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04/12/2006
-
15h34
da Folha Online
O Brasil ocupa a última posição no ranking de competitividade elaborado pela Amcham (Câmara Americana de Comércio), denominado BRIC-M, que reúne também Rússia, Índia, China e México.
A pesquisa leva em conta a legislação, a percepção da corrupção e o desempenho da economia, entre outros indicadores dos cinco países.
A China aparece em primeiro lugar no ranking, seguida da Índia (2º) e Rússia (3º). Brasil e México empataram no quarto lugar.
Os cinco países são considerados os principais emergentes, com potencial para impulsionar a economia mundial nas próximas décadas e ultrapassar o G6 --formado por EUA, União Européia (UE), Japão, Austrália, Brasil e Índia-- até 2050.
O desempenho insatisfatório do Brasil, compartilhado com o México, se deve aos elevados custos fiscais, institucionais e operacionais, aponta o levantamento da Amcham feito em parceria com o Movimento Brasil Competitivo e divulgado hoje.
No Brasil, houve piora em 14 dos 24 indicadores utilizados para avaliar a sua competitividade em relação aos demais países emergentes. Entre eles estão o risco soberano, intenção de investimentos diretos estrangeiros, transparência da política governamental, custo de energia, infra-estrutura de escoamento de mercadorias e empreendedorismo.
O risco soberano, apesar de apresentar tendência declinante desde 2000, continua em patamar bastante elevado, o pior entre os competidores. Esse indicador mede a capacidade de um país honrar seus compromissos financeiros. Assim, quando é alto, impõe a necessidade de altas taxas de juros para atrair investimentos.
Apenas dois indicadores brasileiros apresentaram melhora em relação aos concorrentes: as leis trabalhistas e o funcionamento da Justiça, nos quais o Brasil passou da quinta para a quarta posição.
O estudo destaca que no caso do funcionamento da justiça, o desempenho do Brasil não foi aprimorado por mérito próprio, mas porque a situação na Índia se agravou. Já no caso das leis trabalhistas, indicador que mede a dificuldade dos empresários para contratar e demitir funcionários, o país registrou melhora frente aos concorrentes diretos e também em relação ao restante do mundo. Apesar disso, ainda ocupa a 103ª posição no ranking global, que avalia 175 economias.
Em outros oito índices, as posições do Brasil foram mantidas de 2000 a 2006. É o caso, por exemplo, da taxa de juros real e da carga tributária --ambos em 5º lugar.
O "Painel de Competitividade 2006" aponta ainda que os ajustes fiscais são fundamentais para o crescimento no Brasil, já que os altos gastos públicos exigem uma carga tributária elevada, a mais alta entre os países do BRIC-M. Outro sério problema é o tempo de abertura de empresas no país, de 152 dias --maior período entre os concorrentes.
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Brasil é o último no ranking de competitividade dos Brics
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O Brasil ocupa a última posição no ranking de competitividade elaborado pela Amcham (Câmara Americana de Comércio), denominado BRIC-M, que reúne também Rússia, Índia, China e México.
A pesquisa leva em conta a legislação, a percepção da corrupção e o desempenho da economia, entre outros indicadores dos cinco países.
A China aparece em primeiro lugar no ranking, seguida da Índia (2º) e Rússia (3º). Brasil e México empataram no quarto lugar.
Os cinco países são considerados os principais emergentes, com potencial para impulsionar a economia mundial nas próximas décadas e ultrapassar o G6 --formado por EUA, União Européia (UE), Japão, Austrália, Brasil e Índia-- até 2050.
O desempenho insatisfatório do Brasil, compartilhado com o México, se deve aos elevados custos fiscais, institucionais e operacionais, aponta o levantamento da Amcham feito em parceria com o Movimento Brasil Competitivo e divulgado hoje.
No Brasil, houve piora em 14 dos 24 indicadores utilizados para avaliar a sua competitividade em relação aos demais países emergentes. Entre eles estão o risco soberano, intenção de investimentos diretos estrangeiros, transparência da política governamental, custo de energia, infra-estrutura de escoamento de mercadorias e empreendedorismo.
O risco soberano, apesar de apresentar tendência declinante desde 2000, continua em patamar bastante elevado, o pior entre os competidores. Esse indicador mede a capacidade de um país honrar seus compromissos financeiros. Assim, quando é alto, impõe a necessidade de altas taxas de juros para atrair investimentos.
Apenas dois indicadores brasileiros apresentaram melhora em relação aos concorrentes: as leis trabalhistas e o funcionamento da Justiça, nos quais o Brasil passou da quinta para a quarta posição.
O estudo destaca que no caso do funcionamento da justiça, o desempenho do Brasil não foi aprimorado por mérito próprio, mas porque a situação na Índia se agravou. Já no caso das leis trabalhistas, indicador que mede a dificuldade dos empresários para contratar e demitir funcionários, o país registrou melhora frente aos concorrentes diretos e também em relação ao restante do mundo. Apesar disso, ainda ocupa a 103ª posição no ranking global, que avalia 175 economias.
Em outros oito índices, as posições do Brasil foram mantidas de 2000 a 2006. É o caso, por exemplo, da taxa de juros real e da carga tributária --ambos em 5º lugar.
O "Painel de Competitividade 2006" aponta ainda que os ajustes fiscais são fundamentais para o crescimento no Brasil, já que os altos gastos públicos exigem uma carga tributária elevada, a mais alta entre os países do BRIC-M. Outro sério problema é o tempo de abertura de empresas no país, de 152 dias --maior período entre os concorrentes.
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