Publicidade
Publicidade
26/03/2007
-
11h06
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
As taxas de juros cobradas nas operações de crédito destinadas às pessoas físicas caíram para 51,7% ao ano em fevereiro, o menor patamar já registrado na série histórica do Banco Central, iniciado em junho de 2006.
O recuo de 0,6 ponto percentual foi influenciado pela queda nos spreads, que é a diferença entre o custo de captação das instituições financeiras e a taxa efetiva cobrada dos clientes, que passou de 40 pontos percentuais em janeiro para 39,6 pontos percentuais no mês passado.
No caso das empresas (pessoas jurídicas), a taxa de juros caiu de 26,2% ao ano para 26% ao ano e o spread subiu 0,2 ponto, para 13,8 pontos percentuais.
Apesar da queda dos juros para os menores patamares já registrados, a redução do spread dos bancos -- e também das taxas efetivamente cobrada dos clientes-- ocorre em um ritmo menor do que o da redução da taxa de juros, que foi iniciada em setembro de 2005. Ela já sofreu um corte de sete pontos percentuais e está em 12,75% ao ano.
Para Altamir Lopes, chefe do Departamento Econômico do BC, essa lentidão é um efeito "meramente estatístico" causado pela entrada no mercado de crédito das pequenas em médias empresas, que possuem uma avaliação de risco maior, o que encarece o custo dessas operações.
"O spread sobe por um efeito meramente estatístico. Os tomadores de recursos são novos. São pequenas e médias empresas. Essas têm risco maior ou desconhecido, o que faz o spread ser maior", avaliou.
Ele lembrou ainda que as grandes empresas estão buscando outras alternativas para conseguir recursos mais barato, como o mercado de ações.
Modalidades
A queda nos juros foi verificada em todas as modalidades de crédito. O maior recuo foi registrado na taxa cobrada para a aquisição de bens (exceto veículo), que foi de 1,4 ponto percentual, para 57,9% ao ano.
Já no caso das operações destinadas para a aquisição de veículos, o recuo foi menor, 0,7 ponto, para 32% ao ano.
No crédito pessoal, a queda foi de 0,9 ponto percentual, para 56,3% ao ano em fevereiro. Dentro dessa modalidade está o crédito consignado --desconto em folha de pagamento--, que ficou em 32,5%, ante 33% no mês anterior.
Já a taxa do cheque especial caiu de 141,9% ao ano em janeiro para 141,2% ao ano em fevereiro.
Em relação à pontualidade dos consumidores brasileiros, a taxa de inadimplência apresentou em fevereiro uma queda de 7,5% para 7,3%. Nas empresas, ela passou de 2,8% para 2,7%. Com isso, a taxa média (pessoas físicas e jurídicas) caiu 0,1 ponto percentual, para 4,9% em janeiro.
Leia mais
Procura de empréstimos por famílias cresce em fevereiro
Taxa de juros ao consumidor recua com influência da queda da Selic
Especial
Leia o que já foi publicado sobre taxa de juros das operações de crédito
Taxa de juros das operações de crédito atinge menor patamar desde 2000
Publicidade
da Folha Online, em Brasília
As taxas de juros cobradas nas operações de crédito destinadas às pessoas físicas caíram para 51,7% ao ano em fevereiro, o menor patamar já registrado na série histórica do Banco Central, iniciado em junho de 2006.
O recuo de 0,6 ponto percentual foi influenciado pela queda nos spreads, que é a diferença entre o custo de captação das instituições financeiras e a taxa efetiva cobrada dos clientes, que passou de 40 pontos percentuais em janeiro para 39,6 pontos percentuais no mês passado.
No caso das empresas (pessoas jurídicas), a taxa de juros caiu de 26,2% ao ano para 26% ao ano e o spread subiu 0,2 ponto, para 13,8 pontos percentuais.
Apesar da queda dos juros para os menores patamares já registrados, a redução do spread dos bancos -- e também das taxas efetivamente cobrada dos clientes-- ocorre em um ritmo menor do que o da redução da taxa de juros, que foi iniciada em setembro de 2005. Ela já sofreu um corte de sete pontos percentuais e está em 12,75% ao ano.
Para Altamir Lopes, chefe do Departamento Econômico do BC, essa lentidão é um efeito "meramente estatístico" causado pela entrada no mercado de crédito das pequenas em médias empresas, que possuem uma avaliação de risco maior, o que encarece o custo dessas operações.
"O spread sobe por um efeito meramente estatístico. Os tomadores de recursos são novos. São pequenas e médias empresas. Essas têm risco maior ou desconhecido, o que faz o spread ser maior", avaliou.
Ele lembrou ainda que as grandes empresas estão buscando outras alternativas para conseguir recursos mais barato, como o mercado de ações.
Modalidades
A queda nos juros foi verificada em todas as modalidades de crédito. O maior recuo foi registrado na taxa cobrada para a aquisição de bens (exceto veículo), que foi de 1,4 ponto percentual, para 57,9% ao ano.
Já no caso das operações destinadas para a aquisição de veículos, o recuo foi menor, 0,7 ponto, para 32% ao ano.
No crédito pessoal, a queda foi de 0,9 ponto percentual, para 56,3% ao ano em fevereiro. Dentro dessa modalidade está o crédito consignado --desconto em folha de pagamento--, que ficou em 32,5%, ante 33% no mês anterior.
Já a taxa do cheque especial caiu de 141,9% ao ano em janeiro para 141,2% ao ano em fevereiro.
Em relação à pontualidade dos consumidores brasileiros, a taxa de inadimplência apresentou em fevereiro uma queda de 7,5% para 7,3%. Nas empresas, ela passou de 2,8% para 2,7%. Com isso, a taxa média (pessoas físicas e jurídicas) caiu 0,1 ponto percentual, para 4,9% em janeiro.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice