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29/06/2006 - 17h23

Japão espera que Brasil facilite acesso à TV Digital na América Latina

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PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília

Depois de fechar com o Brasil um acordo para que o país seja o primeiro a implantar a tecnologia ISDB para a TV digital fora do Japão, o ministro das Comunicações japonês, Heizo Takenaka, deixou claro hoje o interesse que o seu país tem em levar o sistema a outros países da América do Sul.

Takenaka que veio ao Brasil especialmente participar da solenidade de assinatura do decreto de implantação do Sistema Brasileiro de TV Digital e do termo de compromisso com o governo brasileiro, destacou que a adoção da tecnologia japonesa pela "grande potência da América Latina, que é o Brasil", representa a possibilidade de extensão do sistema nipo-brasileiro para os países vizinhos e depois para o mundo.

Segundo ele, a escolha brasileira não é uma simples adoção do sistema japonês, mas o compromisso entre os dois países em estruturarem um novo sistema, nipo-brasileiro, com a incorporação de tecnologia brasileira.

Segundo Takenaka, o acordo também contribui para melhorar o "laço de amizade e relacionamento entre os dois países".

O governo brasileiro também já demonstrou o seu interesse em que os parceiros do Mercosul e outros países vizinhos adotem o sistema nipo-brasileiro.

Ontem, técnicos brasileiros envolvidos nas negociações da TV digital reuniram-se com representantes do governo argentino em São Paulo para apresentar as evoluções obtidas até agora no Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD).

Um técnico envolvido nas negociações com os argentinos informou que o Brasil não poderia esperar a escolha da Argentina, que pode levar mais um ano, mas que o Brasil está empenhado em convencê-la sobre a viabilidade do sistema nipo-brasileiro, a fim de ganhar escala na produção industrial.

O Brasil pode vir inclusive a abrir os códigos de tecnologias nacionais para a Argentina. O governo argentino deverá enviar ao Brasil técnicos para conhecer melhor o sistema nipo-brasileiro e acompanhar a implantação da TV digital no país.

O diretor da Fundação CPqD, Ricardo Benetton, que coordenou as pesquisas do SBTVD, considerou que o governo brasileiro apostou na "bolsa de valores" ao escolher o padrão japonês, numa referência à aplicação de risco, mas que pode trazer maior rentabilidade, em relação à poupança, por exemplo.

O grande desafio brasileiro a partir de agora, segundo ele, será tornar o sistema nipo-brasileiro um "padrão global", com escala para que haja redução de preços dos equipamentos.

Ao mesmo tempo, na avaliação de Benetton, o Brasil aposta em ser 'parceiro' dos japoneses para promover essa globalização.

Ele informou que o preço de mercado "desejado" para o conversor mais simples varia de R$ 120 a R$ 200.

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