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22/08/2006
-
10h31
da Folha Online
O vice-presidente da Bolívia, Álvaro García Linera, deve viajar nesta quarta-feira ao Brasil para conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o reajuste do preço do gás natural boliviano exportado para o país.
Também deve participar da reunião de Linera com Lula o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, segundo o diário boliviano "La Razón".
No início deste mês, o presidente da Bolívia, Evo Morales, já havia dito estar disposto a conversar diretamente com o presidente Lula para pedir a definição do preço do gás natural boliviano. "Se é importante a participação dos presidentes, vamos participar. O importante é avançar na negociação sobre os novos preços" do gás, afirmou.
O reajuste do preço da commodity para o Brasil tem sido um ponto de tensão entre os dois países. O Brasil paga US$ 4 por milhão de BTUs (British Termal Unit, medida de energia; cada BTU equivale a 26,8 metros cúbicos de gás) do gás boliviano desde julho, mas o governo boliviano quer elevar esse preço para US$ 7,50.
No último dia 15, o ministro dos Hidrocarbonetos da Bolívia, Andrés Solíz Rada, disse que se não houver um acordo em 60 dias sobre o preço do gás natural que será vendido à Petrobras pela estatal boliviana YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos), o caso será resolvido através de arbitragem internacional.
As negociações devem ser retomadas no dia 14 de setembro, na Bolívia.
O Brasil importa cerca de 24 milhões de metros cúbicos de gás da Bolívia por dia, mas o contrato prevê que podem chegar a 30 milhões por dia.
Na sexta-feira (18), o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse que o governo Brasileiro admitirá uma alta "razoável" dos preços do gás boliviano vendido ao Brasil.
Exportação normal
A exportação de gás natural dos campos de San Alberto e Sábalo continua sem alterações e as válvulas do gasoduto Yacuiba-Río Grande estão abertas, disseram ontem o gerente comercial da Transierra (empresa com participação da Petrobras) Jorge Boland, e o diretor de Industrialização e Comercialização do Ministério de Hidrocarbonetos, Mariano Dupleich.
Grupos indígenas ocuparam nos últimos dias a Estação Operacional de Parapetí, da Transierra, localizada no Departamento de Santa Cruz (leste do país).
Os índios ameaçaram fechar fechar uma válvula de passagem do gasoduto Yacuiba-Rio Grande --que serve para a exportação de gás natural da Bolívia para o Brasil desde 2004-- se não tiverem suas reivindicações atendidas.
Segundo a APG (Assembléia do Povo Guarani), a Transierra dificulta a liberação de US$ 9 milhões devidos às comunidades indígenas para a execução de obras sociais.
O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse ontem que os índios e a Transierra têm um acordo de investimentos de 20 anos. "A discussão sobre esses projetos tem ser feita pela Transierra, que não é apenas da Petrobras, e os guaranis', disse.
Com agências internacionais
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O vice-presidente da Bolívia, Álvaro García Linera, deve viajar nesta quarta-feira ao Brasil para conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o reajuste do preço do gás natural boliviano exportado para o país.
Também deve participar da reunião de Linera com Lula o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, segundo o diário boliviano "La Razón".
No início deste mês, o presidente da Bolívia, Evo Morales, já havia dito estar disposto a conversar diretamente com o presidente Lula para pedir a definição do preço do gás natural boliviano. "Se é importante a participação dos presidentes, vamos participar. O importante é avançar na negociação sobre os novos preços" do gás, afirmou.
O reajuste do preço da commodity para o Brasil tem sido um ponto de tensão entre os dois países. O Brasil paga US$ 4 por milhão de BTUs (British Termal Unit, medida de energia; cada BTU equivale a 26,8 metros cúbicos de gás) do gás boliviano desde julho, mas o governo boliviano quer elevar esse preço para US$ 7,50.
No último dia 15, o ministro dos Hidrocarbonetos da Bolívia, Andrés Solíz Rada, disse que se não houver um acordo em 60 dias sobre o preço do gás natural que será vendido à Petrobras pela estatal boliviana YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos), o caso será resolvido através de arbitragem internacional.
As negociações devem ser retomadas no dia 14 de setembro, na Bolívia.
O Brasil importa cerca de 24 milhões de metros cúbicos de gás da Bolívia por dia, mas o contrato prevê que podem chegar a 30 milhões por dia.
Na sexta-feira (18), o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse que o governo Brasileiro admitirá uma alta "razoável" dos preços do gás boliviano vendido ao Brasil.
Exportação normal
A exportação de gás natural dos campos de San Alberto e Sábalo continua sem alterações e as válvulas do gasoduto Yacuiba-Río Grande estão abertas, disseram ontem o gerente comercial da Transierra (empresa com participação da Petrobras) Jorge Boland, e o diretor de Industrialização e Comercialização do Ministério de Hidrocarbonetos, Mariano Dupleich.
Grupos indígenas ocuparam nos últimos dias a Estação Operacional de Parapetí, da Transierra, localizada no Departamento de Santa Cruz (leste do país).
Os índios ameaçaram fechar fechar uma válvula de passagem do gasoduto Yacuiba-Rio Grande --que serve para a exportação de gás natural da Bolívia para o Brasil desde 2004-- se não tiverem suas reivindicações atendidas.
Segundo a APG (Assembléia do Povo Guarani), a Transierra dificulta a liberação de US$ 9 milhões devidos às comunidades indígenas para a execução de obras sociais.
O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse ontem que os índios e a Transierra têm um acordo de investimentos de 20 anos. "A discussão sobre esses projetos tem ser feita pela Transierra, que não é apenas da Petrobras, e os guaranis', disse.
Com agências internacionais
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