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09/01/2007 - 11h44

Preço do petróleo mantém queda e atinge menor patamar desde 2005

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da Folha Online

O preço do petróleo mantém sua tendência de queda nesta terça-feira e o preço chegou a atingir seu menor patamar desde 2005, devido ao inverno menos rigoroso nos EUA e à expectativa de aumento de estoques no país.

Às 11h30 (em Brasília), o barril do petróleo cru para entrega em fevereiro, negociado na Bolsa Mercantil de Nova York, estava cotado a US$ 54,17, baixa de 3,42%. Pouco antes, chegou a ser negociado a US$ 53,88 --menor preço desde junho de 2005.

O preço da commodity vem caindo desde a semana passada, devido às temperaturas incomuns para esta época do ano nos EUA: no Central Park, em Nova York, a temperatura chegou ontem, por volta das 16h (em Brasília), a cerca de 22,2ºC.

Foi a maior temperatura registrada na região do parque para um mês de janeiro desde que a medição começou a ser feita, no final do século 19, segundo o National Weather Service (Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA). A mesma temperatura foi atingida na área no dia 26 de janeiro de 1950.

As altas temperaturas para um mês de janeiro na região nordeste dos EUA (onde os invernos são normalmente rigorosos) reduziram a demanda por combustível para calefação, o que, por sua vez, se refletiu em menor pressão sobre as cotações de petróleo.

O meteorologista do National Weather Service John Murray disse ao diário americano "The New York Times" que o clima ameno na região nordeste no país --conhecida como "Nova Inglaterra", que costuma registrar fortes nevascas nessa época do ano--, se deve a uma massa de ar de tipo tropical. "As massas de ar frio no Canadá ficaram por lá", disse Murray.

Na semana passada, o Departamento de Energia dos EUA divulgou na semana passada uma queda de 1,3 milhão de barris no estoque de petróleo, mas as reservas de produtos destilados aumentaram em 2 milhões, e as de gasolina, em 5,6 milhões de barris.

Amanhã deve ser divulgado o novo relatório do departamento e a expectativa dos analistas é de um novo aumento de estoques, o que deve causar mais quedas no preço da commodity.

Venezuela

Ontem o ministro venezuelano da Energia, Rafael Ramírez, disse que o governo venezuelano já fez contatos com outros países-membros da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) para avaliar a possibilidade de realização de uma nova reunião extraordinária, a fim de avaliar a recente queda nos preços do petróleo.

"Estamos avaliando a possibilidade de fazer algum tipo de reunião extraordinária", disse Ramírez. A Venezuela é um dos países que mais defende cortes de produção para a manutenção dos preços da commodity em patamares mais altos.

O preço do petróleo chegou a atingir US$ 57 ontem, segundo analistas, devido a correções de posições dos investidores e ao anúncio do bloqueio de fornecimento de petróleo da Rússia através do trecho do oleoduto Druzhba que passa por Belarus.

Em novembro do ano passado, a Opep reduziu a produção de seus países-membros em 1,2 milhão de barris e, no mês passado, determinou a redução em mais 500 mil barris da produção a partir de 1º de fevereiro.

Após o anúncio do corte em fevereiro, feito no mês passado, o preço do barril chegou a ganhar algum fôlego e conseguiu manter-se perto dos US$ 63 no final de 2006. na semana passada, no entanto, as cotações voltaram a cair.

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