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23/11/2006 - 18h25

Aéreas enfrentam crise com promoção de passagens

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KAREN CAMACHO
da Folha Online

As empresas aéreas Gol e OceanAir, em uma atitude rara no setor, lançaram promoções e passagens mais baratas na alta temporada. As aéreas dizem que o principal motivo é a popularização e a busca por maior participação no mercado. As ofertas, no entanto, ocorrem no momento em que as empresas tentam contornar os prejuízos com a crise dos controladores de tráfego aéreo.

A Gol, segunda maior companhia aérea do Brasil, reduziu suas previsões de lucro e receita para este ano devido ao aumento de custos e perda de receitas com os atrasos e cancelamento de vôos nos aeroportos. O lucro por ação, que deveria ficar entre R$ 3,90 e R$ 4,30 neste ano, agora vai ficar entre R$ 3,75 e R$ 4.

Já a receita líquida, que deveria ser de cerca de R$ 4,1 bilhões, agora deve somar R$ 4 bilhões. Além disso, a margem de lucro operacional, que era prevista para variar entre 26% e 28%, deverá ser na verdade de cerca de 23%.

A OceanAir não informou se terá prejuízos com os atrasos e cancelamentos de vôos do último mês.

Promoção

A Gol vende, até o dia 11 de dezembro, passagens a preços promocionais, a partir de R$ 24. Os bilhetes só podem ser adquiridos das 22h as 6h, exceto para os clientes cadastrados, que podem comprar a qualquer hora.

A empresa não revelou o número de passagens oferecidas na promoção, mas informou que os bilhetes promocionais são limitados por aeronave.

As passagens compradas na promoção podem ser utilizadas até 31 de dezembro ou em fevereiro de 2007, dos dias 6 a 14, 18 e 19. Em dezembro, a empresa informou que a oferta não se aplica a determinados vôos e horários nos dias 22, 23, 25, 26, 29 e 30.

A compra deve ser feita no site da empresa ou de agências de viagem. Nos fins de semana, as compras começam às 22h de sexta-feira e terminam às 6h de segunda-feira.

As passagens precisam ser de ida e volta. O trecho com tarifa promocional é combinado com outras tarifas e o passageiro deve permanecer pelo menos duas noites no destino. "A promoção faz parte do compromisso da Gol para popularizar o transporte aéreo no Brasil. A iniciativa permitirá que mais pessoas possam viajar de avião neste período de férias", disse Tarcísio Gargioni, vice-presidente de marketing e serviços da Gol.

Alterações de data até as 24 horas que antecedem a partida podem ser feitas sem taxa. Após esse período, haverá cobrança de R$ 30. Nos dois casos serão cobradas diferenças tarifárias, pois os trechos promocionais não estão disponíveis para alterações.

A Gol opera com 58 aviões Boeing 737 e realiza 530 vôos diários para 55 destinos, sendo sete no exterior (todos na América do Sul).

A OceanAir oferece, a partir de amanhã, descontos nas passagens para algumas cidades do Nordeste. Os bilhetes podem ser comprados pela internet.

As tarifas são válidas para embarques nos meses de dezembro a fevereiro (exceto no período de 20 de dezembro a 7 de janeiro de 2007). A empresa informou que a promoção depende da disponibilidade dos assentos por aeronave.

Segundo Renato Pascowitch, diretor comercial da OceanAir, "a companhia está disponibilizando tarifas promocionais na alta estação com o objetivo de oferecer um diferencial aos passageiros e estimular que mais pessoas viajem de avião e aproveitem as suas férias".

Veja exemplos de tarifas promocionais da OceanAir:

São Paulo (Guarulhos)/Salvador -- a partir de R$ 220 o trecho
São Paulo (Congonhas)/Salvador -- a partir de R$ 300 o trecho
São Paulo (Guarulhos)/Aracaju -- a partir de R$ 400 o trecho
São Paulo (Congonhas)/Fortaleza -- a partir de R$ 450 o trecho
São Paulo (Guarulhos)/Maceió -- a partir de R$ 450 o trecho
São Paulo (Guarulhos)/Recife -- a partir de R$ 400 o trecho

Outras empresas

A Varig informou que a crise dos controladores não causou grande impacto em suas viagens e que não tem previsão de promoções para a alta temporada.

A TAM não revelou seus prejuízos, mas informou que passará os números para o Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias). A empresa também não tem previsões de promoção de passagens, mas ressaltou que as viagens durante a madrugada têm o bilhete mais barato.

Crise
Desde o final de outubro, os passageiros têm enfrentado constantes atrasos nos principais aeroportos do país.

Inicialmente, os atrasos foram causados pela chamada operação-padrão dos controladores de tráfego aéreo, que, de forma isolada, decidiram aumentar o espaçamento entre as decolagens. O objetivo seria garantir a segurança dos vôos. As normas internacionais determinam que cada operador deve controlar, no máximo, 14 aeronaves no mesmo instante.

O resultado do movimento foi uma seqüência de atrasos e cancelamentos de vôos. O setor entrou em colapso na madrugada do último dia 2, feriado de Finados. Na ocasião, o comando da Aeronáutica convocou controladores para o trabalho, como medida emergencial.

O aquartelamento voltou a ocorrer no último dia 14, véspera do feriado da Proclamação da República, quando atrasos eram registrados nos principais aeroportos do país. Na ocasião, os problemas seriam resultado da falta de controladores no Cindacta 1, em Brasília. A medida foi suspensa no dia seguinte, quando a situação era considerada tranqüila nos terminais.

Entre o último domingo e a segunda-feira (20), os passageiros voltaram a enfrentar transtornos. Os problemas, desta vez, foram atribuídos pela Aeronáutica à chuva e ao efeito bola-de-neve causado pelo rompimento um cabo de fibra ótica do Cindacta 2 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo), em Curitiba (PR) --que coordena o tráfego na região Sul. A falha afetou a transmissão de dados necessária para o controle do tráfego aéreo e prejudica vôos nacionais e internacionais.

Entre terça e quarta-feira os principais aeroportos do país voltaram a registrar atrasos nos pousos e decolagens e a Aeronáutica espera normalizar a situação até o fim do ano.

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