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22/09/2006
-
19h29
CLARICE SPITZ
da Folha Online, no Rio
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, minimizou o caso da compra de dossiê contra tucanos e negou que a crise política instaurada com a suspeita de envolvimento de membros do PT (Partido dos Trabalhadores) tenha influenciado a turbulência do mercado financeiro. Nas palavras de Mantega, a economia brasileira está "sólida" e "tranqüila".
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) encerrou a semana com queda de 3,72% e o risco-país brasileiro alcançou ontem alta de 7%.
Segundo ele, as perdas no mercado financeiro brasileiro foram decorrência da constatação da queda da atividade na economia americana e do desaquecimento do setor habitacional nos EUA, além de reflexos de crises políticas, mas de outros países. Ele citou o golpe de Estado na Tailândia, a queda de gabinete na Polônia, entre outras coisas.
"Houve uma certa turbulência econômica no mundo todo e não só no Brasil a não ser que a gente imagine que os problemas do Brasil se refleteriam no mundo todo. Ainda não estamos com essa força toda para abalar os mercados internacionais", ironizou.
Segundo ele, o movimento de alta do risco-país no Brasil também foi acompanhado no mesmo patamar por outros países emergentes.
"É óbvio que não tem nada a ver com dossiês, relatórios e coisas que o valham. Houve apenas um turbulência internacional de curta duração. Pode durar alguns dias, mas o Brasil está sólido e vacinado contra esse tipo de turbulência. Hoje nós estamos confortáveis diante desse tipo de oscilação do mercado internacional", disse.
Mantega disse que o Brasil conseguiu diminuir a distância entre seu risco-país em relação a outros emergentes. De acordo com ele, em janeiro de 2006 o risco país brasileiro era de 300 pontos base enquanto a média dos países emergentes era de cerca de 190 pontos base. "Em setembro essa diferença caiu para cerca de 50 pontos base".
Mantega minimizou o impacto do dossiê e seus desdobramentos mesmo com as investigações ainda em curso. Ele disse que vê "exploração política" do episódio. "Estamos na reta final da campanha eleitoral, é normal se explorar tudo o que aparece, mas ela vai ser superada e, o mais importante, ela não afeta a economia, como a crise do ano passado não afetou a economia. Nós já atingimos um nível de amadurecimento da política brasileira, de modo que a política não venha a interferir nela."
Mantega manteve as projeções de crescimento da economia brasileira em 4% em 2006.
Ele citou os dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), que apontaram aumento da renda de 4,6%, entre 2004 e 2005 --o primeiro crescimento desde 1996-- e o aumento de 1,1% da ocupação nas seis regiões metropolitanas do país em agosto. Além disso, falou na alta do comércio varejista e da venda de veículos.
Além disso, ele disse que a taxa básica de juros (Selic) continuará em trajetória de queda.
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Mantega diz que mercado está tenso por conta da economia americana
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da Folha Online, no Rio
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, minimizou o caso da compra de dossiê contra tucanos e negou que a crise política instaurada com a suspeita de envolvimento de membros do PT (Partido dos Trabalhadores) tenha influenciado a turbulência do mercado financeiro. Nas palavras de Mantega, a economia brasileira está "sólida" e "tranqüila".
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) encerrou a semana com queda de 3,72% e o risco-país brasileiro alcançou ontem alta de 7%.
Segundo ele, as perdas no mercado financeiro brasileiro foram decorrência da constatação da queda da atividade na economia americana e do desaquecimento do setor habitacional nos EUA, além de reflexos de crises políticas, mas de outros países. Ele citou o golpe de Estado na Tailândia, a queda de gabinete na Polônia, entre outras coisas.
"Houve uma certa turbulência econômica no mundo todo e não só no Brasil a não ser que a gente imagine que os problemas do Brasil se refleteriam no mundo todo. Ainda não estamos com essa força toda para abalar os mercados internacionais", ironizou.
Segundo ele, o movimento de alta do risco-país no Brasil também foi acompanhado no mesmo patamar por outros países emergentes.
"É óbvio que não tem nada a ver com dossiês, relatórios e coisas que o valham. Houve apenas um turbulência internacional de curta duração. Pode durar alguns dias, mas o Brasil está sólido e vacinado contra esse tipo de turbulência. Hoje nós estamos confortáveis diante desse tipo de oscilação do mercado internacional", disse.
Mantega disse que o Brasil conseguiu diminuir a distância entre seu risco-país em relação a outros emergentes. De acordo com ele, em janeiro de 2006 o risco país brasileiro era de 300 pontos base enquanto a média dos países emergentes era de cerca de 190 pontos base. "Em setembro essa diferença caiu para cerca de 50 pontos base".
Mantega minimizou o impacto do dossiê e seus desdobramentos mesmo com as investigações ainda em curso. Ele disse que vê "exploração política" do episódio. "Estamos na reta final da campanha eleitoral, é normal se explorar tudo o que aparece, mas ela vai ser superada e, o mais importante, ela não afeta a economia, como a crise do ano passado não afetou a economia. Nós já atingimos um nível de amadurecimento da política brasileira, de modo que a política não venha a interferir nela."
Mantega manteve as projeções de crescimento da economia brasileira em 4% em 2006.
Ele citou os dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), que apontaram aumento da renda de 4,6%, entre 2004 e 2005 --o primeiro crescimento desde 1996-- e o aumento de 1,1% da ocupação nas seis regiões metropolitanas do país em agosto. Além disso, falou na alta do comércio varejista e da venda de veículos.
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