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13/09/2006
-
10h25
da Folha Online
Os funcionários da General Motors fizeram hoje uma paralisação de duas horas em sua maior fábrica no Brasil, localizada em São José dos Campos (SP). A unidade foi inaugurada em 1959, emprega 9.500 pessoas e produz as linhas do Corsa, Meriva, picapes S10 e Montana, Blazer e Zafira.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, os funcionários do turno da manhã paralisaram a produção da montadora das 6h às 8h para pressionar a montadora a melhorar sua proposta de reajuste salarial. Uma nova paralisação deve ser feita pelos funcionários do turno da tarde entre as 14h e as 16h.
O diretor do sindicato, Vivaldo Moreira, afirmou que as paralisações de hoje são apenas um "alerta" para que a empresa melhore sua proposta.
Após quatro rodadas de negociação, a empresa ofereceu ontem um reajuste de 4,19% (aumento real de 1,3%) mais um abono de R$ 650, proposta que foi considerada "indecente" pelo diretor do sindicato.
Os funcionários, que têm data-base neste mês, reivindicam reajuste de 13,8%.
Moreira afirmou que, se a empresa não apresentar uma nova proposta, nesta sexta-feira o sindicato pode decidir ampliar a paralisação.
Procurada, a GM confirmou que houve a paralisação da fábrica durante a realização de assembléia nesta manhã, mas disse que as atividades já foram retomadas e que não faz comentários sobre negociações salariais em curso.
Assim como a Volkswagen, que planeja demitir 3.600 funcionários em sua unidade de São Bernardo do Campo (SP), a GM tem sido prejudicada pela valorização do real ante o dólar.
A empresa espera uma queda de 20% nas exportações neste ano --o que representa cerca de 40 mil veículos a menos-- e já transferiu 960 postos de trabalho da fábrica de São José para a de Gravataí (RS).
Além disso, a GM também enfrenta dificuldades nos Estados Unidos e Canadá, onde planeja cortar cerca de 30 mil empregos e fechar 12 fábricas até 2008. Na América do Norte, entretanto, a empresa é prejudicada pela forte concorrência de montadoras asiáticas.
Devido à grave crise financeira e à redução das atividades menos lucrativas, a GM pode perder neste ano o posto de maior montadora do mundo para a japonesa Toyota.
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Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, os funcionários do turno da manhã paralisaram a produção da montadora das 6h às 8h para pressionar a montadora a melhorar sua proposta de reajuste salarial. Uma nova paralisação deve ser feita pelos funcionários do turno da tarde entre as 14h e as 16h.
O diretor do sindicato, Vivaldo Moreira, afirmou que as paralisações de hoje são apenas um "alerta" para que a empresa melhore sua proposta.
Após quatro rodadas de negociação, a empresa ofereceu ontem um reajuste de 4,19% (aumento real de 1,3%) mais um abono de R$ 650, proposta que foi considerada "indecente" pelo diretor do sindicato.
Os funcionários, que têm data-base neste mês, reivindicam reajuste de 13,8%.
Moreira afirmou que, se a empresa não apresentar uma nova proposta, nesta sexta-feira o sindicato pode decidir ampliar a paralisação.
Procurada, a GM confirmou que houve a paralisação da fábrica durante a realização de assembléia nesta manhã, mas disse que as atividades já foram retomadas e que não faz comentários sobre negociações salariais em curso.
Assim como a Volkswagen, que planeja demitir 3.600 funcionários em sua unidade de São Bernardo do Campo (SP), a GM tem sido prejudicada pela valorização do real ante o dólar.
A empresa espera uma queda de 20% nas exportações neste ano --o que representa cerca de 40 mil veículos a menos-- e já transferiu 960 postos de trabalho da fábrica de São José para a de Gravataí (RS).
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