28/02/2007 - 15h50

Lula diz que crescimento será a "mola mestra" do país

da Folha Online

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que o crescimento será a 'mola mestra' do país. Segundo ele, os governantes anteriores não colocaram o crescimento em suas metas de administração.

' O Brasil, que durante décadas deixou de utilizar a palavra crescimento como razão de ser da existência dos governantes, assume agora a responsabilidade de fazer do crescimento a mola mestra pela qual as outras coisas irão acontecer no nosso país', afirmou ele na cerimônia de inauguração da fábrica de resina PET do Grupo Mossi & Ghisolfi, em Pernambuco.

A economia brasileira registrou em 2006 uma expansão de 2,9%, acima do apurado em 2005 (2,3%) segundo dados divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A alta do PIB brasileiro no ano passado representa cerca da metade do crescimento econômico mundial, que foi de 5,1%, segundo estimativas do FMI (Fundo Monetário Internacional). Além disso, também é pouco mais da metade do que o presidente Lula chegou a prometer para 2006: 5%.

Apesar da taxa de crescimento de 2006 ter ficado abaixo do projetado inicialmente por Lula, o presidente afirmou que as condições para o avanço econômico do país estão dadas. 'O Brasil está preparado, a confiança do mundo empresarial, interna e estrangeira, é muito grande no Brasil, a disposição do governo de fazer todas as coisas possíveis de serem feitas para atrair investimentos serão concretizadas e a vontade dos governadores para que empreendimentos como este se espalhem pelo território nacional.'

Na inauguração, Lula afirmou ainda que a 'economia vive um momento de solidez que pode significar um atrativo enorme para as pessoas de outros países acreditarem que o Brasil é um porto seguro para os seus investimentos'.

Um dia depois da queda da Bolsa de Xangai ter abalado mercados de todo o mundo, inclusive o brasileiro, Lula afirmou que o país possui uma economia forte. 'Nós perdemos metade do século 20 e o século 21 é o século em que o Brasil e outros países da América do Sul têm que se consagrar enquanto economias fortes, enquanto sociedades produtoras e consumidoras. Queremos fazer parte desse mundo de negócios globalizado.'

'O Brasil hoje está numa situação tranqüila, o Brasil hoje está com a balança comercial como jamais esteve, mas ainda é pouco, nós queremos mais, nós podemos mais e nós sabemos que tem mais espaço para o Brasil participar dessa economia globalizada e não jogaremos fora essa oportunidade', afirmou ele.

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