Houve um crescimento muito grande das importações no período e avanço menor das exportações, o que fez com que o setor externo contribuísse negativamente para o crescimento do PIB", disse a gerente de Contas Nacionais Trimestrais do IBGE, Rebeca Palis.
Na comparação com o quarto trimestre, o volume das importações de bens e serviços cresceu 11,6% --maior taxa desde o último trimestre de 1996-- e as exportações aumentaram somente 3,9%.
A economia brasileira cresceu 1,4% no primeiro trimestre deste ano em relação aos três últimos meses de 2005, melhor desempenho desde o terceiro trimestre de 2004, quando a expansão foi de 1,5%. Em relação igual período de 2005, houve expansão de 3,4% na economia. Nos últimos 12 meses, até março, o PIB cresceu 2,4%.
Braulio Borges, economista da consultoria econômica LCA, avalia que a deterioração das contas externas no PIB reflete em 'boa parte' a queda do dólar em relação ao real.
"[Esse movimento] impulsiona não só as importações de bens como a de serviços. Com a queda do dólar os brasileiros viajam mais para o exterior", disse.
Somente no primeiro trimestre deste ano, a divisa norte-americana acumulou queda de 7% em relação ao real. Em 15 meses, até março, a desvalorização chegou 18,4%.
Borges projeta um crescimento de 3,8% para a economia brasileira em todo o ano de 2006, levemente abaixo da estimativa do Banco Central --4%. No cálculo do economista, o setor externo contribuirá com 0,5 ponto percentual negativo para a taxa de variação do PIB no acumulado deste ano. Ou seja, o crescimento neste ano será puxado basicamente pela demanda interna.
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