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25/10/2006
-
19h04
DENYSE GODOY
da Folha Online
Ficaram a ver navios os acionistas minoritários da Arcelor Brasil.
Após a siderúrgica indiana Mittal fazer uma proposta de compra pela européia Arcelor, em janeiro, os investidores correram para comprar os papéis da subsidiária brasileira da companhia, de olho na regra estabelecida pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) de que o adquirente é obrigado a estender a oferta feita aos controladores, nos mesmos moldes, para os minoritários.
Entretanto, nesta quarta-feira, veio a frustração. A Mittal ofereceu apenas € 2,1184 --aproximadamente R$ 32,80-- por papel, em uma operação de cerca de € 2,6 bilhões --ou US$ 3,27 bilhões. Estimativas anteriores eram de que ela precisaria gastar até US$ 5 bilhões para cumprir a determinação.
Na opinião de analistas do mercado financeiro, nunca foi interesse da Mittal comprar as ações dos minoritários brasileiros. Afinal, ela já detinha dois terços do capital da operação da Arcelor no país e prefere gastar em investimentos o valor que teria que desembolsar em tal operação.
Então, ela estabeleceu um valor bem menor do que o de mercado pelas ações, esperando uma adesão mínima. Ontem, o papel terminou o dia cotado a R$ 39,74, mas despencou 7,11% hoje, a R$ 36,92. "Por isso, os investidores saíram vendendo as ações", diz Adriano Blanuru, analista chefe da Link Corretora.
A Mittal alega que é justo o cálculo feito. Não é possível aferir separadamente quanto valeria a Arcelor Brasil dentro do grupo, pelo qual a Mittal fez a proposta.
Para Blanuru, a Arcelor Brasil é uma ótima empresa, mas ele não recomenda a compra das suas ações.
"É melhor ficar fora do setor siderúrgico em geral, porque creio que, no próximo ano, pode haver uma desaceleração da economia mundial que geraria diminuição da demanda pelo aço e conseqüente correção de preços. A produção está crescendo em um ritmo forte ultimamente", explica. "Desde o início do ano estávamos sugerindo que os papéis da Arcelor Brasil não eram uma boa opção, pela expectativa da volatilidade que as dúvidas sobre a oferta da Mittal causariam. Estava bastante claro que a nova controladora não tinha intenção de comprar as ações dos minoritários."
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Mittal
Leia o que já foi publicado sobre a Arcelor
Ações da Arcelor Brasil despencam 7% após oferta da Mittal aos minoritários
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da Folha Online
Ficaram a ver navios os acionistas minoritários da Arcelor Brasil.
Após a siderúrgica indiana Mittal fazer uma proposta de compra pela européia Arcelor, em janeiro, os investidores correram para comprar os papéis da subsidiária brasileira da companhia, de olho na regra estabelecida pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) de que o adquirente é obrigado a estender a oferta feita aos controladores, nos mesmos moldes, para os minoritários.
Entretanto, nesta quarta-feira, veio a frustração. A Mittal ofereceu apenas € 2,1184 --aproximadamente R$ 32,80-- por papel, em uma operação de cerca de € 2,6 bilhões --ou US$ 3,27 bilhões. Estimativas anteriores eram de que ela precisaria gastar até US$ 5 bilhões para cumprir a determinação.
Na opinião de analistas do mercado financeiro, nunca foi interesse da Mittal comprar as ações dos minoritários brasileiros. Afinal, ela já detinha dois terços do capital da operação da Arcelor no país e prefere gastar em investimentos o valor que teria que desembolsar em tal operação.
Então, ela estabeleceu um valor bem menor do que o de mercado pelas ações, esperando uma adesão mínima. Ontem, o papel terminou o dia cotado a R$ 39,74, mas despencou 7,11% hoje, a R$ 36,92. "Por isso, os investidores saíram vendendo as ações", diz Adriano Blanuru, analista chefe da Link Corretora.
A Mittal alega que é justo o cálculo feito. Não é possível aferir separadamente quanto valeria a Arcelor Brasil dentro do grupo, pelo qual a Mittal fez a proposta.
Para Blanuru, a Arcelor Brasil é uma ótima empresa, mas ele não recomenda a compra das suas ações.
"É melhor ficar fora do setor siderúrgico em geral, porque creio que, no próximo ano, pode haver uma desaceleração da economia mundial que geraria diminuição da demanda pelo aço e conseqüente correção de preços. A produção está crescendo em um ritmo forte ultimamente", explica. "Desde o início do ano estávamos sugerindo que os papéis da Arcelor Brasil não eram uma boa opção, pela expectativa da volatilidade que as dúvidas sobre a oferta da Mittal causariam. Estava bastante claro que a nova controladora não tinha intenção de comprar as ações dos minoritários."
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