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09/08/2006
-
15h14
DENYSE GODOY
da Folha Online
Tendo avançado até os 38.086 pontos na primeira etapa de negócios desta quarta-feira, a Bovespa reduziu um pouco o fôlego depois que o clima ficou negativo em Wall Street. Às 14h51, a Bolsa brasileira subia 0,73%, para 37.877 pontos; a de Nova York tinha queda de 0,13%, aos 11.157,98 pontos, e a Nasdaq (que reúne ações de empresas de tecnologia) avançava 1,05%, aos 2.082,69 pontos.
O dólar comercial recuava 0,32%, vendido a R$ 2,171, apesar de o Banco Central ter realizado um leilão de compra divisas.
O risco Brasil --que serve como indicador do nível de segurança de se investir no país-- tinha queda de 2,8%, atingindo, aos 208 pontos, o menor patamar da história.
Medido pelo banco J.P. Morgan, o risco avalia os títulos de dívida externa do país: quando ele está em 208 pontos, como hoje, isso significa que os bônus oferecem uma taxa de retorno 2,08 pontos percentuais acima das pagas pelos "treasuries" (títulos do Tesouro norte-americano).
A baixa de hoje indica que aumentou o apetite dos investidores internacionais por títulos brasileiros. Já era esperado que isso acontecesse depois que o Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano) decidiu, ontem, manter a taxa básica de juros dos Estados Unidos em 5,25% ao ano.
A resolução da autoridade monetária americana favorece os emergentes, de onde os grandes investidores estrangeiros fugiram depois de 10 de maio, quando o Fed aumentou em 0,25 ponto percentual os seus juros --como nos EUA os rendimentos de aplicações ficariam melhores, eles abandonaram mercados de maior risco. Ainda haveria uma nova elevação de 0,25 ponto percentual em junho antes de finalmente o Fed decidir fazer uma pausa no ciclo de elevação, que vinha desde 2004.
O otimismo gerado pela interrupção da série de altas deve ser limitado, porém, pela cautela que a instituição demonstrou no comunicado divulgado após a reunião na qual a medida foi tomada. O Fed disse que ainda há riscos inflacionários e, portanto, os indicadores econômicos devem continuar sendo acompanhados com atenção. Ainda são muitas as dúvidas sobre a trajetória futura dos juros, e muitos especialistas dizem acreditar que será preciso aumentar a taxa novamente no curto prazo. Essa perspectiva ainda deve deixar o mercado nervoso.
Empresas
O grupo Pão de Açúcar informou que seu lucro líquido caiu 36,1% no segundo trimestre de 2006 em relação ao mesmo período de 2005, para R$ 41 milhões. "Consideramos o resultado fraco e abaixo do esperado pelo mercado", diz a corretora Ativa em relatório distribuído a clientes. "Apesar da tentativa da empresa de melhorar o mix de vendas, esforçando-se para aumentar as vendas de produtos não-alimentícios, acreditamos que o resultado do grupo continuará sendo prejudicado pela deflação dos produtos alimentícios." As ações da empresa perdiam 5,13%, a R$ 61,21.
Paralelo e turismo
O dólar paralelo caía 0,82%, a R$ 2,42, e o turismo tinha queda de 1,31%, a R$ 2,26.
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Tendo avançado até os 38.086 pontos na primeira etapa de negócios desta quarta-feira, a Bovespa reduziu um pouco o fôlego depois que o clima ficou negativo em Wall Street. Às 14h51, a Bolsa brasileira subia 0,73%, para 37.877 pontos; a de Nova York tinha queda de 0,13%, aos 11.157,98 pontos, e a Nasdaq (que reúne ações de empresas de tecnologia) avançava 1,05%, aos 2.082,69 pontos.
O dólar comercial recuava 0,32%, vendido a R$ 2,171, apesar de o Banco Central ter realizado um leilão de compra divisas.
O risco Brasil --que serve como indicador do nível de segurança de se investir no país-- tinha queda de 2,8%, atingindo, aos 208 pontos, o menor patamar da história.
Medido pelo banco J.P. Morgan, o risco avalia os títulos de dívida externa do país: quando ele está em 208 pontos, como hoje, isso significa que os bônus oferecem uma taxa de retorno 2,08 pontos percentuais acima das pagas pelos "treasuries" (títulos do Tesouro norte-americano).
A baixa de hoje indica que aumentou o apetite dos investidores internacionais por títulos brasileiros. Já era esperado que isso acontecesse depois que o Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano) decidiu, ontem, manter a taxa básica de juros dos Estados Unidos em 5,25% ao ano.
A resolução da autoridade monetária americana favorece os emergentes, de onde os grandes investidores estrangeiros fugiram depois de 10 de maio, quando o Fed aumentou em 0,25 ponto percentual os seus juros --como nos EUA os rendimentos de aplicações ficariam melhores, eles abandonaram mercados de maior risco. Ainda haveria uma nova elevação de 0,25 ponto percentual em junho antes de finalmente o Fed decidir fazer uma pausa no ciclo de elevação, que vinha desde 2004.
O otimismo gerado pela interrupção da série de altas deve ser limitado, porém, pela cautela que a instituição demonstrou no comunicado divulgado após a reunião na qual a medida foi tomada. O Fed disse que ainda há riscos inflacionários e, portanto, os indicadores econômicos devem continuar sendo acompanhados com atenção. Ainda são muitas as dúvidas sobre a trajetória futura dos juros, e muitos especialistas dizem acreditar que será preciso aumentar a taxa novamente no curto prazo. Essa perspectiva ainda deve deixar o mercado nervoso.
Empresas
O grupo Pão de Açúcar informou que seu lucro líquido caiu 36,1% no segundo trimestre de 2006 em relação ao mesmo período de 2005, para R$ 41 milhões. "Consideramos o resultado fraco e abaixo do esperado pelo mercado", diz a corretora Ativa em relatório distribuído a clientes. "Apesar da tentativa da empresa de melhorar o mix de vendas, esforçando-se para aumentar as vendas de produtos não-alimentícios, acreditamos que o resultado do grupo continuará sendo prejudicado pela deflação dos produtos alimentícios." As ações da empresa perdiam 5,13%, a R$ 61,21.
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