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04/07/2006 - 11h31

Bolívia anuncia reunião de Lula e Morales sobre gás; Planalto nega

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da Folha Online

Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Evo Morales (Bolívia) devem se reunir hoje para discutir novos preços para o gás, segundo o ministro dos Hidrocarbonetos do país vizinho, Andrés Soliz Rada.

Tanto a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto quanto a do Itamaraty afirmam, entretanto, que não está prevista nenhuma reunião bilateral na agenda de Lula, que viaja para Caracas na tarde de hoje para a cerimônia de adesão plena da Venezuela ao Mercosul.

Segundo a assessoria do Itamaraty em Caracas, Lula chega ao aeroporto de Caracas somente às 16h e terá uma agenda bastante apertada.

Às 17h30, os presidentes dos países do Mercosul --Hugo Chávez (Venezuela), Néstor Kirchner (Argentina), Nicanor Duarte (Paraguai) e Tabaré Vázquez (Uruguai), além de Lula e Morales-- posam para foto oficial e, às 18h, participam da cerimônia de assinatura do protocolo de adesão venezuelana. Às 22h, Lula inicia seu retorno ao Brasil.

Em declarações publicadas pela Agência Boliviana de Informação, no entanto, o ministro dos Hidrocarbonetos afirmou que Morales tentará hoje fixar um novo preço de compra do gás natural boliviano pelo Brasil.

"A partir dessa reunião vamos definir o futuro cronograma para propor definições. Vocês sabem que se não houver definições vamos a uma arbitragem internacional", disse o ministro.

Desde a nacionalização dos hidrocarbonetos do país vizinho, em 1º de maio, a Bolívia tem pressionado o Brasil por um reajuste. O prazo para as negociações chegarem a uma conclusão encerra-se em outubro.

A Petrobras informa que não vai aceitar um reajuste que não esteja previsto em contrato e ameaça recorrer a uma câmara de arbitragem internacional.

Já a Bolívia conseguiu acertar com a Argentina um aumento que já entrou em vigor de 56%. O valor do milhão de BTU passou de US$ 3,20 para US$ 5.

No caso do Brasil, a Bolívia ameaça cobrar até US$ 8. Hoje o Brasil paga US$ 3,77 até o volume de 16 milhões de metros cúbicos por dia. Acima desse total, o custo sobe para US$ 4,63.

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