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29/11/2006 - 16h45

Celulares no Brasil devem ultrapassar 100 milhões de usuários em 2006

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FERNANDA CRANCIANINOV
da Folha Online

O mercado brasileiro de telefonia móvel deve superar a marca de 100 milhões de consumidores em 2006, de acordo com o estudo "Perfil do Consumidor Brasileiro de Telefonia Celular". O estudo reúne dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), estatísticas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e dos indicadores de mercado da operadora de telefonia móvel Vivo --empresa responsável pela apresentação dos dados à imprensa, nesta quarta-feira.

Para o presidente da Vivo, Roberto de Oliveira Lima, a telefonia móvel é um dos setores que mais se desenvolveram no Brasil. Desde 1998, o mercado de telefonia, até então elitizado, tem atingido rapidamente cifras enormes, com uma penetração, atualmente, de quase 52% da população --ante 89% em países desenvolvidos.

"O Brasil ainda tem grande potencial de crescimento tanto em receita como em números de linhas para ser explorado." O presidente da Vivo reforça suas afirmações com os indicadores da pesquisa, segundo a qual, a média mundial da receita de telefonia móvel em relação ao PIB atinge 7,9%; no Brasil, não ultrapassa os 5,4%.

O surgimento de novos produtos, como o celular pré-pago, é apontado como o principal fator para a penetração de celulares no mercado nacional. "O pré-pago convive perfeitamente com as condições socioeconômicas do país, permitindo o amplo acesso à tecnologia de telefonia móvel", afirma Lima.

Perfil

Os dados apresentados traçaram um perfil do mercado brasileiro em relação ao ano passado, apontando um crescimento de 53% na faixa de consumidores com mais de 51 anos. Para Lima, "tudo indica que as pessoas de mais idade estão abertas à telefonia móvel, ao contrário do que ocorre com outros mercados de tecnologia, como o de videogames". A faixa etária de 07 a 13 anos aparece como o segundo setor que mais impulsionou o setor, com um crescimento de 33%.

"Conhecendo o perfil dos consumidores, o mercado de telefonia poderá desenvolver produtos e serviços para estas faixas de clientes." Em 1998, quase 100% do mercado de telefonia móvel era concentrado nas classes A e B. Em 2006, 60% deste mercado está nas mãos das classes C, D e E.

"A grande penetração nas classes de menor renda indica que o telefone celular permite a inclusão social, econômica e digital aos brasileiros." Segundo Lima, os dados refletem muito bem a pirâmide social brasileira, indicando, ainda, uma grande margem de crescimento.

Cerca de 64% dos usuários de celular apresentam uma renda inferior a R$ 480, ante os 10% com renda superior a R$ 1200, justificando a distribuição de pós-pago e pré-pagos; 19% e 81%, respectivamente. No entanto, apesar de concentrar a maior porcentagem de usuários, os celulares pós-pagos são responsáveis por 46% das receitas faturadas pelas operadoras.

Dificuldades

As principais dificuldades apontadas pela maior operadora de telefonia móvel do país é a grande dimensão geográfica e a baixa renda da população. Mas, pressões por parte do governo e da concorrência servirão como estímulo à penetração do segmento na sociedade.

A Vivo acredita que o mercado de celulares tende a crescer não só em quantidade de usuários, mas em valor gasto por cliente, que "utilizarão os serviços de telefonia móvel não só para voz, mas para a transmissão de dados", como o envio de imagens, de e-mails e até de vídeos.

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