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29/06/2006
-
12h17
CLARICE SPITZ
da Folha Online, no Rio
A taxa de investimentos da economia brasileira no primeiro trimestre de 2006 somou R$ 97,694 bilhões e atingiu 20,4% do PIB, segundo dados divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Trata-se da maior taxa de investimentos para um primeiro trimestre desde 2001.
De acordo com o IBGE, o aumento dos investimentos na economia no início do ano foi conseqüência, sobretudo, do calendário de disputa eleitoral, que propicia um incremento das despesas em construção civil, aumento de crédito para habitação e para o programa de recuperação de rodovias.
Além disso, a economista Maria Laura Muanis cita fatores macroeconômicos. "A taxa de juros está inferior ao primeiro trimestre do ano passado", afirma.
Em divulgação recente, o IBGE informou que a formação bruta de capital fixo registrou um incremento de 9% em relação ao mesmo período de 2005 e uma expansão de 3,9% sobre o quarto trimestre do ano passado.
Poupança
Por outro lado, a taxa de poupança recuou e passou de 22,4% do PIB nos primeiros três meses de 2005 para 21,6% do produto para o mesmo período de 2006. Esta é a menor taxa ao se levar em consideração um primeiro trimestre desde 2003.
A taxa de poupança serve como parâmetro da capacidade de investimentos porque representa os recursos disponíveis para aplicação nos mercados interno e externo.
Segundo Muanis, a taxa recuou porque o consumo cresceu mais que a renda disponível bruta. Em outras palavras, com o consumo maior, devido principalmente ao aumento da massa salarial e a menor taxa de juros para pessoas físicas, sobram menos recursos para a poupança.
O consumo das famílias, por exemplo, passou de R$ 252,8 bilhões no primeiro trimestre de 2005 para R$ 277,8 bilhões nos três primeiros meses de 2006. Já o governo totalizou em consumo de R$ 84,561 bilhões no primeiro trimestre deste ano, ante R$ 75,8 bilhões.
Capacidade de financiamento
A capacidade de financiamento da economia (disponibilidade de recursos que o país tem para emprestar ao restante do mundo) foi de R$ 3,6 bilhões. Já no mesmo período do ano passado tinha atingido o dobro R$ 7,2 bilhões.
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da Folha Online, no Rio
A taxa de investimentos da economia brasileira no primeiro trimestre de 2006 somou R$ 97,694 bilhões e atingiu 20,4% do PIB, segundo dados divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Trata-se da maior taxa de investimentos para um primeiro trimestre desde 2001.
De acordo com o IBGE, o aumento dos investimentos na economia no início do ano foi conseqüência, sobretudo, do calendário de disputa eleitoral, que propicia um incremento das despesas em construção civil, aumento de crédito para habitação e para o programa de recuperação de rodovias.
Além disso, a economista Maria Laura Muanis cita fatores macroeconômicos. "A taxa de juros está inferior ao primeiro trimestre do ano passado", afirma.
Em divulgação recente, o IBGE informou que a formação bruta de capital fixo registrou um incremento de 9% em relação ao mesmo período de 2005 e uma expansão de 3,9% sobre o quarto trimestre do ano passado.
Poupança
Por outro lado, a taxa de poupança recuou e passou de 22,4% do PIB nos primeiros três meses de 2005 para 21,6% do produto para o mesmo período de 2006. Esta é a menor taxa ao se levar em consideração um primeiro trimestre desde 2003.
A taxa de poupança serve como parâmetro da capacidade de investimentos porque representa os recursos disponíveis para aplicação nos mercados interno e externo.
Segundo Muanis, a taxa recuou porque o consumo cresceu mais que a renda disponível bruta. Em outras palavras, com o consumo maior, devido principalmente ao aumento da massa salarial e a menor taxa de juros para pessoas físicas, sobram menos recursos para a poupança.
O consumo das famílias, por exemplo, passou de R$ 252,8 bilhões no primeiro trimestre de 2005 para R$ 277,8 bilhões nos três primeiros meses de 2006. Já o governo totalizou em consumo de R$ 84,561 bilhões no primeiro trimestre deste ano, ante R$ 75,8 bilhões.
Capacidade de financiamento
A capacidade de financiamento da economia (disponibilidade de recursos que o país tem para emprestar ao restante do mundo) foi de R$ 3,6 bilhões. Já no mesmo período do ano passado tinha atingido o dobro R$ 7,2 bilhões.
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