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31/05/2006
-
19h26
da Folha Online
O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, disse que as "reduções homeopáticas dos juros, que continuam os mais altos do mundo, estão minando a saúde e a resistência da economia brasileira".
Para Skaf, não há motivos para comemorar o crescimento de 3,4% da economia brasileira no primeiro trimestre, em relação ao mesmo período de 2005. "De janeiro a março deste ano, o PIB da Índia registrou expansão de 9,3%. Uma das diferenças básicas na forma como as duas nações estão aproveitando a conjuntura mundial positiva é exatamente a taxa de juros, muito menor no país asiático, assim como nos demais emergentes".
Para o presidente da Fiesp, "o juro alto está, sim, impedindo expansão mais substantiva da economia brasileira.".
"Com a redução da Selic em apenas 0,5 ponto, o Copom reafirma sua disposição de evitar, a qualquer custo, o 'risco' do crescimento", disse.
Antônio Correa de Lacerda, diretor do Departamento de Economia do ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), a decisão do Banco Central de reduzir a taxa Selic em 0,5 ponto mostrou que "mais uma vez o conservadorismo do Copom predominou".
"No cenário interno, os vetores indicam crescimento equilibrado, com redução de vários índices de preços, muitos convergindo ou caminhando abaixo da meta inflacionária. No cenário externo, temos sinais de turbulência, com realocação das carteiras em ativos mais seguros, provocando forte instabilidade no câmbio nas últimas semanas."
Para ele, a decisão do Copom foi a menos audaciosa e havia espaço para a redução da Selic em, pelo menos, 0,75 ponto. "Mas o que vimos foi uma atitude de exagerada cautela por parte do Comitê de Política Monetária."
A CNI (Confederação Nacional da Indústri) lamentou a decisão do Copom e disse que o Banco Central foi influenciado pelas oscilações da economia mundial nos últimos dias, "mas desconsiderou as condições favoráveis da economia brasileira, como a baixa inflação."
Segundo os economistas da CNI, a taxa de juros reais no país, acima de 10% ao ano, ainda é muito preocupante e só seria justificável ficar neste patamar se o país vivesse sob ameaças à ordem econômica.
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O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, disse que as "reduções homeopáticas dos juros, que continuam os mais altos do mundo, estão minando a saúde e a resistência da economia brasileira".
Para Skaf, não há motivos para comemorar o crescimento de 3,4% da economia brasileira no primeiro trimestre, em relação ao mesmo período de 2005. "De janeiro a março deste ano, o PIB da Índia registrou expansão de 9,3%. Uma das diferenças básicas na forma como as duas nações estão aproveitando a conjuntura mundial positiva é exatamente a taxa de juros, muito menor no país asiático, assim como nos demais emergentes".
Para o presidente da Fiesp, "o juro alto está, sim, impedindo expansão mais substantiva da economia brasileira.".
"Com a redução da Selic em apenas 0,5 ponto, o Copom reafirma sua disposição de evitar, a qualquer custo, o 'risco' do crescimento", disse.
Antônio Correa de Lacerda, diretor do Departamento de Economia do ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), a decisão do Banco Central de reduzir a taxa Selic em 0,5 ponto mostrou que "mais uma vez o conservadorismo do Copom predominou".
"No cenário interno, os vetores indicam crescimento equilibrado, com redução de vários índices de preços, muitos convergindo ou caminhando abaixo da meta inflacionária. No cenário externo, temos sinais de turbulência, com realocação das carteiras em ativos mais seguros, provocando forte instabilidade no câmbio nas últimas semanas."
Para ele, a decisão do Copom foi a menos audaciosa e havia espaço para a redução da Selic em, pelo menos, 0,75 ponto. "Mas o que vimos foi uma atitude de exagerada cautela por parte do Comitê de Política Monetária."
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