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24/01/2007 - 12h36

Falta de energia, Chávez e terrorismo são os maiores riscos para a América Latina

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da France Presse

A falta de energia, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e o terrorismo internacional são as maiores ameaças para a América Latina, afirmaram nesta quarta-feira em Davos (Suíça) vários especialistas na região.

"A falta de abastecimento energético é o maior risco econômico da América Latina e o maior risco para a segurança é o terrorismo internacional", disse à agência de notícias France Presse o chefe do departamento de relações internacionais do Instituto Tecnológico Autônomo do México (Itam), Rafael Fernández de Castro.

O professor de economia da Universidade Católica do Chile, Felipe Larraín, criticou as nacionalizações feitas nos setores energéticos (caso da Bolívia, que nacionalizou suas reservas de hidrocarbonetos no ano passado, e iniciativa anunciada neste mês pelo presidente venezuelano), dizendo que "são políticas dos anos 60".

Tais nacionalizações são "regressivas" e "um desastre para o crescimento", disse Larraín. O professor disse que o México tem pouca expressão dentro da América Latina e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "não tem uma política séria" na região, "não ajuda a Colômbia no processo de paz, está cansado dos problemas no Mercosul" e se concentra mais na Índia, China e África do Sul.

"Além disso, Chávez chama a atenção porque nem Brasil nem México, os principais países da região, estão trazendo uma liderança e não têm desenvolvido um discurso alternativo", acrescentou. "A este respeito, no plano político na América Latina não existe uma linha divisória entre direita e esquerda, e sim entre governos responsáveis e populistas."

Ele disse, no entanto, que a influência de Chávez é limitada por ter apoiado candidatos como Ollanta Humala, no Perú, e Andrés Manuel López Obrador no México --derrotados nas eleições do ano passado.

Larraín afirmou ainda que nem o Brasil nem o México têm apresentado índices de crescimento satisfatórios e que o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), anunciado pelo presidente Lula nesta segunda-feira (22) é "positivo, mas insuficiente", já que o país precisa de reformas econômicas de prazo mais longo.

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