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28/08/2006 - 09h44

Bolsa e câmbio oscilam mais no Brasil

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MARIA CRISTINA FRIAS
da Folha de S.Paulo

Os ativos brasileiros, Bolsa e câmbio, estão entre os que mais oscilam no mundo. Só perdem para a Turquia. Na Venezuela, a flutuação no mercado acionário também é maior que a do Brasil. A volatilidade cambial venezuelana bate a brasileira apenas na série histórica, porque hoje o país tem regime de câmbio fixo.

Os dados são de pesquisa elaborada pelo estrategista-chefe para a América Latina do banco suíço UBS, Paulo Tenani.

Com base na série histórica desde janeiro de 2000, para as Bolsas, e a partir de janeiro de 2002, para o câmbio, Tenani afere o desvio padrão, medida de dispersão dos dados em torno da média.

Quanto maior o desvio padrão, maior o sobe-e-desce dos ativos. O interesse em pesquisar a volatilidade dos mercados está no custo que a instabilidade tem.

"Quanto mais volátil, mais os investidores cobram de juros para investir", diz Tenani.

A pesquisa ajuda a esclarecer a que taxa compensa tomar risco em um mercado. Essa taxa de juros de equilíbrio depende também de quanto os investidores cobram pela volatilidade.

No Brasil, segundo Tenani, essa taxa seria de 10%, isto é, com Selic nesse patamar inferior aos atuais 14,75% e o Brasil pagando 6,7% em títulos da dívida soberana no exterior, compensa ao investidor estrangeiro tomar risco no país.

A razão para a volatilidade exacerbada no Brasil está no fato de o país ter, de acordo com dados estatísticos, um Beta alto, ou seja, uma alta correlação com as idas e vindas do mundo.

"Quando o mundo piora ou melhora, o país vai junto. Isso eleva o risco-país porque investidores não gostam de Beta alto", diz Tenani.

"O Brasil sempre esteve no limite de equilíbrio da dívida pública, entre bom e ruim. Com a melhora de fundamentos, o Beta vai cair, e o risco-país e a volatilidade, também", acrescenta ele.

No caso do câmbio, as oscilações se devem ainda à baixa relação exportações/PIB do Brasil, que é de 15,29%, enquanto no Chile é de 35,24%, e, no México, de 27,58%. Esse índice nacional é um dos piores na América Latina, inferior ao de Argentina, Colômbia, Peru, e Equador.

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