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08/06/2006
-
13h08
DENYSE GODOY
da Folha Online
Durou pouco, nesta quinta-feira, a euforia dos investidores com as ações da Varig negociadas na Bovespa. Elas chegaram a atingir a cotação máxima de R$ 4,20, porém passaram a despencar depois que fracassou a primeira etapa do leilão de venda da companhia, que aconteceu no Rio de Janeiro, e apenas o TGV (Trabalhadores do Grupo Varig) fez uma proposta na segunda fase. Às 13h05, os papéis preferenciais desabavam 31,94%, para R$ 2,45.
O TGV ofereceu R$ 1,010 bilhão (US$ 449 milhões) pela empresa, pouco mais da metade do preço mínimo de US$ 860 milhões fixado pela Justiça para a venda da parte operacional da Varig, que inclui as linhas domésticas e internacionais. O valor é insuficiente para saldar todas as dívidas da companhia, estimadas em R$ 7,9 bilhões.
Fontes da Varig divulgaram que cinco empresas teriam interesse na compra --além do TGV, TAM, Gol, OceanAir e Céu Azul --do escritório de advocacia Ulhôa Canto, Rezende e Guerra, que representa um fundo de investimento. Elas chegaram a se credenciar para apresentar propostas, mas não fizeram lances oficiais em nenhuma das duas etapas do leilão.
A Justiça terá 24 horas para analisar a oferta do TGV e decidir se é válida.
Com forte volatilidade, o movimento das ações da Varig nos últimos pregões da Bolsa era baseado nas notícias que saíam sobre o caso. Mas, quando os boatos deram lugar aos fatos, o resultado foi uma forte queda, explicada pela falta de interesse de outras companhias em adquirir a empresa e pelo baixo preço da única oferta. As dúvidas sobre a recuperação da Varig são, agora, maiores do que nunca.
Alguns analistas diziam que seria vantajoso para a Gol comprar a companhia para ganhar mercado. Porém, outros ponderavam que a Varig já está enfraquecida há muito tempo e o seu terreno vem sendo tomado pelas concorrentes --não valeria a pena pagar por um espaço que poderiam conquistar sem maiores gastos.
As ações preferenciais da Gol desde o início do pregão caíam. No final da manhã, elas recuavam 2,01%, para 67,71%, enquanto as da TAM tinham desvalorização de 2,18%, a R$ 48,90.
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O TGV ofereceu R$ 1,010 bilhão (US$ 449 milhões) pela empresa, pouco mais da metade do preço mínimo de US$ 860 milhões fixado pela Justiça para a venda da parte operacional da Varig, que inclui as linhas domésticas e internacionais. O valor é insuficiente para saldar todas as dívidas da companhia, estimadas em R$ 7,9 bilhões.
Fontes da Varig divulgaram que cinco empresas teriam interesse na compra --além do TGV, TAM, Gol, OceanAir e Céu Azul --do escritório de advocacia Ulhôa Canto, Rezende e Guerra, que representa um fundo de investimento. Elas chegaram a se credenciar para apresentar propostas, mas não fizeram lances oficiais em nenhuma das duas etapas do leilão.
A Justiça terá 24 horas para analisar a oferta do TGV e decidir se é válida.
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