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29/06/2006
-
19h37
PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
A implantação da TV digital no Brasil deverá movimentar cerca de US$ 88 bilhões somente na indústria eletroeletrônica nacional nos próximos dez anos, sem considerar a indústria de transmissores (que serão adquiridos pelas TVs), segundo estimou hoje o presidente da Gradiente, Eugênio Staub.
Discursando como representante da indústria na solenidade de assinatura do decreto da TV digital hoje no Palácio do Planalto, Staub destacou a importância que a evolução tecnológica na televisão para a recuperação da indústria eletroeletrônica brasileira, que perdeu espaço nos últimos 25 anos.
"Criar espaço para a tecnologia brasileira, para a indústria brasileira é altamente importante", disse o empresário, que considerou o anúncio da TV digital e o ambienta favorável ao desenvolvimento da tecnologia um sinal de 'esperança' e 'renascimento' para a indústria.
O ministro das Comunicações, Hélio Costa, foi ainda mais otimista, e disse que espera que a TV digital movimente US$ 100 bilhões nos próximos anos. Ele não explicou, no entanto, que setores seriam responsáveis por essa cifra.
Preço e prazo
Segundo Staub, as críticas de que os equipamentos do sistema japonês custariam mais caro para o consumidor não correspondem à realidade. Isso porque, segundo ele, a indústria brasileira de equipamentos eletrônicos é muito competitiva.
A expectativa do empresário é a de que os primeiros televisores digitais cheguem às lojas no prazo de 12 a 15 meses.
O custo estimado do conversor digital hoje, segundo dados da Samsung, é de aproximadamente US$ 33, sem considerar impostos, royalties, logística e lucro dos lojistas, o que pode multiplicar o seu preço para o consumidor de duas a quatro vezes, segundo o vice-presidente de Novos Negócios da Samsung no Brasil, Benjamin Sicsú. Alguns pesquisadores estimam que esses equipamentos possam chegar às lojas custando entre R$ 120 e R$ 200.
Segundo ele, o investimento da empresa a partir de agora será para reduzir ao mínimo possível o prazo para que seus equipamentos digitais estejam na prateleira.
Ele informou que a Samsung já adquiriu uma nova área de 4 mil metros quadrados em Manaus para ampliar seus centro de pesquisa e desenvolvimento, com foco na TV digital. Entretanto, ele disse que parte das pesquisas para a TV digital serão feitas onde o resultado for mais rápido: podendo fazer trabalhos no Japão e na Coréia (sede da empresa).
Pesquisadores
Os pesquisadores que representaram comunidade científica na solenidade de assinatura do decreto, destacaram a importância do crédito que foi dado à pesquisa nacional para o desenvolvimento do Sistema Brasileiro de TV Digital.
Em nome das emissoras de TV, o engenheiro Roberto Franco (do SBT), destacou os benefícios de qualidade que a televisão brasileira terá com a digitalização (imagem sem fantasmas, mobilidade, interatividade, portabilidade e alta definição), e elogiou o empenho do governo pela decisão formalizada hoje.
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TV digital deve movimentar US$ 88 bi na indústria nacional em dez anos
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da Folha Online, em Brasília
A implantação da TV digital no Brasil deverá movimentar cerca de US$ 88 bilhões somente na indústria eletroeletrônica nacional nos próximos dez anos, sem considerar a indústria de transmissores (que serão adquiridos pelas TVs), segundo estimou hoje o presidente da Gradiente, Eugênio Staub.
Discursando como representante da indústria na solenidade de assinatura do decreto da TV digital hoje no Palácio do Planalto, Staub destacou a importância que a evolução tecnológica na televisão para a recuperação da indústria eletroeletrônica brasileira, que perdeu espaço nos últimos 25 anos.
"Criar espaço para a tecnologia brasileira, para a indústria brasileira é altamente importante", disse o empresário, que considerou o anúncio da TV digital e o ambienta favorável ao desenvolvimento da tecnologia um sinal de 'esperança' e 'renascimento' para a indústria.
O ministro das Comunicações, Hélio Costa, foi ainda mais otimista, e disse que espera que a TV digital movimente US$ 100 bilhões nos próximos anos. Ele não explicou, no entanto, que setores seriam responsáveis por essa cifra.
Preço e prazo
Segundo Staub, as críticas de que os equipamentos do sistema japonês custariam mais caro para o consumidor não correspondem à realidade. Isso porque, segundo ele, a indústria brasileira de equipamentos eletrônicos é muito competitiva.
A expectativa do empresário é a de que os primeiros televisores digitais cheguem às lojas no prazo de 12 a 15 meses.
O custo estimado do conversor digital hoje, segundo dados da Samsung, é de aproximadamente US$ 33, sem considerar impostos, royalties, logística e lucro dos lojistas, o que pode multiplicar o seu preço para o consumidor de duas a quatro vezes, segundo o vice-presidente de Novos Negócios da Samsung no Brasil, Benjamin Sicsú. Alguns pesquisadores estimam que esses equipamentos possam chegar às lojas custando entre R$ 120 e R$ 200.
Segundo ele, o investimento da empresa a partir de agora será para reduzir ao mínimo possível o prazo para que seus equipamentos digitais estejam na prateleira.
Ele informou que a Samsung já adquiriu uma nova área de 4 mil metros quadrados em Manaus para ampliar seus centro de pesquisa e desenvolvimento, com foco na TV digital. Entretanto, ele disse que parte das pesquisas para a TV digital serão feitas onde o resultado for mais rápido: podendo fazer trabalhos no Japão e na Coréia (sede da empresa).
Pesquisadores
Os pesquisadores que representaram comunidade científica na solenidade de assinatura do decreto, destacaram a importância do crédito que foi dado à pesquisa nacional para o desenvolvimento do Sistema Brasileiro de TV Digital.
Em nome das emissoras de TV, o engenheiro Roberto Franco (do SBT), destacou os benefícios de qualidade que a televisão brasileira terá com a digitalização (imagem sem fantasmas, mobilidade, interatividade, portabilidade e alta definição), e elogiou o empenho do governo pela decisão formalizada hoje.
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